Blog da Ana Maria Bahiana

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Novo trailer de O Grande Gatsby: 2013 será a maturidade do 3D?
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Ana Maria Bahiana

Em 2012, Ang Lee e Peter Jackson mostraram o quanto o 3 D pode realmente ser usado como uma ferramenta de criação. Em maio de 2013 vai ser a vez de Baz Luhrmann usar o mesmo recurso em O Grande Gatsby – pelo que me contam, de uma forma dramática, para ampliar as trocas entre os personagens. O novo trailer não é 3D mas… dá uma boa ideia. Eu me animei. E vocês?


O 3D morreu? Viva o 3D?
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Ana Maria Bahiana

 

Nas últimas duas semanas algo interessante aconteceu no mercado norte americano:  o 3D como atrativo de bilheteria mostrou sinais de declínio. Sinais claros, vindos do índice de vendas de ingressos, assinalaram o que pode ser , na melhor das hipóteses, um desinteresse momentâneo e, na pior, o começo de uma curva descendente, o ciclo final de uma tendencia.

Primeiro, vamos ver o quadro geral: a venda de ingressos nos EUA, neste primeiro semestre, está em media 20% abaixo do mesmo periodo ano passado. É o ponto mais baixo de uma curva descendente que vem desde 2002, e que foi interrompida brevemente em 2009-inicio de 2010 por Avatar.

O mega-sucesso de Avatar, como se sabe, levou os nervosíssimos chefões da indústria a uma conclusão simples: o 3D é a salvação! Não apenas é o que público deseja, mas também é um modo de vender ingressos mais caros, dando um reforço na receita!

Como sempre acontece nesses casos, neste nível, ninguém discutiu a necessidade de tais filmes serem tão bons, tão envolventes e tão tecnologicamente avançados  quanto Avatar.

Fast forward para o feriadão de Memorial Day, a última segunda feira de maio, que marca o início da temporada-pipoca, em geral a fase das vacas gordas para Hollywood: Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, estreia no topo, como esperado _ mas apenas 46% de sua receita vem das exibições 3D. Uma semana depois, o filme é derrubado por Se Beber Não Case 2, em 2D. Mais sete dias – este final de semana – e Kung Fu Panda 2 fez pior: apenas 45% de seus ingressos vieram de exibições 3D.

A reação em Wall Street – que é onde realmente se resolvem  os destinos dos grandes estudios  e das empresas que deles dependem – foi rápida: as ações de empresas  do setor, como a Real 3D, despencaram vertiginosamente (11% em um dia, em um caso).

Na primeira eclosão do 3D, nos anos 1950, o entusiasmo das plateias durou exatamente três anos. Tentativas posteriores, nos anos 1970 e 80, resistiram menos tempo: um ano e meio, em media. Todas foram vitimadas pela mesma combinação de fatores: filmes vagabundos, falta de paciência com os óculos, problemas técnicos de exibição, alto custo do ingresso.

E nem assim ninguém aprendeu coisa alguma.

Existem algumas diferenças, contudo, entre as trajetórias anteriores do 3D e o que está acontecendo agora.

A primeira, e mais importante, é a força dos mercados internacionais, coisa que não existia em meados do século passado. O 3D pode estar caindo no consumo norte-americano, mas no exterior ainda é uma novidade pela qual, aparentemente, as plateias não se incomodam em pagar mais caro.

Na verdade, eu diria que todos os grandes lançamentos dos estudios, hoje, são criados, desenvolvidos e planejados visando em primeiro lugar o público fora dos EUA, de saturação mais lenta. Ou vocês acham que esses lançamentos simultâneos ou antecipados de arrasa-quarteirão são por acaso, ou apenas por conta do medo da pirataria?

O segundo elemento é o interesse na nova tecnologia por realizadores que não se alinham com o cinemão, como comentamos aqui, há pouco. A plasticidade e o poder visual da nova tecnlogia está oferecendo o que suas versões anteriores não tinham: a capacidade de ser uma real ferramenta narrativa, com resultados empolgantes e imprevisíveis.

E vocês, que estão consumindo o 3D além das fronteiras dos EUA, o que acham?

 


O 3D, além do bem e do mal
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Ana Maria Bahiana

Dançando em 3D: filmando Pina, de Wenders

 

A declaração de Bernardo Bertolucci, hoje, no Festival de Cannes, de que não apenas é fã de Avatar mas vai fazer seu próximo filme em 3D colocou a questão do novo/velho formato, mais uma vez, no centro de uma discussão bem mais interessante do que” vai ou não vai aumentar o retorno de bilheteria”.

Bertolucci, um nome sem dúvida de peso, é o mais recente realizador de alto calibre a abraçar o 3D. Martin Scorsese causou arrepios na indústria quando anunciou, ano passado, que seu A Invenção de Hugo Cabret seria filmado em 3D. Wim Wenders emocionou o festival de Berlim com seu documentário Pina, captando em 3D e numa mistura de sets, palcos e cenários naturais diversas atuações do grupo de dança da brilhante coreógrafa Pina Bausch. E Werner Herzog está batendo recordes de bilheteria (para um documentário) com sua lírica e idiossincrática visão das pinturas pré históricas de caverna de Chauvet em Cave of Forgotten Dreams.

E agora Bertolucci diz o seguinte: “Amei Avatar e fiquei fascinado com o 3D. Comecei a pensar, por que o 3D é considerado bom apenas para filmes de terror, ficção científica e coisas semelhantes? Pensei, e se 8 ½ de Fellini fosse em 3D, não seria maravilhoso?”

Seria.

O que é o essencial desta conversa _ como toda ferramenta da criação artística, o 3D não é, por si mesmo, “do bem” ou “do mal”. Ele é o que se faz com ele, assim como, no passado do cinema, foram o som, a cor, e os diversos formatos da imagem captada e projetada.

É claro que distribuidores , donos de cinema e executivos vêem a possibilidade como um modo de reverter a tendencia do entretenimento-em-casa que vem contribuindo para a retração da venda de ingressos, principalmente na América do Norte. Contribuindo, sou obrigada a dizer, ao lado de outros fatores como, por exemplo, uma enxurrada de filmes vagabundos, repetitivos, nada criativos e, muitas vezes, com um 3D ordinário. O papel desta turma é administrar o lado negócios do cinema. O que estava faltando na conversa era a voz da turma que administra o lado arte.

A compreensão do 3D como algo que pode modificar positivamente a experiencia visual e se tornar um elemento da narrativa é assunto para a turma da criação. É o que torna as cavernas de Chauvet tão emocionantes no filme de Herzog _ a aproximação, para a plateia, da experiencia dos pintores pre-históricos, que utilizaram o relevo da caverna como parte integrante de suas obras, em muitos casos para criar a ilusão de movimento, “como um proto cinema”, nas palavras do diretor.

Scorsese no set de Hugo Cabret

 

Em Hugo Cabret essa aproximação é absolutamente natural: o lindo livro de Brian Selznick é, ele mesmo, um objeto visual, onde imagens e o ritmo de virar as páginas são a narrativa. Selznick, um ilustrador em primeiro lugar, tem paixão pelos pioneiros da imagem em movimento, principalmente George Meliés, uma enorme influência em Hugo Cabret. Suspeito que Scorsese acredita, como eu, que se Meliés tivesse acesso ao 3D , ele o teria adotado entusiasticamente…

Io e Te, o projeto que Bertolucci vai realizar em 3D, tem apenas dois personagens e um cenário. Mas o que o diretor – preso numa cadeira de rodas há um ano, por conta de sérios problemas de saúde – visualizou, graças à nova tecnologia, foi o bastante para lhe dar novo fôlego: “(Com o 3D) eu vi que, mesmo numa cadeira de rodas, eu poderia imaginar meus filmes.”

Vôo da imaginação: cena de Pina, de Wenders

 


Minha conversa com James Cameron:”Se eu não fizesse cinema, seria um cientista”
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Ana Maria Bahiana

Vamos primeiro ao que mais interessa: Avatar 2 e 3 estão neste momento em pre-produção, para serem filmados em sequencia  e “completarem o arco da história, dentro do formato de uma trilogia.” E não, ele não vai filmar nenhum deles no Brasil – “os cenários são praticamente todos virtuais, vamos filmar num galpão qualquer” – mas quer levar integrantes do elenco e da equipe à Amazônia, para conhecer os kaiapó e “uma verdadeira questão de conflito ecológico “ – a construção da usina de Belo Monte, a que Cameron se opõe veementemente.

Além disso, Cameron está perfeitamente feliz com Santuário (Sanctum) o primeiro filme que ele assina como produtor desde o mega-sucesso de Avatar, e que estréia hoje (sexta dia 4) em todo o mundo. “O objetivo deste projeto não era criar algo novo em termos de tecnologia, mas mostrar que era possível fazer um espetáculo envolvente de ficção sem ter que gastar 300 milhões de dólares “, ele diz – bronzeado, em forma, tranquilo, tomando chá gelado numa tarde de fim de semana em Los Angeles. “Eu estava em pós-produção em Avatar enquanto eles filmavam Santuário, e tinha toda confiança na capacidade de Andy (Wight, produtor de Santuário e dos documentários de Cameron) e Alister (Grierson, diretor do filme) para resolver o que eu sabia que seriam tremendos problemas de realização de um projeto assim _ atores mergulhando, filmagens debaixo d’água, iluminação na água..”

Os 20 minutos de conversa rendem bastante:

O que você pode contar sobre Avatar 2 e 3?

_ São uma continuações naturais da história, modos de explorar completamente o universo de Pandora… e além. Eu tenho esse problema constantemente na minha carreira: eu invento uma coisa antes de ser capar de realizá-la. Aí tenho que correr para criar a tecnologia necessária para tornar real o que eu imaginei… Avatar foi o caso mais dramático, o projeto que eu vivia adiando porque a tecnologia ainda não existia. Agora este problema está resolvido: a equipe técnica está composta, a tecnologia foi testada e aprovada. Não vamos precisar gastar aquela fortuna para criar os personagens, e além disso todo mundo já fala na’vi… (ele ri)… Meu foco é continuar a história dos personagens de Zoe Saldana e Sam Worthington e, ao mesmo tempo, trazer novos personagens e novos ambientes em Pandora e além.

O projeto está em que etapa?

_ Estamos neste momento trabalhando com a equipe técnica criando novos softwares, aprimorando a sequência de produção. Estamos criando um novo estudio virtual que provavelmente estará completamente operacional em outubro ou novembro. Ainda estou trabalhando  nos roteiros e ainda não começamos o processo de design. Isso vai ser deslanchado logo a seguir, com o trabalho nas novas criaturas. A ideia é fazermos os dois filmes num único processo de produção, o que se convencionou chamar back-to-back.

Se você não fosse um homem de cinema, o que seria?

_ Um cientista, um engenheiro ou um explorador, provavelmente. Ou talvez um artista plástico, já que sei pintar e desenhar. Se eu pudesse ser todas essas coisas ao mesmo tempo, eu seria. O mais próximo que cheguei disso foi ser diretor de cinema…

Que outros diretores você admira?

_ Do passado, os pioneiros, dos anos 30 e 40, os que encararam e resolveram as primeiras questões do cinema. Os rebeldes dos 60 e 70, principalmente Coppola, que teve um impacto enorme em mim pela audácia, pela determinação de  seguir plenamente sua visão. Hoje tenho grande admiração por pessoas como Robert Rodriguez e Zack Snyder, que estão abordando o cinema com olhos novos e mudando rapidamente todas as regras. E visionários como Chris Nolan.

O que você tem a dizer sobre os comentários de Walter Murch sobre a ineficácia do 3D como ferramenta narrativa?

_ Respeito muito Walter mas ele está errado. Simplesmente errado. Pode ser que não funcione para ele, e quem sou para julgar o que ele sente ou não. Mas ele não pode estender essas conclusões para o público em geral.  O fato do 3D ter sido aceito tão maciçamente como foi não depende de mim ou do fato de que, como realizador, o 3D me interessa como modo de expressão. Os espectadores experimentaram, gostaram e adotaram. É um fenômeno impulsionado pelo mercado.

A câmera Fusion 3D Cameron/Pace em ação no tanque-set de Santuário

Mas existe 3D e 3D…

_ … e é o que venho dizendo desde sempre! E tem muito realizador teimoso que não quer escutar! Não adianta converter. Não adianta fazer 3D como uma ideia posterior ao filme, ah, vamos por um 3D aí para atrair mais público. O 3D tem que ser pensado como parte da narrativa, e parte da questão é _ esta é uma narrativa que pode se beneficiar do 3D?  É o mesmo problema trazido pela cor ao longo da história do cinema – meu filme é melhor em cor ou pb? Entre os meus favoritos estão duzias de filmes pb, assim como dezenas de filmes cor. Cada um é genial por seus proprios motivos. O público sabe. O público de hoje, principalmente o público que cresceu na era digital, com games, com animação digital, sabe o que é bom 3D, bem usado, e o que  é 3D vagabundo.

Obviamente você não acredita que o digital e o 3D vão matar o cinema como forma de expressão criativa e inteligente?

_ Desde que faço cinema eu ouço que o cinema vai morrer. Quando eu comecei, era o video cassete que ia matar o cinema. Mas sobrevivemos a ele, sobrevivemos ao DVD, sobrevivemos ao streaming, à pirataria, a tudo isso, e continuamos indo em frente. Há algo muito especial sobre ver cinema e não é apenas o aspecto comunitário, o fato de estarmos todos juntos numa sala escura compartilhando uma experiencia. O cinema oferece algo profundamemte humano que é a capacidade de nos perdermos numa narrativa e, dessa forma, reforçarmos o que é humano em nós.


Tron, o Legado e Bravura Indômita: dose dupla de Jeff Bridges
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Ana Maria Bahiana

Porque o fim de semana já está aí e, com ele, o lançamento mundial de Tron-O Legado, que tal uma dose dupla de Jeff Bridges, ator que prova o quanto viver muito e bem pode ser produtivo?

Comecemos por Tron, já que vocês podem conferir agora mesmo esta nova iteração do filme cult de 1982. Muitos fatores tornaram Legado um dos filmes mais esperados do ano _ principalmente o carinho de algumas gerações criadas à sombra do filme original, uma obra bizarra conceitualmente muito à frente de seu tempo.

Imaginar o que os recursos atuais da tecnologia podiam fazer com o universo virtual de Tron já seriam o bastante para fazer qualquer fã salivar; mas ainda havia promessa de uma dose dupla de Jeff Bridges, uma trilha pelo Daft Punk e a presença da super hot Olivia Wilde, sem falar nos  sucessivos  “aperitivos” servidos nas últimas Comic Con.

O Tron de 1982 sempre me intrigou  e fascinou mais do que agradou: me parecia uma ideia em busca de uma forma, um pressentimento, uma mensagem enviada pelo futuro do mesmo modo como,  dois anos depois, William Gibson psicografaria o século 21 em seu livro Neuromancer, a definitiva obra prima da era digital.

Consta que a Disney, produtora de Tron e detentora dos direitos, tinha vergonha de sua obra, o que explica os anos e anos de desenvolvimento do projeto, o sumiço das cópias do DVD do mercado e, finalmente, o mega-esforço do futuro diretor Joseph Kosinski e sua turma de efeitos visuais demostrando, num teaser, que era possível levar a história adiante.

Fãs do filme original não ficarão decepcionados com Legado _ é uma tremenda viagem visual por uma paisagem gelada e noturna, com impecável 3D original (nada de conversões aqui), espetacular direção de arte e a plena realização de algumas das ideias enunciadas em 1982 _ a perseguição de moto, por exemplo, agora de fato uma disputa em alta velocidade, com o espectador no meio. E, sim, duas (ou tres…) vezes Jeff Bridges: no mundo real e virtual, como o pai do herói Sam Flynn (Garrett Heldlund, possivelmente o ator menos carismático que já vi); e como seu avatar virtual, o programa Clu, rejuvenescido graças à mesma plástica digital que envelheceu Brad Pitt em Benjamin Button.

Meu único conselho: não levem a história a sério. Mesmo com longos diálogos expositivos para explicar como Flynn , Sênior foi parar na grid e o que fez por lá nos últimos 20 e tantos anos, qualquer tentativa de acompanhar literalmente a possível metáfora do mundo virtual ou descobrir o que Olivia Wilde é e que diabos Michael Sheen está fazendo fantasiado de David Bowie circa 1972 resulta apenas em uma tremenda dor de cabeça.

Abracem Tron-O Legado como uma experiência sensorial não muito diferente de um bom videogame _ ou, como me lembrou um tronólogo e cinéfilo mega-erudito, não muito diferente de Enter the Void, de Gaspar Noé.

E sim, a trilha , nos momentos em que o Daft Punk resolve se levar a sério , se parece perigosamente com a de Hans Zimmer para Inception. Mas quando eles se entregam a uma versão atualizada do electro-prog dos anos 80, é deliciosa (prestem atenção: são eles na cabine do DJ na cena do clube, mudando o som da pista para acomodar a iminente porradaria).

Bravura Indômita, dos irmãos Coen, também é uma refeitura muitos e muitos anos depois _ o original , dirigido por Henry Hathway, é de 1969 e rendeu a John Wayne o Oscar de melhor ator em 1970. Para seu filme Joel e Ethan Coen, na verdade, passaram consideravelmente ao largo do filme e retornaram ao texto original do livro de Charles Portis, publicado em 1968 e um clássico das  obras western.

Coisas importantes foram corrigidas com essa mudança de curso: a voz do filme, no sentido literal e figurativo, voltou a ser da menina Mattie Ross (a sensacional estreante Haillee Steinfeld, justamente lembrada nas indicações da Screen Actors Guild) e não do xerife “Rooster” Cogburn (Wayne  no original. Jeff Bridges, genial, aqui); a paisagem, física e emocional, saiu do épico Colorado do filme de 1969 e retornou ao mundo muito mais árido e desnudo do Arkansas/Oklahoma do livro.

Mais importante: todo verniz de sentimentalismo e qualquer tentativa de açucarar a trama foram eliminados. Como no livro, Mattie não flerta com o xerife texano (Matt Damon, ótimo) que se incorpora à patrulha em busca do assassino do pai dela; a picada de cobra do ato final tem todas as suas implicações sinistras e irremediáveis; e a linguagem mantem o estilo ao mesmo tempo formal e cru de Portis, acrescido do famoso humor dos Coens.

O resultado é um filme muito superior ao original, onde espíritos igualmente  ácidos – os Coens, Portis – se encontram para contar a história da menina de 14 anos que contrata um xerife em fim de carreira, bêbado,caolho e cheio de fantasmas interiores, para vingar o assassinato do pai.  Isto  é puro drama do oeste: como, num território sem contrato social e sem leis, a única bússola possível são os princípios morais de cada um.

Lamento que os executivos da Paramount tenham, por razões que ignoro, escondido o filme, o que pode ter resultado no seu sumiço dos (esquisitíssimos) Globos. Mereciam que Rooster saísse atrás deles, rédeas nos dentes, um revólver em cada mão.

Bravura Indômita estreia nos EUA quarta feira que vem dia 22; e no Brasil dia 21 de janeiro.


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