Blog da Ana Maria Bahiana

Arquivo : julho 2013

Duelo de titãs
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Ana Maria Bahiana


Círculo de Fogo
(Pacific Rim, dir. Guillermo Del Toro, 2013) não é o filme mais profundo, mais filosófico ou sequer inteligente do ano ou mesmo da temporada pipoca (suspeito que este título vai ficar com Elysium…). Mas para qualquer criança que cresceu encenando batalhas entre dinossauros e robozinhos (como eu) ou vendo aqueles seriados japoneses em que criaturas variadas destroem cidades com o mesmo entusiasmo que você com seus bonecos, Pacific Rim (vamos combinar de chamá-lo assim?) é um prazer.

Godzilla/Gojira, o rei dos kaiju…

 

…e seu antepassado mais próximo.

O kaiju ega ou “filme de criaturas estranhas” é um sub gênero estabelecido do sci fi japonês desde Gojira/Godzilla, de 1954. Godzilla, por sua vez, era uma re-interpretação de filmes B norte americanos, notadamente The Beast From 20,000 Fathoms, (dir. Eugene Lourie, efeitos  do mestre Ray Harryhausen)  à luz do trauma coletivo das bombas atômicas de Hiroshima e Nagazaki.

É bom saber tudo isso para apreciar o que Pacific Rim tem de melhor, o uso da escala monstruosa e da mitologia (consciente e inconsciente) associada com ela para criar uma fábula pop para  o século 21.

Del Toro gosta muito de monstros.  De Cronos a Labirinto do Fauno, passando por A Espinha do Diabo e Hellboy, Del Toro compreende o monstro como uma extensão da alma humana, seus pavores, seus pesadelos, suas sombras.

Travis Beacham, o jovem autor do argumento e co-roteirista (com Del Toro) assinou, antes, Fúria de Titãs, uma tentativa de novo olhar sobre uma mitologia clássica já visitada por Harryhausen, Imagino que ele tenha ambições épicas – algumas ideias de Pacific Rim são verdadeiros achados, especialmente o artifício narrativo que dá uma dimensão realmente humana aos super- robôs criados para enfrentar os kaiju. O que ainda lhe falta  é o refinamento do diálogo e do desenvolvimento dos personagens, algo que já não é o forte de filmes deste tipo.

Mas não se aborreçam. Pacific Rim encontra seu pulso, sua presença e, por que não, sua força metafórica exatamente nos enfrentamentos entre os kaiju que se erguem do Pacífico (ou do nosso terror/culpa pela destruição ecológica?) como seus antepassados do século 20, e são combatidos por estes novos gladiadores super-dimensionados, os titãs de um futuro próximo, literalmente tão fortes por fora e tão frágeis por dentro , onde habitam seus controladores humanos.

São monstros de respeito, todos eles, com a atenção ao detalhe, a referência biológica e o poder de realmente aterrorizar que são a marca de Del Toro. Outro tema comum à sua filmografia, o poder da inocência contra a insanidade destruidora, aparece de forma breve mas eficaz em um flash back da personagem Mako (Rinko Kikuchi) que, pelo menos para mim, lembrou muito algumas das melhores coisas de Labirinto do Fauno.

Pacific Rim estreou neste fim de semana nos Estados Unidos e será lançado no Brasil dia 9 de agosto. Por favor, procurem o cinema com o melhor som da sua cidade – é essencial para realmente apreciar a escala do filme.


Primeiro trailer de Saving Mr. Banks: o que vocês acham?
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Ana Maria Bahiana

Tom Hanks como Walt Disney, Emma Thompson como a escritora inglesa P. L. Travers – “meu nome é Mrs. Travers” – e um elenco de apoio absolutamente sensacional : o primeiro trailer de Saving Mr. Banks saiu hoje. O filme é a grande cartada da Disney para o final do ano, e depois dos baques sucessivos que o estúdio vem recebendo com seus títulos fora da animação, bem que merecia ser um sucesso… O que preocupa:

1. É a história dos bastidores da criação de Mary Poppins (dir. Robert Stevenson, 1964), um dos grandes sucessos não-animação da Disney. Tudo muito em casa demais.

2.  O diretor é John Lee Hancock, o mesmo de Um Sonho Possível….

O que vocês acham?


Porque o acordo Universal/Legendary faz sentido. E é um negócio da China.
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Ana Maria Bahiana

Thomas Tull (esquerda) e Guillermo del Toro ontem no teatro Dolby. Sim, isso é um sorriso.

Thomas Tull, o CEO da Legendary, era todo sorrisos ontem na estreia de Pacific Rim no teatro Dolby, em Hollywood. Como empresa responsável, a Legendary está promovendo todos os projetos já realizados com sua futura ex-parceira, a Warner, até o fim do acordo entre os dois, em dezembro. Isso inclui especialmente o filme de Guillermo del Toro, cujas perspectivas não são muito boas, e também o reboot de Godzilla e a sequel de 300, que a Legendary estará promovendo na Comic Con, dentro de duas semanas.

De janeiro em diante, nova parceria, novos projetos . O acordo com a Universal – Legendary adquire propriedades, desenvolve e traz a maior parte do orçamento, Universal distribui mundialmente – é de cinco anos (dois a menos que seu arranjo anterior com a Warner) e faz sentido  por todos os ângulos. Vamos a eles:

–       A Universal não tem em sua carteira os filmes que são a especialidade da Legendary: propriedades intelectuais baseadas em jogos e hq, do tipo que rende franquia, viaja bem pelo mundo afora e gera uma infinidade de subprodutos. A Universal já está chamando esta nova linha de projetos “os filmes Legendary”, e eles incluem títulos baseados nos games World of Warcraft e Mass Effect, na hq Gravel e nos brinquedos Hot Wheels (alô Transformers!).

–       Múltiplas plataformas é coisa que a Universal pode oferecer, de sobra: parques temáticos,  forte distribuição internacional, uma cadeia de TV aberta (NBC) e canais por assinatura (USA, Bravo), e uma nave-mãe, a Comcast, líder na infra-estrutura digital.

–       A TV é claramente um atrativo importante para a Legendary – em maio o ex chefão de TV da Warner, Bruce Ronsemblum, se mudou de armas e bagagens para a Legendary, com o mandato de criar um departamento de projetos na mesma linha dos filmes, mas com aquilo que a TV traz de melhor – a garantia de acesso a uma plateia internacional, de forma rápida e econômica.

–       Além disso, a Universal tem uma administração estável e um acervo de outras propriedades intelectuais que podem interessar à Legendary – de clássicos de terror a Tubarão a ET.

–       O fato de Legendary e Universal serem complementares garante à empresa de Thomas Tull o que ela sempre quiz no seu tempo com a Warner: liberdade para escolher e desenvolver seus projetos. Em seu papel de distribuidor, a Universal dará palpites na hora da aprovação final, mas a Legendary tem uma capacidade muito maior de pensar e realizar seus projetos sem interferência de alguém como, por exemplo, Jeff Robinov, cujos choques constantes com Tull estão entre os motivos de sua saída do estúdio, em junho.

–       É um negócio da China, literalmente. A Legendary já tem um dos bens mais cobiçados da indústria: um acordo com o China Film Group, a produtora estatal da China, o mercado mais atraente para todos os grandes, médios e pequenos produtores.

Não chorem pela Warner, contudo. A administração Kevin Tsujihara está claramente pensando num tipo de abordagem onde cinema e TV estão mais próximos (ele vem de home entertainment). E além do acordo possível com a Dune/Bank of America (e Brett Ratner e seus amigos bilionários) a Warner sempre contará com os cofres genorosos e os ainda mais amplos recursos de produção da australiana Village Roadshow.


Legendary fecha com a Universal
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Ana Maria Bahiana

Retiro o que disse no último item das minhas especulações do post anterior: a Legendary acaba de fechar com a Universal. É uma opcão que parece inusitada se comparada com as ambições globais dos outros candidatos à mão desta tão cobiçada princesa financeira: a Fox (que estava na pole), a Sony e até a independente de luxo Lionsgate, que entrou na dança na última hora.

Pelo que compreendi desta decisão, a Universal ofereceu à Legendary uma gama maior de oportunidades para desenvolver propriedades intelectuais além dos cinemas: TV, parques, plataformas móveis. Também agradou à Legendary a liberdade de escolher e dar partida em projetos que a Universal propôs,  a presença de um time estável na liderança executiva e, curiosamente numa era de mega-orçamentos, sua carteira de projetos de orçamento médio altamente rentáveis, como a (interminável) franquia Velozes e Furiosos.

Os próximos capítulos deste verão surpreendentemente animado podem ser muito interessantes…

 

 


O que quer dizer o novo acordo financeiro da Warner
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Ana Maria Bahiana

A primeira coisa que me chamou a atenção sobre o anúncio do novo acordo financeiro da Warner foi que os dois trades rivais, Variety e Hollywood Reporter, colocaram a palavra exclusivo em suas manchetes. O pau deve ter comido solto, porque pouco tempo depois a Variety tirou o “exclusivo” deles.

É um detalhe pequeno, mas que me diz o seguinte: a Warner está preocupada em mandar com urgência, para seus acionistas e para a indústria em geral , o recado de que está tudo bem, que a saída da Legendary até que não é tão terrível assim, e mesmo que Pacific Rim seja a meia bomba na bilheteria que as projeções anunciam, tudo vai ter um final feliz.

Ei, até o possível buraco nos cofres que o Homem de Aço é capaz de deixar está resolvido! (Leiam com calma o último parágrafo da matéria do Hollywood Reporter…)! E, de todo modo, nunca estivemos em crise! (Leiam a primeira frase do penúltimo parágrafo da matéria da Variety, que fala nos “bolsos profundos” da matriz corporativa da Warner, a Time Warner…. Que se baseia em hã… livros, discos, revistas e TV a cabo… que estão..hã-hã… morrendo?)

Falo como quem trabalhou muitos anos em trade – esse é o principal papel desses veículos business to business, num business tão louco, arriscado e cheio de egos como este: mandar recados para lá e para cá. Lendo as matérias com esses olhos, eis minha teoria: o acordo ainda está longe de ser fechado, mas a Legendary já caiu fora; vamos falar “extra-oficialmente”, prometendo exclusividade a ambos, com os dois principais trades norte americanos, para passar o recado de que não há crise, está tudo bem…

Acho até que sei quem falou com quem mas não vou arriscar meu pescoço.

Os pontos mais interessantes do novo acordo financeiro:

_ Três empresas subsituiriam o atual arranjo com a Legendary: o conglomerado financeiro Bank of America/Merryl Lynch entraria com um financiamento de 400 milhões de dólares; a empresa de investimento privado Dune Capital colocaria cerca de 150 milhões de dólares de aporte direto, em troca de uma parte de todos os direitos de cada projeto; a produtora Rat Pac, do diretor Brett Ratner em parceria com o multimilionário australiano James Packer (dono do maior iate ao largo da Croisette, em todo Cannes) entrariam com um valor ainda não especificado, também em troca de participação equity nos filmes da Warner.

-Pausa : você confiaria num estúdio que tem Brett Ratner como um de seus parceiros, provavelmente com poder de decisão?

_ Pausa 2: Ratner não é mencionado na matéria da Variety. Aí está uma pista interessante.

_ Continuando: ao contrário da Legendary, que escolhia os projetos nos quais parceirava com a Warner, o novo acordo cobriria todas as produções do estúdio. Como o acordo oficialmente ainda não foi concluído, não se sabe quais as contrapartidas, ou como ficará o poder de dar a luz verde e a forma final dos projetos.

_ Há uma possível dança das cadeiras no ar. O Bank of America teve durante anos um acordo semelhante com a Fox que garantiu, entre outros, Avatar. A Fox é o estúdio mais interessado em parceirar com a Legendary – até porque já deu partida em mais uma tentativa de franquia com o reboot de A Liga Extraordinária,agora como série de TV.  A série hq de Alan Moore e Kevin O’Neill já virou filme em 2003 mas não foi muito longe. Quem sabe agora…..

 


Ainda o blockbuster: hora de redefinir “sucesso”?
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Ana Maria Bahiana

Algumas semanas atrás, quando o verão de Los Angeles ainda era ameno, tive um almoço muito interessante com um grande amigo que, hoje, ocupa uma posição-chave entre os ternos e tailleurs Armani da indústria.

Meu amigo parecia abatido: nos últimos anos seu posto, na linha de frente dos mercados internacionais, tinha se tornado um pouco como a tropa de choque de infantaria que, nos idos tempos em que a guerra era presencial e não por drones, era mandada para a linha de fogo depois que todos os outros recursos – canhões, bombardeios, etc – tinham sido esgotados. Sua missão, como a deles, era salvar os caros fracassos planejados pelos generais, às custas de combate corpo a corpo. Para cada  filme caríssimo que tenha afundado no mercado norte-americano as tropas de choque internacionais têm, agora, que gerar bilheterias suficientes para que o desastre, pelo menos, não seja tão terrível. E recuperar rápido, antes que essas pestes de blogs e mídias sociais e etc espalhem que o filme em questão é, de fato, uma porcaria.

Não esperava voltar tão cedo ao tema do futuro do blockbuster, mas realmente a progressão desta temporada-pipoca dá o que pensar. Por um lado, recordes foram batidos. Por outro, há uma espécie de pânico em câmera lenta se espalhando pelos estúdios, a ansiedade em ver se os miraculosos mercados internacionais vão salvar seus orçamentos de centenas de milhões, ou suas espetaculares bombas.

Para surpresa de absolutamente ninguém – fora, talvez, inexplicavelmente, a própria Disney – O Cavaleiro Solitário está afundando mais rápido do que se possa dizer “ai-ho Silver!”  Lá se vai mais um frankenfilme caríssimo, feito por alguma fórmula cabalística cuja lógica eu ainda não entendi.

 

 

Não é o primeiro naufrágio e , suspeito, não será o último. Uma olhada nas planilhas de bilheteria destas últimas semanas revela o tamanho das decepções: os cinco últimos grandes lançamentos desempenharam abaixo das estimativas dos estúdios. O pior caso foi o de  Invasão à Casa Branca Ataque à Casa Branca, onde nem Channing Tatum de camisetinha a la Bruce Willis em Duro de Matar conseguiu salvar nem Barack Obama Jamie Foxx, nem a bilheteria.

Nessa hora eu me lembro das olheiras do meu amigo: como salvar internacionalmente filmes sobre presidentes heróicos dos Estados Unidos ou baseados num seriado radiofônico que estreou nos EUA na década de 1930? Sinceramente alguém acha que basta rechear fimes de barulho, explosões e correrias ? Alguém leu o relatório da Nielsen divulgado no início do ano, que mostra quem vai ao cinema? Aqui está: o público que vai ao cinema é 51% mulher, entre 25 e 54 anos. Alô? Alguém em casa?

Sabem quem está realmente dando lucro? O ótimo independente Mud, com Mathew McConaughey, que custou 10 milhões de dólares e já rendeu mais de 20 milhões, só nos EUA. Antes da Meia Noite, que custou 3 milhões de dólares e já fez mais de 9 milhões pelo mundo afora. This is the End, que custou 32 milhões de dólares e já passou dos 80 milhões em todo mundo. Truque de Mestre, que custou 75 milhões de dólares, superou as estimativas do estúdio em seu lançamento nos EUA e já rendeu mais de 156 milhões de dólares pelo mundo afora. As Bem Armadas, que custou 43 milhões de dólares e, em uma semana, já fez mais de 62 milhões aqui e no mundo. Ou, é claro, longas de animação: Universidade Monstros, orçamento estimado de 20 milhões de dólares, renda de mais de 325 milhões de dólares; Meu Malvado Favorito 2, orçamento de 75 milhões de dólares, renda pra lá de 134 milhões (em uma semana…)

Uma coisa eu posso dizer com certeza: estes são tempos interessantes para cinemão e cineminha.


O blockbuster ainda tem futuro?
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Ana Maria Bahiana

Não muito tempo atrás, quando a temporada-pipoca começava exatamente agora, no feriadão do 4 de julho, dia da independência norte americana, os estúdios sabiam exatamente o que fazer: por um filmão de ação no máximo possível de telas, e esperar a grana pingar no caixa. Eu disse pingar? Palavra errada. Tsunami seria o mais correto.

Eram os bons tempos de Exterminador do Futuro 2, 31 milhões de dólares em 1991; Independence Day,  50 milhões de dólares na estreia em 1996; MIB Homens de Preto, 51 milhões de dólares em 1997; Transformers, 70 milhões de dólares em 2007.

Mas estes agora são tempos em que um filme como Homem de Aço quebra recordes, faz mais de 528 milhões de dólares pelo mundo afora e ainda não dá lucro (ele precisa fazer três vezes seu orçamento de 225 milhões de dólares para isso), e,ainda por cima, é deslocado do primeiro lugar na bilheteria por um longa de animação, Universidade Monstros. Fenômeno que deve ser repetir exatamente agora, no feriadão, quando outro filme criado dentro da fórmula para fazer sucesso na temporada pipoca – O Cavaleiro Solitário, bem ruinzinho, aliás –  vai levar  uma surra de outro longa de animação, Meu Malvado Favorito 2.

Não sei se os estúdios estão se fazendo esta pergunta, mas me parece o óbvio: o “frankenfilme”, o filme feito por comitê, com todo mundo dando palpite e anexando  o que acha que vai fazer sucesso, ainda funciona? E como é possível sobreviver numa era em que tais projetos só podem ser rentáveis se derem retornos que mais parecem o PIB de alguma pequena república do leste europeu?

Diante disso, ficou ainda mais interessante a leitura desta experiência feita pelo New York Times:  Red, White and Blood,  argumento fictício de um possível frankenfilme colando todos os clichês que, teoricamente, devem dar super certo na bilheteria – Velozes e Furiosos misturado com Duro de Matar, mais romance açucarado e muitas explosões — foi submetido a um produtor, dois executivos de marketing , um especializado nos Estados Unidos,outro nos mercados internacionais, um pesquisador de mercado, um executivo de estúdio e um roteirista.

Cada um deles deu seu palpite, e eis o que eu deduzi que, pelo senso comum hollywoodiano, funciona num filme, hoje:

–       Armas mortais, imensas e apavorantes. Dar tiro é pouco.

–       Ninguém mais aguenta heróis-presidentes. Chefes da CIA ou agentes secretos funcionam melhor.

–       É importante ter atores bonitões que tirem a camisa frequentemente.

–       Os elencos devem ser multi-culturais e multi-étnicos.

–       Se possível, incluir diálogo em outros idiomas,  especialmente espanhol.

–       Menos romance, mais ação. Segundo o marketeiro internacional, romance vende mal internacionalmente. Ação e muitas explosões é o que o público fora dos EUA gosta de ver.

–       Nada de sexo – o filme precisa ser para maiores de 13 anos.

–       Quando em dúvida, destrua coisas espetacularmente. Um monte dessas cenas resolve qualquer fraqueza do roteiro.

O que vocês acham?