Ecos da reunião da Academia: o que esperar
Ana Maria Bahiana
A famosa e inédita reunião de todos os integrantes da Academia foi, pelo visto, apenas o começo de uma leva de atividades e possíveis mudanças (digo possíveis porque a Academia é um bicho que se movimenta de-va-gar….)
Eis o que esperar no futuro imediato:
- A manutenção do esquema de cinco a dez indicações para melhor filme. A diretoria da Academia considera essa alteração um grande sucesso e, me disse um acadêmico, “a chave para a maior popularidade dos Oscars”.
- Mais mudanças na escolha do Melhor Filme Estrangeiro e, possivelmente, Documentários. A ideia, que ninguém ousa dizer alto, é abrir o processo de indicação dessas duas categorias para todos os votantes, acabando com os comitês. Ninguém acredita que isso vá se dar este ano, talvez nem no ano que vem, mas o fato do processo admitir, agora, o envio de DVDs e a possibilidade de ver os indicados em qualquer cinema já é indicador de mudanças nessa direção.
- Em breve os quase seis mil acadêmicos receberão um longo questionário sobre o desempenho, a governança e os objetivos da Academia e do Oscar. Muitas decisões serão tomadas a partir dessas respostas.
- A Academia espera que seu museu seja auto-sustentável. Ou seja, esperem iniciativas comerciais lá dentro (gift shops, eventos, etc). Uma grande e esperada fonte de renda serão as três salas de exibição que serão construídas dentro da “cúpula” anexa ao prédio da May Company, que será inteiramente reformado. A Academia quer tornar as salas do museu o ponto principal para premières e grandes festas da indústria. As obras começam ano que vem, com a inauguração prevista para 2017.
- A diretoria da Academia considerou o Oscar 2013 “um enorme sucesso”, mas nem todos os membros concordam. Muita gente está resmungando bem alto com a rápida escolha dos mesmos produtores – Craig Zadan e Neil Meron – para a festa de 2014. “Deveria ter havido algum tempo para reflexão”, me confessou uma acadêmica.