Blog da Ana Maria Bahiana

Spielberg volta ao filme de guerra, agora com Bradley Cooper
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Ana Maria Bahiana

O verdadeiro Chris Kyle…

…e Bradley Cooper.

Steven Spielberg vai voltar a um assunto que é tão constante em sua carreira quanto os extra-terrestres: a guerra.

Depois de muitas idas e vindas, inclusive um falso começo com o projeto Robopocalypse, que acaba de ir para a geladeira, Spielberg disse sim a American Sniper, uma adaptação do best seller autobiográfico do ex-Navy Seal Chris Kyle, considerado o franco-atirador mais preciso dos Estados Unidos, assassinado este ano por um veterano de guerra, numa galeria de tiro ao alvo.

Comprovando que sua carreira está mesmo em ascensão, Bradley Cooper já está escalado para o papel principal, colhendo os frutos da opção pelos direitos do livro, que desembolsou ano passado, já de olho no personagem. O roteiro é de Jason Hall (Jogando com Prazer e Paranoia, o novo filme de Robert Luketic), a produção é da DreamWorks com a Warner  e as filmagens estão marcadas para o início de 2014.

Para se concentrar em American Sniper, Cooper teve que deixar aquele projeto que está completamente coberto de urucubaca: Jane Got a Gun. Aquele no qual a diretora sumiu no primeiro dia de filmagem, e que perdeu talentos essenciais do seu elenco.Bradley tinha entrado no lugar de Jude Law, cujo contrato era vinculado ao de Lynne Ramsey, a diretora fujona…

Ano passado, na época do lançamento de Lincoln, Spielberg refletia sobre o poder da guerra como tema cinematográfico: “A guerra é a base de toda virada crítica na história da humanidade. Não sou obcecado com guerra _ tenho uma consciência muito clara do horror de qualquer guerra, ainda mais porque sou filho de um veterano da Segunda Guerra Mundial.”


Mais uma série histórica, sobre a guerra que inspirou Game of Thrones
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Ana Maria Bahiana

Rebecca Ferguson, a Rainha Branca

Continuando no tema de ontem – vem aí, via Starz (nos EUA) e BBC (na Grã Bretanha) mais uma série histórica _ e com pedigree e uma interessante conexão com uma série (de ficção) de muito sucesso: The White Queen (A Rainha Branca), uma adaptação do primeiro livro da série The Cousins’ War (A Guerra dos Primos) da ilustre autora britânica Philippa Gregory.

O pedigree: além do nome de Philippa Gregory, sinônimo de ficção histórica de alta qualidade (A Outra,  The Virgin’s Lover, A Respectable Trade), o roteiro assinado por Emma Frost (Shameless) , a direção de Jamie Payne (The Hour, Da Vinci’s Demons), Colin Teague (Being Human) e James Kent (Inside Men) e música de John Lunn (Downton Abbey). No elenco: Max Irons, James Frain e a sueca Rebecca Ferguson, no papel título. E um orçamento de filme: 22 milhões de dólares, com filmagens em locação na Bélgica.

A conexão: The White Queen é o primeiro olhar de Gregory sobre a Guerra das Rosas, o conflito entre duas casas da mesma família – os Lancaster e os York – pelo trono da Inglaterra, entre 1455 e 1485. Se você ainda não pensou em Game of Thrones, acorde. A Guerra das Rosas foi uma das principais inspirações de George R. R. Martin, e os traços da história sobre a ficção são claramente visiveis: famílias se matando por um trono, incesto, traições, brasões (a rosa branca de York, a rosa vermelha dos Lancaster). Em The White Queen há até crianças aprisionadas e feitas de refém e um personagem chamado Tyrell (e… Lancaster não lembra nada?).

A série estreia ainda este ano e vale pelo menos uma conferida _ arrisca vir coisa boa aí…


Sucesso na TV: história, com uma pitada de fantasia
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Ana Maria Bahiana

O verdadeiro Lawrence da Arábia…

…e Peter O'Toole no filme de David Lean, 1962.

 

E a lista de diretores tela-grande migrando para a tela pequena continua…

Roland Emmerich fechou com a Fremantle – uma das maiores vendedoras mundiais de formatos e conteúdo para TV—uma minissérie sobre a vida do T.E. Lawrence, o oficial britânico que unificou as tribos do deserto contra os turcos, durante a Primeira Grande Guerra, e que entrou para a história como Lawrence da Arábia. Sim, é o mesmo do maravilhoso, épico e oscarizado filme de David Lean que lançou mundialmente a carreira de Peter O’Toole, por isso neste momento é bom respirar fundo e pensar nas implicações dos nomes “Roland Emmerich” e “Lawrence da Arábia” juntos no mesmo projeto.

Rod Lurie, um ex-coleguinha jornalista transformado em realizador (A Conspiração, A Última Fortaleza, Sob o Dominio do Medo versão 2009) com o inglês Clive Bradley (da série da BBC Waking The Dead). Ainda não há noticias sobre escolhas de elenco nem início de produção.

A minissérie vai fazer comanhia a vários outros projetos da mesma escala no catálogo da Fremantle: The Drivers, sobre a corrida de Le Mans nas décadas de 50 e 60, produzida pela Scott Free de Ridley Scott e sendo escrita por Michael Hirst (The Tudors, Vikings, Rome); Hitlerland, a história da ascensão do nazismo pelos olhos dos correspondentes e diplomatas estrangeiros na Alemanha dos anos 39, sendo adaptada por Marshall Herskovitz (O Último Samurai); e The Maid, a biografia de Joana D’Arc, sendo escrita por Craig Pearce, velho colaborador de Baz Luhrmann, roteirista de O Grande Gatsby, Moulin Rouge!, Romeu + Julieta e Vem Dançar Comigo.

E não se esqueçam que Vikings já ganhou uma segunda temporada e que Michael Bay está produzindo a série Black Sails, sobre pirataria no século XVII, para a Starz…

Há uma conclusão interessante nesta história: a TV está assumindo um lugar de importância na manutenção e desenvolvimento de um gênero que era o pão com manteiga da tela grande em idos tempos: o drama histórico.  O gênero se tornou caro demais para os estúdios (quando tratado como história e não como aventura fantástica) e agora, graças à multiplicação de plataformas e aumento do poder de gasto das produtoras de conteúdo doméstico, faz sucesso com as plateias que ficam em casa . Que o digam Tudors, Borgias, Spartacus, Vikings, Da Vinci's Demons, Magic City e, de certa forma, Game of Thrones.


Johnny Depp e Meryl Streep em clima de conto de fadas
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Ana Maria Bahiana

Vocês achavam que a moda do filme baseado em conto de fadas tinha acabado? Nem pensar. Neste final de semana, dois projetos dentro dessa tendência, ambos com raízes na Broadway, ganharam novo fôlego:

  • A Disney está acabando de fechar contrato com Johnny Depp e Meryl Streep para estrelar a adaptação cinematográfica do musical Into de Woods. Depp fará o padeiro que não consegue ter filhos e viaja com sua esposa através da floresta encantada, buscando a bruxa — Meryl Sreep — que o teria amaldiçoado. Rob Marshall (Chicago, Nine, Memórias de uma Gueixa, Piratas do Caribe IV) vai dirigir.
  • A Universal pos uma pilha nova no projeto de trazer para outro musical de sucesso_ Wicked, a história revista das bruxas do Mágico de Oz. O que me contam é que o lançamento de Oz Mágico Poderoso mexeu com os brios da concorrência _ há anos e anos a Universal, que detem os direitos da peça, vem empurrando o projeto sem nenhum entusiasmo. Agora, o diretor Stephen Daldry  e o produtor Marc Platt (Nine, Scott Pilgrim Vs The World, Legalmente Loira) estão no comando, com ordens para acelerar as coisas, visando um lançamento em 2014.

E para continuar no clima, aqui vai mais uma foto dos preciosos arquivos da HFPA: Johnny Depp em junho de 2003, divulgando o primeiro Piratas do Caribe.


Túnel do tempo: retrato das estrelas quando jovens
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Ana Maria Bahiana

A equipe de arquivistas da Associação de Correspondentes Estrangeiros em Hollywood, à qual pertenço, está fazendo um trabalho maravilhoso, localizando, recuperando e catalogando o material de fotografias e depoimentos que se estendem por décadas e mais décadas e, até agora, estavam em caixas empilhadas no depósito da nossa sede. Coisas sensacionais estão aparecendo, e em breve estarão no nosso site. Algumas me despertaram deliciosas memórias de primeiros encontros, descobertas. Por exemplo:

 

Leonardo Di Caprio, novembro de 1993, piscina do Beverly Hilton, depois da entrevista para Aprendiz de Sonhador, de Lasse Halmstrom. Em abril do mesmo ano Leo tinha dado sua primeira entrevista organizada pela Associação, para O Despertar de Um Homem, e nem eu nem meus colegas conseguíamos parar de falar nele. Um talento óbvio, extraordinário. Leo estava meio nervoso nas duas entrevistas, talvez porque sua mãe, Irmelin DiCaprio, estivesse no fundo da sala.

Sandra Bullock, maio de 1994, Beverly Hilton. Um ano antes eu a tinha visto entrar, às gargalhadas, nas costas de um assistente de produção no set de um daqueles filmes acaba-com-tudo do Sylvester Stallone, o apropriadamente intitulado Demolition Man, onde ela era uma substituição de última hora para outra atriz que torcera o pé. Agora, um ano depois, Sandra estava literalmente  na véspera do estrelato _ três semanas depois desta entrevista estrearia Velocidade Máxima e ela se tornaria, oficialmente, a Namoradinha da América. O que mais me chamou a atenção: a simpatia. Que não mudou ao longo desses quase 20 anos.

Robert Downey Jr., novembro de 1992, corredor do Beverly Hills Hotel, depois da entrevista para Chaplin, de Richard Attenborough. Era uma fase difícil para Robert Downey Jr. Algum tempo depois todo mundo saberia de seus problemas com bebida e drogas, mas naquele final de tarde era óbvio que alguma coisa estava profundamente errada com ele. Robert chegou atrasado, começou a entrevista atrasado e demorou um bocado até engrenar num papo que fizesse sentido. A chave foi focar o assunto em Charles Chaplin, um personagem que ele claramente tinha abraçado e que, pelos motivos que sabemos agora, compreendido perfeitamente.

Tim Burton e Johnny Depp, dezembro de 1990, depois da entrevista para Eduardo Mãos de Tesoura. Minha segunda entrevista com Tim, minha primeira entrevista com Johnny, uma das minhas primeiras como integrante da Associação. Burton tinha me impressionado tremendamente com Beetlejuice, dois anos antes, e me intrigado com Batman, em 1989. Eduardo me comoveu profundamente, e ainda é um dos meus filmes favoritos da década. A sintonia entre ele e Johnny era óbvia_ os dois pareciam se conhecer há muito, muito tempo, e já completavam as frases um do outro, como fazem até hoje.

 

Todas as fotos, HFPA/Archives.


Atrás do candelabro, com Soderbergh, Damon e Douglas
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Ana Maria Bahiana

Simplesmente não resisti ao trailer de Behind the Candelabra. O possível adeus de Steve Soderbergh ao cinema narrativo vai para a competição de Cannes e poucas vezes vi dois atores consagrados se divertindo tanto com papéis tão próximos do absolutamente surreal:


Cannes 2013: a minha lista
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Ana Maria Bahiana

Embora Cannes tenha se tornado uma proposta financeiramente inviável para mim, todo ano sigo com maior interesse o que se passa na Croisette e arredores. Durante mais de 10 anos deixei sangue, suor e lágrimas entre o Palais e o Hotel du Cap, e tive algumas das mais maravilhosas experiências cinematográficas  da minha vida (combinadas com alguns dos momentos mais surreais, fora das salas de exibição…)

Mas estou sempre de olho em Cannes, por vários motivos. Um deles é porque dali saem sempre títulos que vão longe, marcando, influenciando e, ocasionalmente, acumulando prêmios pelo mundo afora. Os prêmios podem ser a parte mais visível (alô, O Artista!) mas o mais importante é como esses filmes dialogam com plateias e realizadores pelo mundo afora, a partir do impulso em Cannes.

Estes são os que estou acompanhando este ano:

Only God Forgives (em competição, Nicolas Widing Refn) Estou exagerando quando digo que Refn e o britânico Steve McQueen são dois dos realizadores mais interessantes neste momento? Vejo em ambos uma nova abordagem da violência que foge da noção de entretenimento e espetáculo e vai fundo nas causas e consequencias de atos que infelizmente nos acostumamos a ver como banais. Ryan Gosling como um traficante no submundo de Bangkok me interessa, também.

The Bling Ring (Un Certain Regard, Sofia Coppola) O caso foi manchete aqui em LA entre outubro de 2008 e agosto de 2009 _ casas de celebridades estavam sendo invadidas e roubadas. Quando finalmente os responsáveis foram apreendidos – depois de roubar 50 mansões e mais de três milhões de dólares – veio a surpresa maior: eram todos adolescentes ricos e mimados de um condomínio fechado numa região caríssima da cidade.  Há uma oprtunidade enorme, aqui, para Sofia Coppola exercitar sua sensibilidade em comentário social e seu mordaz senso de humor.

 

Soshite Chichi Ni Naru (em competição, Hirokaru Kore-eda) Sou fã de Kore-eda desde Além da Vida, um filme que me comoveu profundamente. Sua preocupação com a natureza humana e os laços de família estão todos aqui, na história de um homem de negócios ambicioso que descobre que o filho que criou não era, de fato, seu filho.

 

Inside Llewyn Davis (em competição, Joel e Ethan Coen) Mergulhar fundo e recriar micro-universos e subculturas – vagabundos profissionais em LA, família judaicas dos subúbrios, moradores de pequenas cidades do meio oeste- é algo que os irmãos Coen fazem como poucos. Neste caso, o microcosmo é a cena folk de Nova York nos anos 1960 e o elenco tem Carey Mulligan, Justin Timberlake e John Goodman. Já me interessei.

Le Passé (em competição, Asgar Farhadi) Para todo mundo (eu, inclusive) que queria saber o que Farhadi faria depois da perfeição de A Separação, esta é a resposta: um drama romântico em Paris, em Berenice Bejo (de O Artista) e  Tahar Rahim (Un Prophète). Pra mim já basta…

Behind the Candelabra (em competição, Steve Soderbergh) O fato deste ser, na verdade, um filme feito para TV já diz muita coisa sobre o nível da produção de TV, especialmente da TV por assinatura. Este também é o último filme de Sodebergh, pelo menos por algum tempo (se formos acreditar nas promessas dele de se aposentar da “narrativa formal”). Como se sabe, é a história do estranho amor entre Liberace (Michael Douglas), pianista e astro de Las Vegas, e seu motorista muito mais jovem, Scott (Matt Damon). Precisa dizer mais?

Nebraska (em competição, Alexander Payne) Como seus companheiros de geração, Alexander Payne tem a precisão do olhar necessária para compreender e compartilhar o universo individual de cada personagem e a sociedade à sua volta. Aqui, ele centra sua história num tema recorrente nesta safra de Cannes, a relação entre pais e filhos,mais especificamente um pai alcóolatra e o filho que ele perdeu de vista. E o elenco de Bob Odenkirk, o “Saul” de Breaking Bad!!!

 

All is Lost (fora de competição, J. C. Chandor) Li este roteiro muito cedo no processo de criação deste filme e quase me envolvi com ele. Fiquei absolutamente intrigada: a história tem apenas um personagem, um homem do lado de lá da meia idade, sobrevudendo a um naufrágio em alto mar, e não tem diálogo. Não, não é nem As Aventuras de Pi nem Náufrago, mas é uma pequena gema de estrutura e composição. Quero muito saber o que aconteceu com ele, agora que Robert Redford é o homem e Chandor (Margin Call) é o diretor…


Oscar 2014 já tem produtores: os mesmos de 2013
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Ana Maria Bahiana

Se você adorou a entrega do Oscar este ano, fique feliz: Doug Meron e Craig Zadan vão voltar como produtores do evento em 2014. Se você não gostou, prepare-se espiritualmente: provavelmente vem aí mais números musicais a propósito de nada e mais menções aos trabalhos da dupla, que este ano conseguiu incluir menções a três dos seus filmes (Chicago, Dreamgirls e Hairspray) na festa.

Resta agora saber quem será o host. Seth McFarlane já disse que não volta, e  a dupla dos Globos de Ouro, Tina Fey e Amy Poehler declarou que não tem a menor intenção de trocar de evento.  “É muito estressante”,  Fey disse. “Especialmente para as mulheres, ter que experimentar todos aqueles vestidos…”

Um fator que está dando  que falar dentro da Academia: é tradicional que os produtores do Oscars sejam a primeira escolha do novo presidente, que é eleito e toma posse em julho de cada ano. Mas o atual presidente, Hawk Koch, decidiu se antecipar, deixando para seu sucessor o legado de produtores que ele escolheu… duas vezes…

O Oscar 2014 será dia 2 de março.


Museu da Academia: agora vai (se tudo der certo)
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Ana Maria Bahiana

Fiquei três dias sem internet, TV e telefone. Foi bizarro. Mais bizarro ainda foi o motivo da pane: esquilos tinham invadido a caixa de controle (que é super selada e vedada para impedir a entrada de chuva, poeira e outras ameaças naturais) e roído todos cabos e conexões…

Crise resolvida  (por enquanto…) percebo que perdi o grande acontecimento do fim de semana _ a festança para apresentar formalmente o projeto do muitas vezes anunciado, há muito tempo esperado Museu da Academia.

Rápido flash back: desde a criação da Biblioteca Margaret Herrick em 1928 (o nome é uma homenagem à sua criadora) a Academia vem acumulando um imenso e valiosíssimo acervo de documentos, imagens e objetos relativos à história do cinema. A ênfase, é claro,  é na indústria e na produção norte-americanas, mas não exclusivamente: a Biblioteca tem, por exemplo, 119 itens na coleção dedicada a François Truffaut (inclusive o roteiro original, anotado, de Os Incompreendidos) e 58 livros dedicados à vida e obra de Akira Kurosawa.

Desde o início deste século a Academia vem procurando um lugar para exibir, publicamente, uma parte dessas coleções – a Biblioteca, mesmo no novo e lindo prédio onde se instalou em 1991, não comporta visitantes além de estudiosos e pesquisadores. O projeto de um museu migrou por vários locais – inclusive um terreno vazio em Hollywood, que exigiria a construção de um prédio desde as fundações—até chegar, ano passado, ao edifício da antiga loja de departamentos May Company, ao lado do museu de arte de Los Angeles, o LACMA.

Um lindo prédio art deco construido em 1939, o May Company coloca o futuro museu da Academia no coração de uma das mais movimentadas áreas culturais da cidade, onde já estão, além do LACMA (que tem um vigoroso programa de cinema e neste momento abriga a exposição Kubrick), os museus do Automóvel, do Folclore e de História Natural.

O projeto dos arquitetos Renzo Piano e Zoltan Pali vai manter intacta a estrutura do prédio original, acrescentando uma cobertura (com vistas espetaculares da cidade, e um restaurante/salão de festas), um pátio externo conectando-se com o vizinho LACMA e um gigantesco globo abrigando o teatro David Geffen e uma vasta área para exibições interativas.

Apesar dos 25 milhões de dólares doados por David Geffen (vocês não acham que o teatro tinha sido batizado por conta dos belos olhos dele, certo?) ainda falta muito – em tempo, dinheiro e recursos—para que o Museu da Academia possa abrir as portas em 2017, como previsto.

Por isso, a festa _ para que os acadêmicos possam ver de perto os planos para o museu e abram as carteiras e contas bancárias… as suas ou a de seus estúdios…

Jeffrey Katzenberg, a produtora Kathleen Kennedy, a CEO da Academia, Dawn Hudson e Laura Dern na festa de apresentação do Museu da Academia

 

Dawn Hudson, Joe Manganiello e Paul Reubens

 

Warren Beatty encontra Dick Tracy…

 

Sid Ganis, executivo de marketing e ex-presidente da Academia; o diretor Alexander Payne; e Jim Gianopulos, poderoso chefão da Fox


Cannes 2013: entre “Gatsby” e “Zulu”
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Ana Maria Bahiana

A lista final de Cannes será anunciada apenas dia 18, mas duas coisas já sabemos: O Grande Gatsby, de Baz Luhrmann, vai abrir o festival, e Zulu, de Jerome Salle, vai encerrar.

 Gatsby, é claro, é muito esperada (e adiada) adaptação do livro de F. Scott Fitzgerald, com Leonado di Caprio no papel título, Carey Mullingan como Daisy e Tobey Maguire como Nick Carraway, o jovem escritor que se deixa fascinar pelo mundo glamouroso do milionário nos loucos anos 1920.

Luhrmann, que teve que ir à luta para levantar os recursos necessários para terminar o filme como ele queria (o que atrasou o lançamento para maio deste ano), diz que, além da trilha contemporânea para um drama de época (como ele faz sempre), ele se permitiu  a liberdade de “criar uma novidade” na famosíssima trama: “Não vou usar Nick apenas como o narrador da história, uma voz sem corpo. O processo de criação do livro está no filme… mas é só isso que vou dizer agora…”

Hummm…

Zulu, o filme de encerramento, tem Forrest Whitaker e  Orlando Bloom como policiais na Cidade do Cabo, África do Sul, investigando a morte de duas mulheres no que o diretor define como “um policial noir com ecos da época do apartheid”.

Steven Spielberg, como se sabe, é o presidente do júri e o festival este ano vai de 15 a 26 de maio.