Blog da Ana Maria Bahiana

Arquivo : Lucy Walker

Semana do Oscar, dias 2 e 3: a sorte está sendo lacrada
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Ana Maria Bahiana

Hollywood Boulevard, hoje pela manhã

O Oscar 2011 já está decidido, mas apenas os contadores da PriceWaterhouseCooper sabem disso. Os votos fecharam ontem à tarde e foram encaminhados  imediatamente à contadoria . Quando você estiver lendo este post os resultados já terão sido apurados, e os vencedores, estabelecidos _ agora é a hora de preparar os cartões fatais, colocá-los nos envelopes e lacrá-los.

Antes que vocês perguntem: as estatuetas não recebem os nomes vencedores nesta etapa. Em números muito maiores que o necessário – por garantia- as estatuetas ficam nos bastidores do Kodak, com placas em branco. Depois da entrega, elas são enviadas para a gravação dos nomes e devolvidas aos vencedores.

Nas últimas 48  horas da disputa Christopher Hitchens, que não tolera bobagens, massacrou O Discurso do Rei por sua “memória seletiva” na reconstituição dos fatos em torno do reinado de Jorge VI e seu pai. Jorge V; Annette Bening deu entrevistas para praticamente todos os programas de TV; Harvey Weinstein correu com Colin Firth para cima e para baixo de todas as festas, recepções e eventos, e explorou ao máximo o endosso da família real ao Discurso; Lucy Walker, diretora de Lixo Extraordinário, deu uma entrevista na qual não consegui achar a palavra “Brasil”; e o divulgador de Geefwee Boedoe, diretor do curta Let’s Pollute, desfechou emails  dizendo que o filme era o “Davi diante do Golias da Pixar” – o favorito Day and Night (isso  nunca dá certo…)

Teddy Newton, diretor de Day and Night, na recepção da Academia

Isso apenas no campo “estratégia”. No setor “produção”, a Academia abriu as portas para festejar os curtas de animação indicados; o tapete vermelho começou a ser instalado na entrada do Kodak; Anne Hathaway e James Franco ensaiaram um tributo a Nos Tempos da Brilhantina; e soube-se o por que de não haver prévia dos cenários, como é costumeiro –  os produtores Bruce Cohen e Don Mirscher optaram por um cenário minimalista, praticamente nu, que será alterado exclusivamente através de projeções. “Será um cenário virtual, que vai nos possibilitar levar a plateia a diversos momentos da história do cinema”, disse Cohen.

O que também não vai acontecer: vários indicados anteriores apresentando prêmios e falando sobre os indicados do ano; e longas montagens de clipes, como aquele tributo aos  filmes de terror do ano passado. O que voltou: “o Oscar vai para…” e  interpretação integral de todas as canções indicadas.

Esta noite, os documentaristas serão homenageados. Vamos ver o que vai rolar…


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