Blog da Ana Maria Bahiana

Arquivo : Anne Hathaway

Oscar 2013: para as atrizes, muitas possibilidades
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Ana Maria Bahiana

Diretamente dos preparativos para o Oscar 2013, minha análise das principais categorias.

Nas categorias melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, existe uma quase certeza cercada de muitas opções por todos os lados: Jennifer Lawrence? Jessica Chastain? Emmanuelle Riva?

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Almoço do Oscar, 2013: a festa antes da batalha final
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Ana Maria Bahiana

O Presidente da Academia, Hawk Koch, põe Steven Spielberg no devido lugar na “foto de turma” dos indicados ao Oscar 2013.

Quando a Academia inventou o Almoço dos Indicados, 32 anos atrás,  a ideia era promover um congraçamento entre rivais, à sombra do inevitável: os votos já estavam lançados, os contadores faziam seu trabalho, nada mais podia ser mudado, por que não celebrar? Nas palavras da então presidente Fay Kanin, “ é apropriado que a Academia crie um evento que possa homenagear individualmente o talento de cada um dos indicados ao Oscar.”

Isso foi nas priscas eras de março de 1982,  antes das mudanças de data, antes da queda de audiência de shows de premios e, é claro, muito antes de internet, midias socias e etc.  Em 2013, o Almoço dos Indicados  está  quatro dias ANTES do encerramento dos votos – não vou jurar, mas me parece que é a primeira vez na história do premio que isso acontece—e cumpre outras funções.

A principal delas: aquecer o interesse de midia e do público. O Oscar  alterou todo o seu calendário mas continua sendo o último prêmio a ser entregue na temporada. Em outros tempos, isso era o equivalente a ser o show principal depois que um monte de bandas tinham aquecido a plateia. Numa era de informação abundante e constante como agora, estar no fim da temporada implica em ter que estar sempre lembrando que está vivo,  que é importante e que merece mais atenção do que, digamos, o mais recente video de gatos no You Tube.

As coadjuvantes: Sally Field, Amy Adams, Jackie Weaver, Anne Hathaway e Helen Hunt no Almoço dos Indicados

Não é a toa que, este ano, a Academia só não fez streaming do almoço (e acho difícil que algum dia faça – este é um dos poucos momentos de privacidade que esta elite de indicados tem durante todo o processo). Teve twitter, instagram, posts no Facebook e live blogging, focalizando bastante na presença das estrelas, detalhes do cardápio, piadas, pequenos incidentes.

 

Altos papos: Jennifer Lawrence e Hugh Jackman…

..Bradley Cooper e Christoph Waltz.

Não é a toa também que, ao contrário do que acontecia nas duas primeiras décadas do almoço, as estrelas – 17 dos vinte indicados nas categorias dramáticas!,  a Academia divulgou, orgulhosa–  compareceram em peso: este é o momento de re-aquecer também suas campanhas, lembrar ao público que, além de todos aqueles outros premios, eles estão no olho do furacão do maior de todos. E também , é claro- por favor votantes, não se esqueçam de mim.

E este também é o momento em que, ansiosamente, a cada vez maior comunidade de prognosticadores do Oscar tenta ler as entranhas da festa para lançar seus penúltimos pronunciamentos oraculares. A verdade é que os aplausos durante o almoço – no qual os indicados se levantam, um a um, para tomarem seu lugar na “foto de turma” que celebra  os escolhidos de cada ano – representam muito mais os gostos da midia presente do que os dos 6 mil votantes que, em sua maioria, não estão no International Ballroom do Beverly Hilton (ironicamente, sede dos Globos de Ouro), onde cabem, no máximo, 1.200 pessoas.

O que minha experiência me mostrou é uma ideia plantada na cabeça de alguém na hora certa pode acabar virando fato, mais adiante. Os estrategistas de campanha sabem disso muito bem e nunca tiveram uma janela mais perfeita do que esta – semear “tendências” de votos meros cinco dias antes do começo das votações!

Outra tradição do Almoço dos Indicados é o discurso dos produtores pedindo – sempre, sempre, sempre-  que os vencedores encurtem seus agradecimentos. Este ano as coisas estão indo mais adiante: os produtores Craig Zadan e Neil Meron estão investindo firme na ideia da “descontração”, e insistindo que os oscarizados não preparem discursos, sejam espontâneos, façam dancinhas, joguem beijos, chorem, tudo menos aquela lista que em geral começa com a esposa ou esposo e o agente, mais ou menos nessa ordem.

Este ano, além de descontração, talvez tenhamos um show a toda velocidade: durante o Almoço Zadan informou que ele e Meron passaram horas vendo tapes das festas anteriores do Oscar e chegaram à conclusão de que o evento tem muito tempo morto. “O show tem pausas demais quando nada acontece”, disse Zadan. “Cortamos todas elas para dar mais tempo para homenagear os indicados e vencedores. E, é claro, para os outros grandes momentos, como a homenagem a James Bond e os números musicais de Barbra Streisand, Norah Jones e Adele.”


Em fim de semana de definições, Argo toma a dianteira
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Ana Maria Bahiana

Ben Affleck aceita premios por Argo no PGA…

… e, 24 horas depois, por conjunto de elenco, no SAG

Encerrado este fim de semana de definições, duas coisas ficaram claras: já temos algumas dianteiras firmes na corrida do ouro 2013; e já sabemos quem será o quindim independentes da corrida do ouro 2014.

Ao mais imediato, primeiro: seja qual for a urucubaca/ confusão/ momento de privação de sentidos que fez com que a Academia esquecesse de indicar Ben Affleck na categoria Melhor Diretor, Argo já é o filme da vez na disputa 2013. Confirmando a escolha nos Globos de Ouro, duas semanas atrás, a Producers Guild of America, no sábado, e Screen Actors Guild, no domingo, escolheram Argo como seu melhor filme.

Matematicamente, não há como negar que o filme de Ben Affleck tem a vantagem: nesta etapa dos Oscars, toda a Academia vota em todos os premios; com 1.178 integrantes, o departamento de atores é o mais numeroso da Academia; com 462, o de produtores é o segundo mais numeroso.  Como praticamente todos os membros deste departamentos também são votantes em suas Guilds, só aí já está uma vantagem clara.

Mas há algo além da simples soma de possíveis votos no Oscar: para alcançar esta dupla vitória, Argo teve de convencer mais de 100 mil votantes das duas Guilds. Como bem lembrou um twitter de Steve Pond, o que impressiona cem mil pessoas de gostos e lealdades tão diferentes muito mais facilmente vai impressionar os seis mil acadêmicos.

Confirmada essa vantagem, Argo seria uma exceção na escrita da Academia, onde apenas filmes cujos diretores são indicados acabam levando o prêmio maior. Nessa área de sombra os fãs de Lincoln ainda torcem pela vitória mas quanto mais escuto os sons ao redor, mais me convenço que apenas Daniel Day Lewis, que também levou SAG e Globos, é uma certeza. Tommy Lee Jones (outro vitorioso do SAG) como coadjuvante e Steven Spielberg como diretor são possibilidades. As outras vantagens: Jennifer Lawrence para melhor atriz, Anne Hathaway (Os Miseráveis) como coadjuvante.

De todo modo, a briga este ano envolve grandes estúdios – a Warner de um lado, com Argo; a dobradinha DreamWorks/Fox de outro, com Lincoln. Depois de tantas vitórias, o time Weinstein este ano tem que se contentar com Jennifer Lawrence e talvez mais alguns biscoitinhos por O Lado Bom da Vida.

Mas não chore por eles, Brasil. A outra definição deste fim de semana veio no sábado também, com o encerramento do festival de Sundance. O grande vitorioso, de público e crítica, foi Fruitvale, um drama inspirado em fatos reais – o assassinato de um jovem negro por um policial, numa estação do metrô de Oakland, California, em 2008—escrito e dirigido por um jovem (26 anos) realizador estreante, Ryan Coogler, feito em regime cooperativo por uma bagatela, e, desde o começo do festival, o título mais quente da serra de Utah. A Weinstein Company, rapidamente, já comprou Fruitvale. Alô, 2014!

 

 


A última safra do ano, parte II: a valsa dos revoltados
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Ana Maria Bahiana

Os dois últimos grandes lançamentos da temporada-ouro estrearam aqui no dia de Natal e, quando escrevo isto, estão brigando ferozmente pelo domínio da bilheteria: Os Miseráveis, de Tom Hooper, está na liderança com 18.2 milhões de dólares num número menor de telas  –2.808– que Django Livre, de Quentin Tarantino, no seu encalço com 15 milhões de dólares em 3.010 telas.

Como ambos estão indicados aos Globos de Ouro e seus respectivos distribuidores acreditam que vão mais longe, até os Oscars, o público brasileiro só vai vê-los respectivamente dia 18 de janeiro (Django) e 1 de fevereiro (Miseráveis). Só para vocês calibrarem seus calendários, as indicações ao Oscar saem dia 10 de janeiro e as estatuetas serão entregues dia 24 de fevereiro. Os Globos serão entregues dia 13 de janeiro. Comparem com as datas das estréias no Brasil e verão o quanto Universal (Miseráveis) e Weinstein/Sony (Django) estão contando com estatuetas e indicações para alavancar suas campanhas de lançamento.

Muito pessoalmente, os dois filmes apresentaram problemas para mim. Reforço o muito pessoalmente porque suspeito que, para muitos espectadores, as coisas que não me apeteceram são justamente as que vão encanta-los. Essa é a natureza do cinema (e da música também). E o seu poder, também.

Admiro em ambos o seu fôlego e audácia. Os Miseráveis ataca de frente um monstro sagrado do teatro musical –60 milhões de ingressos vendidos em 42 países- que por sua vez já digeria e simplificava  um monstro sagrado da literatura, o vasto épico de Victor Hugo sobre redenção e amor durante a Revolução de Junho que, na Paris de 1832, tentou em vão restaurar a república. Django Livre encara o esqueleto no armário das novas nações do continente americano: a escravidão. Para mim, os resultados desses projetos ambiciosos foram desiguais, mas fica registrado meu enorme respeito por Hooper e Tarantino por terem tentado, sem meias medidas.

Nota de esclarecimento: não sou fã de musicais. A não ser que se trate de documentários como Gimme Shelter (sobre os Rolling Stones em sua turnê de 1969) e Don’t Look Back (sobre como Bob Dylan virou Bob Dylan) ou filmes em que a trama, por ela mesma, pede momentos de música (como Quase Famosos), o artifício de parar tudo para que os personagens se expressem cantando tem apenas um efeito, comigo: me fazer imediatamente desconectar da narrativa.

Há exceções notáveis (uma delas em Magnolia, de Paul Thomas Anderson), mas vamos ficar por aqui. Basta dizer que, em Os Miseráveis, o recurso me incomodou muito menos por uma suprema ousadia de Hooper: em vez de dublar peças pré-gravadas em estudio, todos os atores foram captados cantando ao vivo, no set. Isso revelou, por exemplo, que Russel Crowe, no papel do implacável Javert, carcereiro e perseguidor do herói Jean Valjean (Hugh Jackman) não deveria ousar cantar além de sua banda de rock. Mas deu também a Jackman, Anne Hathaway (Fantine) e a grande revelação do filme, o britânico Eddie Redmayne (Sete Dias com Marilyn) como o revolucionário Marius, a oportunidade de cantar como uma extensão de seus personagens, e não como proeza vocal.

O resultado é gloriosamente imperfeito e intensamente dramático  — e aqui todos os que, como eu, tem reservas quanto às convenções do musical, vão começar a se afastar de Os Miseráveis. Porque este não é um filme onde se pratica contenção e sutileza: os heróis Jean Valjean, Fantine e sua filha Cosette (Amanda Seyfried) sofrem terrivelmente; Javert é um vilão implacável; jovens se sacrificam por amor e idealismo; e mesmo morrendo de tuberculose Fantine/Hathaway canta sem parar. Em 1862, a obra de Victor Hugo fundamentou o realismo na literatura. Um século e meio depois, ela serve de base a arroubos de ultra-romantismo.

Fãs da peça (e fiz questão de ver o filme, pela primeira vez, com uma verdadeira especialista ao meu lado, para compensar minha predisposicão contra musicais…) não vão se decepcionar. Vão, possivelmente, estranhar mas admirar a opção pelo canto dramático no lugar do canto exato, e notar onde o filme diverge da  peça como narrativa. São escolhas muito conscientes de Hooper, que compreende bem as necessidades diferentes de tela e palco, e usa todos os recursos do cinema para mostrar em larga escala tudo o que a obra de Victor Hugo descreve em detalhes e a peça menciona com poucos elementos de cena: os trabalhos forçados! Paris! As barricadas dos revolucionários!

Com Django Livre, minha admiração pela dupla ousadia de Tarantino – escolher a escavidão como tema e o spaguetti-western como forma – começou a esfriar quando certas pequenas coisas começaram a se empilhar em cima de suas bravas escolhas. Coisas como:

O fato de Christoph Waltz estar basicamente repetindo seu papel em Bastardos Inglórios – o cavalheiro extremamente educado, calmo e articulado, capaz de incríveis atos de violência sem perder nenhuma dessas qualidades.

A necessidade de colocar um europeu branco (o dentista/caçador de recompensas vivido por Waltz) como a porta da salvação/mentor/educador do escravo negro (Jamie Foxx).

Uma série de coisas displicentes, como uns bons 15 minutos de sobra, uma aparição desnecessária de Tarantino, erros pequenos e não tão pequenos de continuidade.

A ideia de compensar a medonha violência, a violação mesmo, da escravidão, com a super-violência da vingança de Django não me convenceu inteiramente. Eu gostaria de ver um filme em que Tarantino não  auto-referenciasse, em que ele se desafiasse a evoluir. Estou esperando por isso faz tempo, e outros realizadores da geração dele já dispararam na frente.

Tendo dito isso, Tarantino continua sendo um dos melhores dialoguistas que temos, e o que Leonardo Di Caprio faz com seu Calvin Candle, um senhor de escravos com o refinado sadismo que só o poder absoluto possibilita, é a melhor coisa e a mais exata medida do que Django Livre poderia ter sido.


Semana do Oscar, dias 2 e 3: a sorte está sendo lacrada
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Ana Maria Bahiana

Hollywood Boulevard, hoje pela manhã

O Oscar 2011 já está decidido, mas apenas os contadores da PriceWaterhouseCooper sabem disso. Os votos fecharam ontem à tarde e foram encaminhados  imediatamente à contadoria . Quando você estiver lendo este post os resultados já terão sido apurados, e os vencedores, estabelecidos _ agora é a hora de preparar os cartões fatais, colocá-los nos envelopes e lacrá-los.

Antes que vocês perguntem: as estatuetas não recebem os nomes vencedores nesta etapa. Em números muito maiores que o necessário – por garantia- as estatuetas ficam nos bastidores do Kodak, com placas em branco. Depois da entrega, elas são enviadas para a gravação dos nomes e devolvidas aos vencedores.

Nas últimas 48  horas da disputa Christopher Hitchens, que não tolera bobagens, massacrou O Discurso do Rei por sua “memória seletiva” na reconstituição dos fatos em torno do reinado de Jorge VI e seu pai. Jorge V; Annette Bening deu entrevistas para praticamente todos os programas de TV; Harvey Weinstein correu com Colin Firth para cima e para baixo de todas as festas, recepções e eventos, e explorou ao máximo o endosso da família real ao Discurso; Lucy Walker, diretora de Lixo Extraordinário, deu uma entrevista na qual não consegui achar a palavra “Brasil”; e o divulgador de Geefwee Boedoe, diretor do curta Let’s Pollute, desfechou emails  dizendo que o filme era o “Davi diante do Golias da Pixar” – o favorito Day and Night (isso  nunca dá certo…)

Teddy Newton, diretor de Day and Night, na recepção da Academia

Isso apenas no campo “estratégia”. No setor “produção”, a Academia abriu as portas para festejar os curtas de animação indicados; o tapete vermelho começou a ser instalado na entrada do Kodak; Anne Hathaway e James Franco ensaiaram um tributo a Nos Tempos da Brilhantina; e soube-se o por que de não haver prévia dos cenários, como é costumeiro –  os produtores Bruce Cohen e Don Mirscher optaram por um cenário minimalista, praticamente nu, que será alterado exclusivamente através de projeções. “Será um cenário virtual, que vai nos possibilitar levar a plateia a diversos momentos da história do cinema”, disse Cohen.

O que também não vai acontecer: vários indicados anteriores apresentando prêmios e falando sobre os indicados do ano; e longas montagens de clipes, como aquele tributo aos  filmes de terror do ano passado. O que voltou: “o Oscar vai para…” e  interpretação integral de todas as canções indicadas.

Esta noite, os documentaristas serão homenageados. Vamos ver o que vai rolar…


Semana do Oscar, dia 1:o envelope, por favor
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Ana Maria Bahiana

O novo envelope dos oscarizados: inspiração art deco

Pronto: chegamos aqui, na reta final. Amanhã, terça feira, as 17h, todos os envelopes com os votos finais para o Oscar 2011 tem que estar na sede da Academia, em Beverly Hills. Quem optou por votar na categoria “filme estrangeiro” tem que submeter um segundo envelope com seu voto e a “folha de frequencia” mostrando que viu todos os indicados nas sessões oferecidas pela Academia.

As ruas em torno do Kodak já começaram a mudar de cara, e muitas delas em breve estarão fechadas ao trânsito e aos pedestres (um desatino para quem, como eu, tem que atravessar Hollywood para chegar ao lado oeste da cidade…).

No lado prático da festa, uma novidade serão os envelopes e cartões com os nomes dos vencedores, redesenhados pelo ultra-guru dos convites de LA, Marc Friedland. Por incrivel que pareça na longa história do Oscar os cartões com os nomes dos vencedores eram apenas papelaria comum do uso normal da Academia.

O novo desenho  supre essa lacuna. Agora, os nomes dos oscarizados vem gravados em ouro e emoldurados em vermelho num papel de cor bege claro, de altíssima qualidade, precedido das palavras “E o Oscar vai para…” O envelope, dourado, tem forro vermelho com motivos art-deco, e o selo da contadoria PriceWaterhouseCooper.

Curiosidade, antes que vocês perguntem: são impressos cartões com os nomes de todos os indicados. Na véspera da festa, apurados os votos, os cartões correspondentes aos ganhadores são colocados nos envelopes, lacrados e timbrados. Todos os demais são destruídos. E sim, o oscarizado fica com seu envelope e cartão (além da estatueta, é claro).

Os produtores Bruce Cohen e Don Misher se dizem “entusiasmados” com a “sintonia instantânea” entre os apresentadores Anne Hathaway e James Franco. Os clipes promocionais que estão fazendo tanto sucesso na rede foram gravados um dia depois do anúncio dos apresentadores, quando Hathaway e Franco estavam trabalhando juntos pela primeira vez, e a facilidade com que os dois interagem é clara.

Sobre o restante da festa, o que se sabe é que Helen Mirren e Russel Brand apresentarão um segmento juntos (meu palpite: o clipe de O Discurso do Rei, com muitas piadas sobre a família real) , que Scarlett Johansson será uma das apresentadoras, que o coral da escola PS 22, de Staten Island, Nova York, vai fazer uma apresentação como parte do clima “história do cinema” que vai dominar a festa *o que diz: será “Over the Rainbow”, no segmento dedicado a O Mágico de Oz).

Segundo Cohen, em vários momentos da noite o palco do Kodak será transformado “através de luz e elementos de cena” e voltaremos no tempo a “algum momento importante da história do cinema.”

Obra de Banksy nas ruas de LA?

Muito bem. E qual serão as incógnitas? Em primeiro lugar, Banksy. O misterioso artista, personagem (e autor?) do documentário Exit Through the Gift Shop, indicado e um dos favoritos para ganhar o Oscar na categoria, está em Los Angeles desde a semana passada, grafitando nas ruas (e tendo suas obras prontamente apagadas pelos donos dos espaços). Bansky tem todo direito de comparecer ao Kodak, e a Academia já disse que ele será recebido “de braços abertos” mas… como ele vai aparecer?

Uma teoria recente é que, para manter seu precioso anonimato, várias pessoas comparecerão ao Kodak dizendo ser Banksy , o que é um problemão para os estritos sistemas de segurança do Oscar. Pior vai ser se ele ou seus alter-egos estiveram com as costumeiras máscaras com que Banksy guarda sua identidade secreta. Ou – numa possibilidade que está deliciando todo mundo que acha a festa muito chata – que um bando de pessoas em trajes de gala e máscaras pulem no palco dizendo ser Banksy…

A outra incógnita é o tempo. O Oscar tem uma sorte brutal e, no passado, frentes frias, comuns nesta época do ano na California, interromperam a chuvarada a tempo do tapete vermelho. Uma delas se encaminha rapidamente para Los Angeles esta semana, e promete muita chuva e muito frio  no fim de semana. Conseguirá a Academia desviá-la a tempo?


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