Transformers X Tom Hanks: a batalha do 4 de julho
Ana Maria Bahiana
4 de julho, o feriadão da independência norte-americana, é uma data muito importante no calendário hollywoodiano: é o auge da temporada-pipoca, o momento de ouro para lançar arrasa-quarteirões.Por isso mesmo é também um dos fins de semana mais concorridos – senão O mais concorrido – do ano, o campo de batalha onde se constroem reputações e se estabelecem tendencias.
Foi num 4 de julho há exatos 20 anos que James Cameron provou de uma vez por todas que era capaz de produzir mega-sucessos (Exterminador do Futuro 2, 31 milhões de dólares_ o que, em 1991, era um bocado de dinheiro). Foi em outro 4 de julho, cinco anos depois que Roland Emmerich mostrou que vinha para fazer muita grana (Independence Day, mais de 50 milhões de dólares em 1996); e, seis anos atrás, Steven Spielberg demonstrou que ainda tinha mojo na área do super popular (Guerra dos Mundos, quase 65 milhões de dólares em 2005).
Nem sempre foi assim: na verdade, até 1975 e Tubarão, junho-julho era a época em que NÃO se lançavam filmes. A crença vigente era que ninguém ia ao cinema durante as férias de verão do hemisfério norte, preferindo praia, viagem e acampamento. Foi Lew Wasserman, presidente da Universal na época (e, por esse motivo guru de Spielberg durante toda a sua vida) que teve a sacada: um filme sobre um tubarão assassino tem muito mais chances de aterrorizar (e atrair) as pessoas se elas já estiverem pensando em praia e outros prazeres de verão. (Leiam o capítulo Nove: A Vingança do Nerd de Easy Riders, Raging Bulls, de Peter Biskind, onde esta saga é contada em detalhes).
Na verdade a analogia com Tubarão é apropriada para este momentoso 4 de julho de 2011: com todo o ruído de seus avanços tecnológicos, a indústria de cinema como um todo, na verdade, movimenta-se muito lentamentGrandes marcos de mudanças fundamentais no modo de conceber, fazer, distribuir e divulgar cinema são raros e espaçados _ e a invenção do blockbuster de verão, entre 1975/Tubarão e 1977/Star Wars, Capitulo IV: Uma Nova Esperança, foi, por incrível que pareça, a mais recente. Levando em conta a evolução de gostos e tecnologia, os filmes-pipoca ainda são criados, feitos e vendidos do mesmo modo como eram em 1975.
Será que o 4 de julho de 2011 mostra, afinal, sinais de um desvio importante de curso? Talvez. Os indícios:
Um filme em que o conceito e os efeitos são importantes passou batido por um filme em que os atores são importantes. Dez anos atrás se alguem anunciasse um filme estrelado por Julia Roberts e Tom Hanks estreando no mesmo dia de qualquer outro sem Julia Roberts e Tom Hanks, ninguém na indústria pensaria duas vezes em quem seria o top do feriadão. Neste 4 de julho as criaturas CGI de Transformers 3 deram uma lavada em Larry Crowne, estrelado por Tom Hanks e Julia Roberts: 97 milhões de dólares do primeiro contra 13 milhões de dólares do segundo (isso só nos EUA; no mundo todo T3 está pra lá de 400 milhões de dólares de receita, em apenas quatro dias em cartaz). A goleada foi tamanha (T3 é, agora, o recordista do feriadão) que muita gente se perguntou se este feriado marcava o fim de mais uma era dominada por estrelas, e anunciava um novo período em que o conceito era o grande atrativo para o público.
Um filme em que o conceito e os efeitos são importantes recebeu críticas melhores que um filme sem efeitos, com atores e um diretor importantes. Larry Crowne foi escalado para o 4 de julho como uma opção de programação, visando o público mais velho, possivelmente desgostoso com o festival de porrada de Transformers 3. O previsível seria que T3 levasse uma surra da crítica,enquanto o filme “adulto”, encabeçado por dois ganhadores de Oscar (e dirigido por um deles, Hanks) ganhasse pelo menos o triunfo estético. Não foi o que aconteceu: T3 é uma pipocada divertida, seguindo a fórmula exata dos anteriores, e não decepciona porque não promete mais que isso; Larry Crowne é previsível e banal, decepcionando quem esperava mais
O filme com grandes estrelas foi financiado independentemente. Cinco, dez anos atrás os nomes “Julia Roberts” e “Tom Hanks” seriam o suficiente para os estúdios abrirem as portas dos cofres. Mas para realizar Larry Crowne Hanks teve que usar recursos próprios, complementados por financiamento de terceiros, como qualquer independente. Os 195 milhões de dólares de T3 foram inteiramente cobertos pela Paramount/Dreamworks. “É incrível sequer pensar nisso, mas o filme de Tom Hanks é o pequeno filme independente”, me disse um escolado soldado da indústria. “Não há mais lugar para esse tipo de projeto na matemática dos estúdios.”
O 3D ganhou novo fôlego. Nas semanas anteriores ao 4 de julho Michael Bay fez um verdadeiro apostolado do 3D, comparecendo a eventos, dando palestras e entrevistas (muitas delas ao lado do messias do 3D, James Cameron) com o fervor de um recém-convertido à técnica. Não sei se foi o papo ou a qualidade da produção, mas a verdade é que T3 reverteu a tendência do ano, que vinha mostrando um declínio veloz do consumo de ingressos para salas 3D: 60% dos ingressos para o novo Transformers veio de exibições em 3D, trazendo nova energia para o segmento.
E vocês, o que acham? A era das estrelas acabou mesmo? O 3D veio para ficar?
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eden
11/07/2011 20:34:01
Marcos Flávio, eu também espero que o tempo da parafernália acabe enjoando, efeitos especiais, 3d tem o seu lugar no cinema, mas apenas em determinados filmes. Eu ainda prefiro "atores" que me surpreendam, que se revelem num filme onde o que conta realmente é interpretação de um bom roteiro. Pelo jeito isso só existe no cinema independente, onde o único "recurso" é a história e o ator.
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Marcos Flávio Bassi
11/07/2011 13:58:37
...eu sou saudosista...hoje em dia, conta a "pipocada" mesmo...embora, quando menos esperamos aparece alguma coisa ou alguém para nos contradizer...vide "Um Sonho Possível" com a Sandra Bullock...que fez sucesso de público...(não estou dando minha opinião sobre o filme...mas foi um filme de atores, porque não...)...ou mesmo Bravura Indômita...que além dos diretores, os atores contaram muito...mas não se pode negar, que hoje em dia...voltamos meio que aos anos 50...quando um diretor vinha assinando acima dos nomes dos atores...era o principal...hoje se vai ao cinema por dois motivos...os efeitos e o que o diretor fez neste sentido anteriormente...eu, por exemplo não gosto daquela tecnologia usada em todo o filme...como foi feito com Bewolf ou Expresso Polar...acho um desperdício de atores fenomenal...e você pode colocar o efeito que for...mas como substituir Johnny Depp e seu adorável Jack Sparrow ou o personagem no filme "Em Busca da Terra do Nunca"...ou Russel Crowe em "O Informante"...no seu desespero após perder a familia...ou Sean Penn quando descobre que a filha foi morta em "Sobre Meninos e Lobos"...Kevin Spacey em "Beleza Americana"...Tom Hanks em várias cenas de "Forrest Gump"....só prá citar atores mais novos, sem citar outros mais velhos como Al Pacino, Jack, Bob, Paul Giamatti...atores fantásticos...eu acho que Hollywood é cíclico...uma hora vai enjoar...e voltamos a filmes menores...onde a emoção tomará conta...assim eu espero...Amém...
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Fabio
11/07/2011 13:05:38
A Ana sempre teve implicância com a Julia Roberts. Praticamente todas as críticas do filme estão elogiando o desempenho dela. Ana, para fazer críticas, tente ser imparcial quanto a empatia que vc tem com os atores.
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eden
11/07/2011 00:20:15
Se Michael Bay representa o futuro dos filmes de ação, aí sim eu acredito em crise. Pode fazer o sucesso que for, que jamais entenderei porquê. E mais, será que só eu acho Rosie Huntington-Whiteley feia demais? Porque nem isso eu entendi, se fosse boa atriz e feia, ok ou se gostosinha e péssima atriz, ok... ela não é nem uma coisa nem outra. Quanto a Tom Hanks e Julia Roberts, pelo jeito nenhum dos dois estão preocupados com bilheteria, estão exercendo quase uma "função" seguindo a trilha de Robert De Niro e Nicolas Cage.Acreditando (será?) que o nome no elenco possa atrair o público. So resta ficar na torcida por atores como James Mcavoy ou Jeremy Reiner não cairem nesse buraco inevitável de quem faz fime só pelo cachê como se estivesse em final de carreira e falido. Leonardo de Caprio atrai público não por ser um galã (coisa que nunca o interessou) mas por escolher o que faz e levar o trabalho a sério.
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Allan Kern
09/07/2011 08:40:36
Eu não acredito nessa tendência. Se o filme de Tom Hanks não seguiu a lógica e recebeu críticas piores do que as de T3, não acho que isso se deva a um sinal dos tempos. Parece apenas que o Michael Bay seguiu à risca sua cartilha de produzir um filme de impacto para seu público nada exigente, enquanto a Tom Hanks faltou criatividade para fazer um filme menos pretenciso, que acabou caindo no lugar-comum. Aliás, já faz tempo que o Tom Hanks não aparece com um filme digno de seu currículo, e a Julia Roberts não consegue mais forjar sua falsa simpatia desde o advento da internet. São grandes nomes que não inspiram mais confiança como antigamente. Enquanto isso, os diretores de blockbusters aproveitam para adornar suas velhas fórmulas com uma tecnologia de ponta que pelo menos mascara a sua falta de conteúdo, o que Tom Hanks não conseguiu fazer com seu filme independente.
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Marcio
09/07/2011 02:04:34
"Um filme com uma critica ruim influencia o publico na escolha dele". Hoje ia assistir Larry Crowne, gosto da Julia Roberts desde Uma Linda Mulher, mas resolvi ver o lancamento da semana Horrible Bosses (75% aprovacao no rotten tomatoes) e sai satifsteito. O filme 'e engracado e tem um trio de atores que cai no gosto,Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis, e os viloes da historia, OS TERRIVEIS CHEFES do titulo, Jennifer Aniston, Kevin Spacey e Colin Farrell completam a farra que 'e essa comedia. Bom, fiquei com medo de gastar meus 13 dolares no filme de Tom Hanks. P.s. Ana, semana passa fui ver The Tree of Life e odiei, sai nos 40 min de projecao. Eu ja vi alguns filmes do Terrency Malick: mas, essa viagem dele, no mundo espiritual , tipo documentario da BBC nao caiu no meu gosto. Nao creio que va concorrer a Oscar como os Gurus de Hollywood estao prevendo.
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luiz pessoa
09/07/2011 00:01:30
Ana, acredito que exista uma equação muito interessante nessa questão. Acho que, em primeiro lugar, que o limite da tecnologia está nela mesmo, ou seja, em pouco tempo (pouquíssimo mesmo) um computador que processava texto na época do exterminador do 1 já podia, no dois, fazer todos os efeitos especiais (com muita paciência e tempo infinito para renderização de cenas) ou seja, tecnologia tem que vender pra se manter e pra vender tem que estar sempre se renovando além disso essa curva entre o que a indústria faz e o que uma pessoa normal pode fazer já foi quebrada a muito tempo com o Youtube. Ainda no campo "Artificios" Uma arte não substitui a outra é uma máxima igual a de que "um livro é um livro um filme é um filme" assim teremos sempre aqueles sucessos arrasa-quarteirão para simples, mas serious fun, diversão. Isso nos leva a qualidade dos atores. Da mesma forma que uma arte não substitui a outra, e sim acrescenta, será necessário agregar ou, melhor, evoluir para uma nova maneira de atuar, mais relacionada com a simplicidade de uma conversa do que com a personalidade do ator. Lógico Júlia e Tom, principalmente o Tom, São magnifícos em sua arte, mas para que tenhamos um cinema Americano (recursos e escala industrial) encontrando o Europeu (Textura e Profundiade) somente uma nova Safra de atores que não tenham medo de sair de seu lado canastrão e que gostem de se arriscar. O maravilhoso caso de Black Swan mostra o quanto bons atores da nova safra (como a mais nova veterana Natalie Portman) e veteranos mais que talentosos e versateis (Vicente Cassel). E, por fim, Holliwod é muito vaidosa, nunca perderá seu glamour e glamour não são máquinas, são pessoas é o life style a arte de viver que inclui todas as outras artes.
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Marcelo Paradella
08/07/2011 16:30:24
Oi AnaA meu ver, os dois primeiros indícios já ocorreram várias vezes nos últimos 30 anos (A Chave do Enigma, por exemplo, foi torpedeado sem dó). Em relação ao nosso querido 3D, parece que, para alívio do Sr. Cameron, o público está rejeitando a picaretice da conversão (na qual a Warner tem sido useira e vezeira) e preferiu torrar o $$$ q anda curto em algo que realmente foi filmado em 3D. Aliás, vi em Imax 3D e é impressionante! Quanto a Tom e Julia, esse filme sempre me pareceu uma bomba. Vi o trailer e nada tirava da minha cabeça que era uma baba. E os dois tem currículo de bobagens, ela com o período Lost Weekend entre Dormindo com o Inimigo e Casamento do Meu Melhor Amigo, onde nada que ela fazia engatava, e o Tom que tá colhendo o que planta, afinal os dois pseudo-thrillers baseados no Dan Brown foram basicamente uma quebra no contrato de credibilidade dele com o público. A única obra interessante q eles fizeram ultimamente foi Jogos de Poder, mais pela direção do Nichols e pelo Phillip Seymour Hoffman do que pela atuação deles. E ele tá envelhecendo mal, tipo James Stewart no Vertigo, q o Hitchcock sempre culpou pelo fracasso de bilheteria.
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Dario
08/07/2011 11:06:45
Assisti T2 no cinema, foi o pior filme que já assisti. Só depois fui ver T1, na TV, mas esse dá pra passar.Agora tenho dúvidas se vou ver T3 no cinema, acho melhor esperar em DVD...
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Plínio
07/07/2011 21:58:55
Julia me passa a impressão de que não leva sua carreira muito a sério.Cumpre bem sua função de estrela pipoca,mas notoriamente, tem um certo medo de papéis mais densos, e é exatamente isso que pode estar dissipando seu público,que é a turma oriunda dos 90's na faixa dos 30 e 40 anos, e não a galera que curte Tranformers.Ainda vejo muita gente dizendo que vai ao cinema pra "ver o filme do fulano",acho que estrelas ainda chamam público,porém sem aquele poder absoluto,mais sujeito aos concorrentes.
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Raphael Sanches
07/07/2011 14:43:37
Concordo e ao mesmo tempo discordo....Acho que os filmes sem história e somente com apelo visual chegaram sim pra trazer o pessoal que não ia mais ao cinema de volta... e acho também que bons atores atraem público sim, talvez não mais no cinema mas sim nas locadoras e na tv... concerteza quando este filme for lançado em dvd será bem locado....Também acho que infelizmente a qualidade dos filmes em geral caiu muito.... e acho difícil melhorar....e isso é apenas um reflexo na nossa própria sociedade que parece caminhar para trás....... e pra finalizar também acredito que existam só dois tipos de filmes...bons ou ruins.PS. Adoro seu blog Ana... por favor escreva mais!!!!!!
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Ana Maria Bahiana
07/07/2011 13:48:18
Vi e achei o que disse no post.
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Tiago
07/07/2011 12:23:50
Eu sinceramente acho que hoje se depende muito do projeto em si, e não da estrela. Um superstar ou dois não são mais capazes de segurar uma bilheteria sozinho. É preciso um bom material, críticas boas e estar em sintonia com o momento. Os filmes pipocas continuarão a existir e sempre serão os campeões de bilheteria. O que não impede que filmes de arte como "Cisne Negro" (quase 300 milhões mundialmente) e "Meia-Noite em Paris" (chegando na casa dos 70 mi e ainda com muitos mercados para estrear) façam sucesso também, e seu sucesso não se deve ao seu elenco e diretor famoso, mas sim uma história inteligente, bom boca a boca e críticas positivas. Mas o mercado de 3D vai diminuir certamente. Apenas grandes produções e com apelo visual muito grande irão continuar nessa onda, pq o público já percebeu que está pagando mais caro para ver filmes em 3D que não cumprem o prometido e não fazem jus a tecnologia aplicada.
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eden
07/07/2011 10:33:02
"E vocês, o que acham? A era das estrelas acabou mesmo?"O excelente artigo de Bill Simmons responde a essa pergunta.http://www.grantland.com/story/_/id/6716942/the-movie-star
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Andrea
07/07/2011 09:50:19
A era das estrelas não acabou não, acho que o filme é que não é grande coisa. Eu vi o trailer e não me empolguei, e ninguém que eu conheço que viu se empolgou muito também. Eu lembro quando vi o trailer do "Náufrago", e fiquei maluca para ver o filme. Não basta ter os atores, a história tem que ser razoável também, mesmo para conseguir o orçamento né? Parece bem banal e previsível mesmo. Aliás, o trailer me lembrou a série Community, que me parece beeem mais divertida!Afinal Ana, você viu o Larry Crowne? Gostou?
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anabella
07/07/2011 05:47:09
É engraçado como tem ator que não funciona junto na tela e a Julia Roberts tem dois exemplos quando fez filmes com o Brad Pitt e o Tom Hanks e não funcionou. Já tem certos atores que nasceram prá fazer filmes juntos sem que essa química tenha a ver com alguma relação amorosa fora da tela. O melhor exemplo atual disso é Brad Pitt e Cate Blanchett. Parece que os dois nasceram para atuarem um com o outro. Podemos constatar isso em Babel e O curioso caso de Benjamin Button, sucessos de público e crítica.
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Rafael Gomes Pereira
06/07/2011 22:32:35
Nunca fui de me levar por um filme apenas pelo elenco que o encabeça, um diretor competente consegue extrair até do mais canastrão dos atores um desempenho convincente. O que sempre me atrai em filmes são o roteiro e a sua boa costura com a direção, independente de ser um filme de atuação ou um filme de efeitos. Acho que a maioria das pessoas é assim, prefere a história a outros aspectos; é isso o que me leva a gostar de um The Dark Knight e, ao mesmo tempo, de um Precious.
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Trin
06/07/2011 20:12:19
Muito bem sacado pelo Luis comentar sobre o sucesso de público do filme de Woody Allen que prova que filmes para adultos são lucrativos. Transformers é uma máquina, no sentido literal, muito bem produzida, porém pobre de conteúdo, mas irresistível visualmente.Julia Roberts foi feita pela indústria. De sua longa carreira, só podemos contabilizar três filmes relevantes. Os simpatiquinhos Uma Linda Mulher e Notting Hill (mas este filme eu acho que é todo do Hugh Grant, ou seja, ele ofuscou a Julinha) e Erin Brockvich, apenas um bom filme de tribunal. De resto, Julia não tem nada relevante. Já Tom Hanks eu tenho mais motivos para respeitar, pois é um ator de muito mais qualidade, apesar de quando analisamos a filmografia, só lembramos de Quero ser Grande, Filadelfia e Forrest Gump. Não sei nem mais o que é uma estrela Ana. E isso não é mais importante. Acho que esse conceito acabou. Exemplo, a bomba inominável chamada O Turista com Johnny Depp e Angelina Jolie. Opinião obviamente é coisa bem pessoal, mas eu ainda vou ao cinema ver determinados atores e diretores, independente do tipo de filme que apresentando. Quando estréia um filme do Almodóvar, da Cate Blanchett, do Peter Jackson, do Denzel Washington, do David Fincher, do Russell Crowe, do Matt Damon, do Clint Eastwood, do Tarantino, e até mesmo de Brad Pitt ( ele tem feito ótimos filmes, Ben Button, Bastardos e Árvore da Vida), por exemplo, eu com certeza compro o ingresso e vou ao cinema com prazer de que assistirei algo de qualidade, ou uma grande atuação.Vejam como está indo bem Potiche com Deneuve e Depardieu. Sucessoooo.
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Ela
06/07/2011 18:46:31
Não acho que a era das estrelas acabou, é que hoje em dia elas brilham por pouco tempo, e já não tem aquele glamour todo. O 3D veio pra concorrer e pra ficar sim, e talvez seja superado pelo 4D :) (vi no Madame Tussauds em NY) – se o objetivo for somente visual. Espero que no futuro tenha todo o tipo de filmes em 3D e não somente os pipocas. No frigir dos ovos o Tom Hanks já lucrou no mínimo 13 milhões de dólares e isto já deve ter pago com folga o seu investimento, enquanto que os 195 milhões de dólares investidos pela Paramount/Dreamworks, percentualmente, será que lucraram tanto assim?
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Allan dos Santos
06/07/2011 18:22:18
Ana.Pela primeira vez na minha vida vou deixar de ver um filme blockbuster. Transformer II foi uma das piores experiencia na minha vida. E olha que já vi muita coisa ruim.E esse Michael Bay é o diretor mão pesada mais triste que Hollywood já inventou.Abraço.Allan dos Santos
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Sandra
06/07/2011 17:29:54
Nãoooooooooooooo mil vezes nãoooooooooooo !! avisa os caras que não tem receita de bolo é apenas um momento ruim que vai passar logo !!
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Luis
06/07/2011 16:51:43
Transformes 2 é uma porcaria. Gastaram uma fortuna com os efeitos, mas foram incapazes de produzir um roteiro decente. O filme só tinha explosões, explosões e explosões. Por isso, Transformers 3 não vai ver a cor do meu dinheiro. Eu prefiro mil vezes uma comédia com o Tom Hanks do que esse lixo high-tech. Ocorre que o principal público do cinema americano é adolescente e consome esse lixo. Essa nova geração de adolescentes praticamente desconhece Julia Roberts ( que ficou muito tempo sem filmar depois da gravidez ) e Tom Hanks ( que já é um senhor de meia-idade). Além disso, o filme de Hanks e Roberts pode ser visto no DVD sem nenhum problema.Por outro lado, Ana, você deveria mencionar o sucesso do novo filme de Woody Allen. Meia-noite em Paris já faturou mais de 30 milhões de dólares só nos EUA. O novo filme de Allen está fazendo sucesso em várias cidades americanas, e não apenas em NY, como seria previsível. O público adulto ainda vai ao cinema e Woody Allen é um dos responsáveis por isso.
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Ana Maria Bahiana
06/07/2011 16:32:18
O que é exatamente o que eu queria demonstrar. A lógica de que um filme (independente) dirigido e estrelado por Tom Hanks teria naturalmente a vantagem crítica não se confirmou.
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Bernardo Mascarenhas
06/07/2011 15:51:01
Sem querer polemizar, eu segui o link, e ainda acho que o título adequado seria "Michael Bay é menos ruim que Tom Hanks". Afinal, no próprio texto diz: “Transformers film received better marks than “Larry Crowne” by a slim but consistent margin, even though critics largely DISLIKED both films". Se no Rotten Tomatoes Transformers recebeu 37% de críticas positivas, óbvio que isso quer dizer que ele recebeu 63% de críticas negativas. E com argumentos bem mais contundentes, diga-se de passagem.
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Ana Maria Bahiana
06/07/2011 15:16:48
Leia minha resposta ao Rui. Se vc não seguiu o link, saiba que o titulo da materia é: It's official: Michael Bay is better than Tom Hanks. Como percepção, que é o que estamos discutindo aqui. não existe frase mais explicita.
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Ana Maria Bahiana
06/07/2011 15:15:21
Siga o link do texto e vc verá várias, inclusive esta da Entertainment Weekly:http://www.ew.com/ew/article/0,,20483482,00.html. Por comparação, a de Larry Crowne, na mesma revista:http://www.ew.com/ew/article/0,,20483523,00.html
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Rui
06/07/2011 15:05:55
Só foi sua a crítica positiva de Transformers, pois não li nenhuma favorável.
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Bernardo Mascarenhas
06/07/2011 14:47:47
Me desculpe Ana, mas acho que seu post passou a impressão errada. Transformers foi apenas um pouquinho menos criticado que Larry Crowne, ambos foram detonados pela maioria da crítica. E vi várias críticas pesadíssimas à Transformers, algumas o considerando até um dos piores filmes de todos os tempos, ou seja, nada de "pipoca divertida".E já que estamos falando de blockbusters, o que você acha da nova obsessão hollywoodiana de utilizar sempre a paleta de cor "teal and orange" na maioria dos filmes com potencial de mercado? No blog "Into the Abyss" tem um ótimo post explicando e criticando duramente isso, veja em http://theabyssgazes.blogspot.com/2010/03/teal-and-orange-hollywood-please-stop.html O pior é que depois de ficar sabendo disso não se consegue mais deixar de notar, especialmente (olha ele aí de novo) nos filmes do Michael Bay. Será que além de simplificar e empobrecer os roteiros os executivos dos estúdios também querem fazer o mesmo com nossa percepção visual?
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Marcus Nascimento
06/07/2011 12:41:49
Cada vez mais sou adepto da máxima de uma decana da crítica americana, Pauline Kael: existem filmes bons e filmes ruins. Só. Se é pipocão, independente, com estrelas ou atores em ascenção, não importa ... Eu mordí a língua feio com "Transformers 3": tinha detestado o segundo filme e só assistí este último pra fazer hora ... E não é que me divertí MUITO ! E nem assistí na versão 3D (mas ví na sala VIP do Rio Design Barra, naquele poltronão fantástico). E honestamente, não sentí muita falta do 3D. Até porque, inacreditavelmente, T3 se beneficia de algo que é objeto de nossa discussão: tem 3 atores em cena que simplesmente - apesar de aparecer pouco - roubam a cena, John Malkovich, Frances McDormand e John Turturo ... E o filme recria aquela sacada elíptica de 3 grandes ações: um prólogo (a parte na lua); o desenvolvimento (que sedimenta o terreno pro gran finale) e o apoteótico final em Chicago. Em T3, mais que os robôs, o roteiro e atories fazem a diferença !
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João Marcelo F. de Mattos
06/07/2011 09:12:34
Concord com vc, Anna.Na minha opinião sempre existiu uma Lei das Cinco Constantes Universais que cobrindo todos os tipos de pessoas do mundo (com toda a vastíssima gama de diferença entre elas), enunciava, em ordem de importância, as razões pelas quais na MÉDIA (desculpe gritar, mas é que não dá para grifar), o público vai ver um filme. A número 1 era a Estrela ou o Astro, ou seja os intérpretes. Isto caiu, sem dúvida, de forma avassaladora nos anos recentes à este – e as quatro constantes ficam para outra ocasião. Quantos obviamente foram motivados pela popularidade de quem os protagonizava, e quantos eram por assim dizer, filmes-combos ou filmes combos-franquias (quando continuações), ou seja adaptações de fontes de sucesso (quadrinhos, livros, etc)?Paradigma desta Nova Era é o título de um filme ainda nem lançado: “Capitão América – First Avenger”, “Capitão América – O Primeiro Vingador”. O filme já se assume como um grande cartão de visitas para apresentar um personagem que fará parte de um outro filme, que empacota um monte de combatentes do crime, “Os Vingadores”, prosseguindo a inspiração dos quadrinhos onde classicamente já existe este grupo de super-heróis.Grande curiosidade é o hibridismo em torno dessas duas coisas. Um Johnny Depp é “astro” neste momento, apenas e tão somente por causa da série “Piratas do Caribe” e como Jack Sparrow. Até tem sucessos fora da série, mas bom número de fracassos e nenhuma garantia de que uma obra estrelada por ele arrecadará bem - o que historicamente sempre foi o atestado de quem é estrela ou astro: ser (quase) sempre garantia de bilheterias polpudas, ter muitos mais sucessos que fracassos no currículo .Como Sparrow em “Caribe” ele pode estrelar mais uns 20 filmes com boa grana sendo conseguida.E por isso estou curioso para saber como vai se sair Tom Cruise com o novo “Missão Impossível” (o trailer é legal). Os filmes dele não tem se saído tão bem assim, mas como Ethan Hunt o cara tem uma reserva de popularidade.
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Gregorio
06/07/2011 09:10:38
Pra mim prefiro filmes em 2D, os filmes em 3D me dão dor de cabeça e os efeitos não funcionam direito. Não sei porque. Mas como fã de tecnologia acho espetacular como o cinema tem tido progresso em termos de tecnologia. E como em qualquer discussão sempre haverá pos e contras.
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eden
06/07/2011 07:17:39
Eu não gosto de Julia Roberts e acho que ela e Tom Hanks não funcionam na tela. Na verdade acho que a única que "funcionou" com ele foi Meg Ryan, porque Tom Hanks pode ser talentoso mas não tem apelo sencual. Acho Transformers cansativo, e algumas franquias são levadas só pelo sucesso do primeiro filme, como foi esse caso e o de Piratas do Caribe ( esse, considero o maior engodo de todos, com caramujos falantes e polvos nojentos) . Quando a preocupação com o roteiro das franquias se torna um negócio de segunda classe, dá nisso. Claro que não me refiro a Batman ( do Nolan) ou à Identidade Bourne. Não tenho nada contra franquias, mas gosto de bons roteiros. Aliás, continuo achando que ROTEIRO é a alma do filme. 3 d pode continuar paralelo mas não chegará ao dominio total.
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Lucas
06/07/2011 01:41:55
Acho uma lástima que T3 tenha feito 400 milhões ao redor do mundo. O filme é simplesmente uma porcaria, sem tirar nem por.
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Brigite
06/07/2011 01:26:21
Acho incrivel Julia Roberts e Tom Hanks cairem nessa armadilha, mas a verdade é que o status deles permitem que eles apenas se divirtam sem compromisso de agradar o grande público. Filme despretencioso como eram os classicos, estou ansiosa.
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Ana Maria Bahiana
06/07/2011 00:35:04
Não vi ainda, ainda não estreou aqui. Para ser indicado, ele precisa ou ser lançado comercialmente até o final do ano ou ser escolhido como representante do Brasil na categoria "filme estrangeiro".
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João César
05/07/2011 22:56:36
Acho que tem público para todos os tipos de filmes. Acho que "Larry Crowe" deve ser fraquinho mesmo, por isso a baixa bilheteria. O que me diz daquele "Brides Maids" que já fez 150 milhões, elenco pouco conhecido, mas está atraindo um público bacana e está um tempo entre os dez mais vistos. Não acho que somente filmes em CGI e ensurdecedores irão atrair mais pessoas, e assim teremos uma nova era, acho que queremos é boa história mesmo.
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Filipe Pinheiro
05/07/2011 22:43:12
Só eu achei o 3D de Transformers mediano? A batalha final em Chicago foi ótima, e a cena na lua também, mas só isso não valeu o ingresso (bem) mais caro. Ou será que eu estava meio cego no dia? Até mesmo os que estão massacrando o filme elogiam o uso do 3D em Transformers. Será que terei que gastar mais R$22,00 e ver o filme novamente? E quem foi o imbecil que resolveu lançar Larry Crowne no mesmo dia que Transformers? Até mesmo Carros 2 perdeu bastante público. O filme de Hanks seria perfeito pra ser lançado no final do verão... Com certeza, teria feito, pelo menos, uns US$25 milhões.O fato é que esse verão americano está pobre. Ano passado tivemos filmes muito mais interessantes, esse ano, só destaco Kung Fu Panda 2 (que não é lá essas coisas), Super 8 e X-men: Primeira Classe.Abraços, Ana!=]
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william rezende
05/07/2011 21:52:00
não acho que 3D veio para todos os filmes.central do brasil não teria cara,mas cidade de deus e obiviamente tropa de elite teria muito esquema de ser em 3D.e ana,vc já viu o tropa de elite 2?e acha que tem chance de ser indicado ao oscar?eu acho que a atuação do wagner moura é de indicado ao oscar.
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Richard P
05/07/2011 19:37:58
Eu acho que podemos até comparar o que aconteceu com o filme O turista ,só que tem uma grande diferença .Eu duvido muito que esse filme consiga arrecadar milhões no box office internacional.O turista foi massacrado e mesmo assim conseguiu surpreender que não era novidade mais o Hollywood Reporter fez questão de comentar que o filme , tinha conseguido mais de U$210 milhões. é não era uma fracasso.Tem que investir no box office internacional .Deveriam começar a lançar os filmes na Europa, Asia,America latina e por ultimo os EUA.
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brendam
05/07/2011 19:04:43
Ana, mas será que o filme do Tom Hank só mal de bilheteria por que na verdade é ruim?Falo isso por causa de Black Swan e seus U$300 mi ao redor do mundo. Natalie Portman é uma grande estrela (não no patamar de Julia Roberts), e o filme foi feito de maneira independente e caiu na gosto do público (e agora das locadoras). Fora que no filme do Aronofsky os atores NÃO ERAM o ponto mais importante ali. Mas outra pergunta também fica: Black Swan e seus comparsas de Melhor Filme só foram bem de bilheteria por que no último Natal não houve um Avatar / LOTR da vida para atormentá-los?
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Emerson
05/07/2011 19:04:17
Ana Maria nunca gostou de Julia roberts, não tem moral pra falar nada. Critica tudo o que ela faz.
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murilo paier
05/07/2011 19:01:55
acredito em novas estrelas ninguém liga muito pra tom hanks e julia roberts como antigamente...
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Fabio Abreu
05/07/2011 18:57:21
*Te leio há anos!! Adoro!
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Fabio Abreu
05/07/2011 18:53:55
Pra mim tudo blá, blá, blá! O que realmente aconteceu vc disse no texto! Um ótimo filme-pipoca contra uma comédia romântica com cara adulta, saudosista! O nome Julia Roberts estive em produções falidas em sua época auge: Mary Reeily, Grace Under Preassure, I Love Trouble, Full Frontal, Conspiracy Theory,... é isso! O filme TEM que agradar, no way! Fora a propaganda, que T3 supera, de longe, Larry! Um bom filme (para massa mesmo), boa direção e bons atores (carismáticos) = sucesso! É só um super astro fracassar em um filme que a mídia põe isso em questão... já li isso há, 10, 20 anos atrás... bj Maria! Leio há anos!!
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Rodrigo de Oliveira
05/07/2011 18:53:09
Venho dizendo isso há um bom tempo. O Star Power está morto e enterrado. Basta ver os números de bilheterias dos últimos anos. As franquias tomaram o poder e são a menina dos olhos dos estúdios. Harry Potter, Batman, Transformers, X-Men e tantos outros campeões de bilheteria conseguiram números altíssimos não por serem estrelados por Daniel Radcliffe, Christian Bale, Shia Labeouf e Hugh Jackman, mas por estarem dentro de uma lucrativa franquia de sucesso. Sou fã incondiconal de Tom Hanks, mas tenho consciência de que o nome dele em um filme já não é mais sinônimo de sucesso (e, pior, de qualidade). Existem, claro, alguns nomes que ainda chamam público. Mas são em número inexpressivo perante uma alavanche de franquias hollywoodianas. Não vejo isso como algo positivo ou negativo. É apenas uma mudança, como tantas que já aconteceram no cinema.
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