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Está lançado o Oráculo do Oscar 2011!
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Ana Maria Bahiana

Hollywoodianas e hollywoodianos, chegou o momento que vocês tanto esperavam (além do Oscar, é claro).

Está lançado oficialmente o internacionalmente famoso Oráculo do Oscar edição 2011.

Você acha que consegue prever os vitoriosos da noite de domingo com o mesmo poder oracular de Renato Félix e Weliton Vicente, detentores do título em 2010, que acertaram 20 das 24 categorias? Ou, quem sabe, bater o recorde da verdadeira pitonisa do Oscar, a carioca Danielle Lima, que cravou 21 acertos em 2009 e é a recordista de acertos do Oráculo?

As regras são muito simples: mande seus votos para o email oraculo2011@bol.com.br até o meio dia (horário do Brasil) de domingo, dia 27 de fevereiro. Mande apenas para este endereço de email, e somente até o meio dia de domingo. Votos enviados depois deste horário não serão considerados.  Você pode corrigir ou emendar seus votos, mas apenas a última versão será levada em conta _ as demais serão deletadas. Não  esqueça de incluir seu nome (completo ou artístico –sei lá, você pode ser o Banksy…) e um email para contato. Ah! Facilita muito se você mandar seus palpites na cédula oficial do Oscar, que você pode baixar aqui. Ter os votos todos na mesma ordem agiliza muito o processo.

Os resultados  serão anunciados aqui, com grande pompa, fotos e entrevistas , assim que minha cabeça voltar a funcionar depois do evento e conseguir contar os votos. O que, em termos práticos, é em torno de terça feira, 1 de março.

Além da suprema honra de ser aclamada/o neste mesmo espaço onde, durante o ano, trafegam estrelas e cineastas do primeiro time, a/o Oráculo(s) 2011 receberá uma seleção de mimos exclusivos da temporada de prêmios. Por  motivos legais, não posso enviar DVDs. E, por motivos de segurança e de custo, também não posso mandar grandes objetos (os comestíveis e bebíveis se foram há muito tempo). Não se preocupem – tem muita coisa super bacana para escolher.

A postos?


Semana do Oscar, dias 2 e 3: a sorte está sendo lacrada
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Ana Maria Bahiana

Hollywood Boulevard, hoje pela manhã

O Oscar 2011 já está decidido, mas apenas os contadores da PriceWaterhouseCooper sabem disso. Os votos fecharam ontem à tarde e foram encaminhados  imediatamente à contadoria . Quando você estiver lendo este post os resultados já terão sido apurados, e os vencedores, estabelecidos _ agora é a hora de preparar os cartões fatais, colocá-los nos envelopes e lacrá-los.

Antes que vocês perguntem: as estatuetas não recebem os nomes vencedores nesta etapa. Em números muito maiores que o necessário – por garantia- as estatuetas ficam nos bastidores do Kodak, com placas em branco. Depois da entrega, elas são enviadas para a gravação dos nomes e devolvidas aos vencedores.

Nas últimas 48  horas da disputa Christopher Hitchens, que não tolera bobagens, massacrou O Discurso do Rei por sua “memória seletiva” na reconstituição dos fatos em torno do reinado de Jorge VI e seu pai. Jorge V; Annette Bening deu entrevistas para praticamente todos os programas de TV; Harvey Weinstein correu com Colin Firth para cima e para baixo de todas as festas, recepções e eventos, e explorou ao máximo o endosso da família real ao Discurso; Lucy Walker, diretora de Lixo Extraordinário, deu uma entrevista na qual não consegui achar a palavra “Brasil”; e o divulgador de Geefwee Boedoe, diretor do curta Let’s Pollute, desfechou emails  dizendo que o filme era o “Davi diante do Golias da Pixar” – o favorito Day and Night (isso  nunca dá certo…)

Teddy Newton, diretor de Day and Night, na recepção da Academia

Isso apenas no campo “estratégia”. No setor “produção”, a Academia abriu as portas para festejar os curtas de animação indicados; o tapete vermelho começou a ser instalado na entrada do Kodak; Anne Hathaway e James Franco ensaiaram um tributo a Nos Tempos da Brilhantina; e soube-se o por que de não haver prévia dos cenários, como é costumeiro –  os produtores Bruce Cohen e Don Mirscher optaram por um cenário minimalista, praticamente nu, que será alterado exclusivamente através de projeções. “Será um cenário virtual, que vai nos possibilitar levar a plateia a diversos momentos da história do cinema”, disse Cohen.

O que também não vai acontecer: vários indicados anteriores apresentando prêmios e falando sobre os indicados do ano; e longas montagens de clipes, como aquele tributo aos  filmes de terror do ano passado. O que voltou: “o Oscar vai para…” e  interpretação integral de todas as canções indicadas.

Esta noite, os documentaristas serão homenageados. Vamos ver o que vai rolar…


Na semana decisiva, a pergunta é: quem vai ficar com Oscar?
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Ana Maria Bahiana

A duas semanas exatas do Oscar 2011 e uma semana para entrega dos votos finais, eis o que é absoluta certeza: que Anne Hathaway  e James Franco serão os anfitriões da festa; que os apresentadores de prêmios incluem Nicole Kidman, Tom Hanks, Cate Blanchett, Jude Law, Reese Whiterspoon e Annette Bening; que Gwyneth Paltrow (que agora ninguém consegue tirar de um palco, pelo jeito) vai cantar a indicada “Coming Home”, do seu filme Country Strong, e que Florence do Florence & the Machine vai tomar o lugar de Dido ao lado de A.R. Rahman na interpretação de outra indicada, “If I Rise”, de 127 Horas.

Sabemos também que o Governors’ Ball, tradicional homenagem da direção da Academia a indicados e vencedores do ano, terá como tema, segundo a produtora e desiger do evento, Cheryl Ceccetti, “uma noite num night club da era de ouro de Hollywood”,com palmeiras artificiais, clima art-deco e cores intensas.

E que Wolfgang Puck, chef-estrela que há 20 anos atende os 1500 convidados do Ball, preparou um menu de “sabores latinos”, com uma paella e outros pratos de peixes e frutos do mar, além da tradicional  pizza do Oscar”, com caviar e salmão, e as mini estatuetas de chocolate.

Quase todo o resto ainda está no terreno da especulação, algo que , como muito bem diz Timothy Gray, editor da Variety (e um dos autores de um livro delicioso sobre os bastidores do festival de Cannes) “envolve uma quantidade tremenda de gases”. Uma olhada nas duas tabelas compiladas por Gray demonstra, entre outras coisas, o quanto o gostos e prioridades mudaram entre os votantes dos prêmios pré-Oscars, e o quanto a mudança da data do evento da Academia foi importante para essa mudança.

Um outro elemento, que Gray não menciona, é uma tendencia da Academia, em anos recentes, de distribuir suas dádivas por vários filmes. Posso estar errada, mas me lembro apenas de Titanic, em 1998, levando para casa todos os tipos de indicação (menos, significativamente, as dramáticas e de roteiro).

As vitórias de O Discurso do Rei nos prêmios BAFTA, ontem, são importantes, mas eu faço uma ressalva: a superposição de votantes das academias britânica e norte-americana não é tão grande a ponto de podermos tirar uma conclusão certa.

O quadro que temos agora, em linhas gerais, indica um pau-a-pau entre O Discurso do Rei e A Rede Social, com Inception (que levou o prêmio da ASC, guilda dos diretores de fotografia) na pole para os prêmios técnicos e Cisne Negro, O Vencedor e Bravura Indômita bem posicionados nas categorias dramáticas.

Vou observar com cuidado o que acontece nos bastidos desta semana tão decisiva.


As desventuras de Melissa Leo revelam um pouco do avesso das campanhas
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Ana Maria Bahiana

Qual a diferença entre este anúncio…

...e este?

A duas semanas dos Oscars, a disputa continua em aberto. E a grande pergunta na cabeça de todo mundo é: o que Melissa Leo estava pensando?

Para quem perdeu esse capítulo da emocionante novela do Oscar 2011, aqui vai um resumo: há uma semana um par de anúncios de página inteira apareceu nos trades, os jornais especializados da indústria. Neles, Melissa aparecia em trajes de gala, com uma palavra através da página: “Consider” (considere).

Era claramente um pedido de voto, mas, pela etiqueta da campanha, absolutamente bizarro, embora permitido.

Entre as muitas nebulosidades (ouso dizer hipocrisias?) das batalhas por uma estatueta, a questão da auto-promoção é das mais delicadas. Pelas regras da Academia,  tudo é permitido desde que não ataque diretamente os concorrentes ou envolva presentes ou mordomias ligados aos filmes. Notem que pedidos diretos de votos, feitos sem ataque e sem mimos, são permitidos, assim como brindes e mordomias não diretamente ligados aos filmes _ o que enche a cidade, nesta época do ano, de “gifting suites”, com farta distribuição de todo tipo de artigo de luxo, de bebidas a jóias, para indicados, suas equipes, seus amigos e seus estúdios, na esperança de que esses formadores de opinião usem os produtos em público ou pelo menos falem deles.

Mas voltemos às campanhas e a Melissa.  Ligar para seus amigos e para os amigos de amigos; conversar com todo mundo que pertence à Academia ou é esposo/esposa, parente ou associado de um acadêmico; lembrar favores passados; prometer favores futuros; ter vontades súbitas de oferecer almoços e jantares de congraçamento; enviar emails pessoais; perguntar pela saúde e bem estar de tias, primos, avós, bebês recém-nascidos  de acadêmicos ou mesmo envar cartões, flores e mimos com o mesmo objetivo; se oferecer para passear o cachorrinho ou tomar conta do gato de acadêmicos _ tudo isso é permitido. Mais que isso: é o pão com manteiga de uma campanha.

Gastar cerca de 18 mil dólares por uma página no Variety com um anúncio pedindo votos é, na verdade, tão corriqueiro que ninguém notaria. A não ser por uma coisa: não se tratava dos produtores ou distribuidores de O Vencedor que estavam pedindo consideração para Melissa Leo. Também não era seu agente ou empresário. Era ela mesma. Isso é permitido? É. Mas, como me disse um votante, “é de mau gosto, e parece desespero. E você sabe como esta cidade tem repulsa ao desespero.”

É verdade. Não vamos nos deter sobre a questão do “mau gosto”, algo inteiramente discutível  nesta indústria. Fiquemos no item “desespero”: de fato, este  é o repelente mais eficiente desta terra. Um dos elementos mais cruéis do jogo do sucesso, aqui, é exatamente esse: quanto mais alguém está querendo ou precisando de algo, menos ela e ou ele tem que aparentar que está querendo ou precisando.  O mistério número um, no caso, é que, depois de suas vitórias nos Globos de Ouro e na SAG, Melissa não precisava querer nada _ ela já era a favorita na categoria melhor atriz coadjuvante por seu trabalho como a mãe autoritária e superprotetora dos irmãos Mark Wahlberg e Christian Bale em O Vencedor.

Resta a teoria da pura ingenuidade, que é a linha que Melissa Leo está adotando, agora. Numa entrevista para  Marie Claire, Leo garantiu que “não sabe nada” sobre Oscar e campanhas para o Oscar, e que pensou que os anúncios eram “uma boa ideia”. Isso seria plenamente aceitável se ela não tivesse uma carreira de 20 anos  na TV e no cinema, e se, na mesma entrevista, não dissesse que Amy Adams, que também está indicada como coajuvante por O Vencedor, mas que até agora não ganhou nada, “tem uma certa inveja”; que Helena Bonham Carter lhe deu “empurrões” durante o almoço dos indicados; e que Hailee Steinfeld, a segunda favorita na categoria, está “cafetinando” sua indicação.

Resultado: Hailee está agora na pole position entre as atrizes coadjuvantes, por Bravura Indômita.

E a lição da semana é: se você for indicada e quiser gastar dinheiro, contrate primeiro um assessor de imprensa/estrategista.

Adendo importante: por que Melissa Leo não usou fotos dela no filme? Teria sido mais eficiente?

Teria. Mas ela não tem o direito de uso dessas imagens. Quem tem é o distribuidor. E aí temos outro nó: a decisão de quem, num filme, deve receber atenção nas campanhas públicas, com anúncios, folhetos, convites, etc cabe a ele, o distribuidor. Muita briga rola por causa disso. Melissa pode ter-se sentido não prestigiada com anúncios pagos pelo distribuidor, com cenas do filme, e partido para o ataque por conta própria. Grande erro, como se viu.


Almoço com as estrelas: álbum de retratos
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UOL Interação

A tradição começou em 1981: no intervalo entre o envio das cédulas para os votos finais e o prazo para sua entrega a Academia convida todos os indicados para um almoço de confraternização. “É um momento sem competição numa temporada marcada pela competição”, me disse certa vez uma porta voz da Academia. “Uma lembrança do por que da Academia e dos prêmios.”

Este ano, 150 dos 190 convidados compareceram ontem à tarde ao International Ballroom do Beverly Hilton (ironicamente, onde são entregues os Globos de Ouro) para um menu de salmão, filê mignon, jardineira de legumes e sobremesas sortidas de chocolate. Aqui, alguns momentos (todas as fotos cortesia A.M.P.A.S. Fotógrafos: Darren Decker , Todd Wawrychuk, Richard e Greg Harbaugh e Ivan Vejar).

Chegando ao Beverly Hilton: os fãs de Anorofsky…

…as luvinhas de Helena Bonham Carter…

…e o reencontro do rei e do professor_ Colin Firth e Geoffrey Rush (com minha amiga Melody Korenbrot ao fundo, super estressada…)

Na tradicional pose para a foto da “turma do ano”: Annette Bening usou seus privilégios de diretora do Departamento de Atores e foi para o colo de Jeff Bridges…

… mas James Franco arranjou uma cadeira para a supergrávida Natalie Portman (com o apoio de John Lasseter e Chris Nolan)…

… enquanto Mark Ruffalo, Michelle Williams e o extraordinário DP Matthew Libatique (Cisne Negro) sorriem para a câmera.

No salão: los amigos Javier Bardem e Alejandro González-Iñarritu…

…Nicole Kidman e o co-presidente da Fox, Jim Gianopulos…

… e o diretor Tom Hooper (O discurso do rei) fazendo média com o presidente da Academia, Tom Sherak, e Warren Beatty.

E finalmente, os arqui-rivais Jesse Eisenberg e Colin Firth. Qual seria o diálogo?


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