As regras do Oscar mudam de novo: deu a louca na Academia?
Ana Maria Bahiana
Semana passada a Academia fez barulho suficiente para lembrar a todo mundo que a temporada de prêmios, acreditem se quiserem, começa daqui a três meses.
Para começar, a lista da nova safra de acadêmicos revela algumas coisas interessantes: o desejo (e a pressa) da Academia de renovar e rejuvenescer seus quadros e, ao mesmo tempo, a bizarra lentidão de suas escolhas. Vamos lá, pessoal: John Cameron Mitchell, Lisa Cholodenko, Yojiro Takita, Gregg Araki, Susanne Bier, Terrence Blanchard, Aaron Sorkin, Nastassja Kinski, Wes Studi..só agora?
Depois, o já famoso anúncio de que as regras para indicação a melhor filme vão mudar de novo no periodo 2011-2012. Recapitulando: em junho de 2009, revertendo ao sistema dos anos 1940, a diretoria da Academia votou por unanimidade (com uma abstenção: Tom Hanks, representando o departamento de atores) a mudança de cinco para 10 indicados na categoria Melhor Filme. A nova regra deveria estar em vigor por um mínimo de três anos, e deveria voltar para aprovação ou repúdio apenas em 2012.
Tudo isso foi esquecido na semana passada: usando como base o percentual de indicações que filmes favoritos receberam nos últimos anos, a Academia aprovou mais uma alteração da regra. Agora, para ser indicado a melhor filme, um título tem que receber 5% dos votos que o colocam em primeiro lugar na cédula.
Como vocês sabem, os votos para indicações ao Oscar (e Globos também) são por ordem de preferência: o votante tem que dizer qual é sua primeira, segunda, terceira, etc escolha. Pela nova regra, um título que receba 5% de escolhas em primeiro lugar está indicado para Melhor Filme. O número final pode variar de cinco a 10 _ mas, usando como comparação anos anteriores, a média de “melhores filmes” deve ser seis ou sete.
A pergunta- chave, é claro, é: por que? Por que a regra foi alterada em 2009, e por que o novo sistema não vingou? E a resposta para as duas questões é a mesma: popularidade. Ou, como já foi dito, desespero.
O Oscar pode ser o maior, mas não é a mais o único prêmio disputando a atenção de espectadores mundo afora. Há anos a audiência da festa de entrega vem caindo e, este ano, com 10 indicados, despencou ainda mais. Um dos motivos, a diretoria da Academia acredita, é a perda de prestígio que a mudança de cinco para 10 indicados causou; e, pior ainda, a perda de prestígio não foi compensada pela inclusão de filmões comerciais, como a diretoria esperava. “Todo mundo achava que teriamos um ou dois arrasa quarteirões, mas em vez disso tivemos Inverno na Alma”, disse um acadêmico frustrado com as mudanças.
Que é um ótimo filme mas não o atrativo popular que a Academia esperava… A verdade mais profunda pode estar no raciocínio de outro acadêmico que também não foi a favor nem da primeira nem da segunda mudança: “Não se fazem mais filmes como antigamente. Achar 5 filmes excelentes já é um desafio. Tentar aumentar isso pela manipulação das regras é um absurdo.”
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Fabinho Flapp
14/07/2011 16:12:42
“Não se fazem mais filmes como antigamente. Achar 5 filmes excelentes já é um desafio. Tentar aumentar isso pela manipulação das regras é um absurdo.”Perfeita observação.Pesquiso e acompanho o Oscar desde muito criancinha, e esse anseio por pupularidade, esse desespero por audiência já passou do limite e só tem tido consequencias catastróficas.Desde o final dos anos 90, todas as novas medidas - mudança de segunda-feira para domingo, mudança de final de março/início de abril para fevereiro, essa aberração de 10 indicados e a exclusão das canções indicadas e dos Prêmios Honorários da cerimônia - são péssimas, descacarterizam o Oscar.Tenho nojo extremo disso tudo!O Oscar é soberano!
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João César
29/06/2011 12:02:20
Eu me lembro no Oscar de 92, quando a Sally Field foi apresentar uma cena de "A Bela e a Fera", ela falou do feito do filme de animação em entrar para melhor filme e ela completou dizendo não esperar que isto se torne um hábito todo ano. Assim, mostrando a pouca valorização da classe de atores aos filmes de animação.
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Ana Rodrigues
28/06/2011 20:49:46
Oba ! Vou estar lá.
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Ana Maria Bahiana
28/06/2011 15:00:52
em agosto...
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Livia
28/06/2011 12:33:29
Avatar esquerdista??????Onde?????Será que vimos o mesmo filme?
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ana-rio
27/06/2011 19:07:25
Quando você estará de volta ao Rio para mais uma daquelas ótimas paletras sobre cinema ?
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Paulo Leme
27/06/2011 00:24:38
Dar o prêmio ao filme "Guerra ao Terror" e não a "Avatar" ( um filme esquerdista) , para exaltar a "honra? e a valentia? americanas" e tb os " valentes soldados americanos" na guerra contra o "terrorismo" ( qdo os maiores terroristas são os próprios Estados Unidos) e não premiar o ótimo filme de Cameron, dois anos atrás, com certeza foi outro tiro no pé.
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Ela
25/06/2011 20:31:24
Se o número final de filmes concorrentes agora pode variar de 5 a 10 a "pressão" para se incluir mais um filme acima dos 5 vai gerar uma competição bem estranha. E mais um suspense de quantos vão concorrer a cada ano. Será que isso vai aumentar a audiência? Duvido.
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thais
25/06/2011 20:23:53
Tb não entendo a birra com as animações!Francamente, nos últimos anos são o único tipo de filme que consegue conciliar excelência e criatividade no roteiro, com sucesso de bilheteria!!!Coisa que pouco filmes 'normais' têm conseguido ultimamente!
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thais
25/06/2011 20:15:19
EXATAMENTE!Pode ser difícil achar cinco filmes americanos bons todo ano, mas tenho certeza que se olhassem além do próprio umbigo, achariam verdadeiras obras primas mundo afora!
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brendam
24/06/2011 23:02:32
Fui direto no setor vaidade. Não pensava que tinha mais gente. Mas pra quê tanta birra? Por que animação 'não é cinema'? Por que é uma arte menor por não ter o corpo humano impresso no celulóide? Por que os animadores podem fazer o que quiserem e isto tira a noção de realidade que o cinema estadunidense sempre buscou? Ou por causa de tudo isto e mais coisas [bilheteria, sofisticação do setor, carinho da crítica]? Se for assim, como que uma animação terá chances de concorrer [e ganhar o] a melhor filme? Não é um tiro no pé numa indústria que busca ser a pioneira do mundo? Não reconheço uma obra-prima por vaidade? Não imaginava que era tão sério assim...
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Ana Maria Bahiana
24/06/2011 21:44:04
não só eles...
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brendam
24/06/2011 21:42:53
(sussurro mode on) Atores? (sussurro mode off)
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Ana Maria Bahiana
24/06/2011 15:05:28
Eles tornaram a categoria permanente, o que irrita profundamente uma facção da Academia...
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brendam
24/06/2011 11:10:57
Ana, melhor filme de animação também teve mudanças:http://www.animatoons.com.br/oscar/novas-regras-no-oscar-de-melhor-filme-animado/
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Cláudio Fagundes Bastos
24/06/2011 11:07:42
Só venho manifestar o meu repúdio a seguinte declaração: “Não se fazem mais filmes como antigamente. Achar 5 filmes excelentes já é um desafio. Tentar aumentar isso pela manipulação das regras é um absurdo.”Se o Oscar, finalmente, se tornasse de fato a "Festa do Cinema Mundial" e olhasse mais para o que se produz pelo mundo, a lista de 10 filmes ainda seria pequena. Talvez o interesse pelo Oscar aumentasse se ele se modernizasse de verdade e trouxesse para si o real sentido de globalização, substituindo o "imperialismo cultural" que o Oscar insiste em manter.
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brendam
24/06/2011 10:34:16
Sylvian Chomet só foi chamado agora? Ele tem três indicações ao Oscar e só foi chamado agora???? Bob Peterson idem.-------Gente, o que acontece com este verão cinematográfico??? Até a Pixar não correspondeu ao seu padrão-ouro. :o
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fabby
23/06/2011 16:31:23
espero que ainda continuem dando espaço para filmes pequenos. o outro lá reclamou de inverno da alma, mas o que ele queria? megan fox indicada a mlehor atriz por transformers ao invés de jennifer lawrence? desespero por audiência é compreensível, mas o oscar já insulta com alguma frequência a inteligência dos espectadores de cinema, tomara que isso não vire regra também. e pra este ano, ansio por michael sheen e maria bello indicados por beautiful boy. dois atores que estão sempre em blockbusters, dando dignidade a esses filmes, mas nunca tiveram seu valor reconhecido quando atuam em filmes de verdade.
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ANDRÉ LUÍS CHAVES CAMARAO
23/06/2011 13:03:15
acredito que foi boa a escolha que a academia fez em optar ao invés de 10 indicados ao oscar de Melhor Filme, reduzirem para a variavel de 5 a 10, pois assim , eles próprios reconhecem que eles ñ possuem toda a supremacia em relação a filmes...o oscar é uma festa para filmes de língua inglesa, e,, nem todos os anos a qualidade desses filmes é boa...seria bom se eles aumentassem de 5 indicados para 7 as seguintes categorias: filme estrangeiro; ator'; atriz; ator e atriz coadjuvante e dIreção... quero me corresponder com fãs de cinema,, ai vaii meu facebook: http://www.facebook.com/home.php#!/profile.php?id=1744561775
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Alexandre Carlomagno
23/06/2011 12:26:44
O principal problema, a meu ver, é que eles estão focando em aspectos que não precisam ser alterados.Primeiro, sejam cinco ou dez filmes, não interessa, pois é possível indicar até 20 bons filmes num ano. Mas a Academia não tem colhões para indicar trabalhos mais, digamos assim, radicais (porra, Toy Story 3 em melhor filme e melhor animação?).Segundo, a apresentação. Rejuveneça, mude, transforme, subverta completamente o modo de apresentar o prêmio. Essa estrutura já não funciona mais. Não funciona! Em caixa alta: NÃO FUNCIONA! Porra, faça algo completamente diferente e inusitado. É essa a cara do cinema hoje, e é essa a cara que o prêmio deve ter se eles quiserem voltar a chamar a atenção.Terceiro, coloquem apresentadores que provoquem. Steve Martin e Billy Cristal já eram. Engraçados? Lógico. Mas e Ricky Gervais? Não precisa ser ele, mas essa é a cara que a prêmiação deve ter. Aliás, aonde foi parar Jon Stewart, um dos melhores apresentadores do Oscar dos últimos tempos, se não o melhor?Quarto e último, a Academia é conservadora demais. Pronto, esqueça os outros três aspectos.Beijos, Ana. Te amo. Você é foda!
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Trin
23/06/2011 11:56:02
Acho que esses critérios do Oscar são muito cansativos. Continuo achando lamentável que filmes fundamentais como O curioso caso de Benjamin Button, Avatar e A Rede Social, só para citar os últimos três anos, não tenham recebido o Oscar de melhor filme. Se os Acadêmicos ( e a lista de jurados é duvidosa ) não sabem escolher os melhores, não sabem acerta as listas de indicados. Quantos filmes excelentes ficam fora dessas listas. Se não fosse por atores do quilate de Meryl Streep, Sean Penn, Cate Blanchett e Geoffrey Rush, que volta e meia são lembrados, eu nem tomaria conhecimento desse evento.
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Marcos
23/06/2011 10:48:40
A tese do fim da História sempre aparece...por que?
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Gustavo Zago
22/06/2011 22:13:58
o desespero ta tanto que daqui a pouco vao ter cotas de filmes comerciais no Oscar!!
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João Marcelo F. de Mattos
22/06/2011 21:59:46
"Discurso do Rei", público restrito? "Rede Social", 224 milhões em todo o mundo, 96 nos EUA, terra do Oscar. "Discurso do Rei", 414 milhões em todo o mundo,138 nos EUA, terra do Oscar. "Guerra ao Terror" pode ter uma bilheteria pífia frente à blockbusters,mas é centenas de vezes maior que filmes que realmente são para público restrito.Não existe filme de arte de verdade no Oscar. Isto é um engano. Nem "Inverno da Alma" que é filme independente, que é outra coisa. Filmes de arte - bons ou ruins, aqui não entra esse mérito - são o de linguagem audaz, experimental, feitos realmente para poucos.Filmes bons continuam a ser feito em todos os ramos de cinema (do cinemão de massas, vide o magnífico "X-Men: Primeira Classe, até o cineminha de arte mais voraz na sua ousadia estética), filmes ruins, idem, não é preciso acessos de nostalgia. O problema é que a queda no nível de exigência do público médio mundial de cinema é tão óbvia, que tipos de filmes que historicamente sempre tiveram comunicabilidade com uma boa faixa de espectadores foram empurrados para os guetos de "arte", em especial os dramas adultos. Quando filmes que costumavam ter boas platéias são vistos como arte para poucos, salve-se quem puder. Um "Inverno da Alma" seria esse típico filme para um público mais adulto, mais que jamais estaria aprisionado num circuito para uma faixa restrita, como agora. Filmes que ganharam o Oscar nos anos 80, como "Amadeus", "Platoon", etc, não estiveram entre as maiores bilheterias daqueles anos, mas tiveram excelente público, uma recompensa financeira ótima. Atualmente aposto que estariam circunscritos à pouca gente. Idem filmesque tem frequentado o Oscar nos últimos anos, como vencedores ou indicados (o ano de 2007 é sintomático, com "Onde os Fracos Não Têm Vez", "Sangue Negro", "Conduta de Risco", etc, etc, encarados como filmes de público-alvo, muito definido, o que é risível; num Oscar dos anos 70, seriam filmes de circuito normal). Aposto que "Inverno" teria umas 20 vezes mais espectadores em, sei lá, 1987, do que hoje. O Oscar não pode é ceder ao populismo. Se for premiar de acordo com o gosto das massas,a saga "Crepúsculo" teria uma chuva de Oscars. O ideal é que persevere na tênue e delicada tentativa de contemplar o médio; podemos contestar isso, mas assim é a natureza do prêmio. "Transformers" jamais ganhará o Oscar de melhor filme ou um intérprete de "Crepúsculo" o de ator ou atriz, mas um cinema de arte radical como o de Manoel de Oliveira, Stan Brakhage e Apichatpong Weerasethakul (e tantos outros), também não.Encerro me repetindo: duvido que "O Poderoso Chefão" 1 e 2 tivessem a bilheteria descomunal hoje que conseguiram (e sim, foram dos maiores sucessos daqueles anos), ambos em 1972 e 1974. Seriam encarados como dramas lentos sobre mafiosos e ensacados nos circuitinhos de arte. (E pelo amor de Deus não me venham atribuir a culpa do fim do cinema adulto dos anos 70 à Spielberg/Tubarão e Lucas/Guerra Nas Estrelas, até por serem ambos, além de geniais, tratados filosóficos perto de um "Homem de Ferro").
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Cláudio M. Paixão
22/06/2011 21:26:49
É uma questão, pois se a Academia premia "Guerra ao Terror" e "O Discurso do Rei" ela é taxada de restrita. Se premia "Avatar" ou "A Rede Social", é para conquistar o público. E a qualidade do cinema, ninguém leva em questão?E outra: os prêmios do BAFTA, Globo de Ouro, SAG e Independent Spirit estão cada vez mais próximos do Oscar. Não há mais novidades, o que não chama a atenção. Posso dizer que a única coisa diferente na última edição foi a Jacki Weaver, por um filme australiano. O resto foi resto.
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Pedro Ivo
22/06/2011 21:22:29
Prefiro como era antigamente. O esquema de cinco indicados, bem ou mau, funcionava (por quase 70 anos).É como se o Oscar tivesse perdido um pouco de sua identidade. Por mim, voltava com os cinco indicados, e voltava o Billy Crystal também.Mudar a regra foi um vísivel sinal de decadência. Indicar sete ou dez filmes não vai acabar com as famosas injustiças do Oscar, e nem vai trazer o glamour das festas de antes. Uma pena que tenha havido tanta lambança nas mudanças de regras, pois sempre curti a temporada do Oscar e sempre acompanhei as cerimônias.Mas aquele acadêmico que vc entrevistou está certíssimo: não fazem mais filmes como antigamente.
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Flavio
22/06/2011 20:07:26
É difícil achar 5 ou 10 filmes bons no ano? Isso é MENTIRA.Agora, o problema é que a Academia não indica filmes estrangeiros, documentários, quase sempre ignora animações, dificilmente indica filmes bem pequenos, sem nomes conhecidos...Aí fica difícil mesmo.
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Saul Vidal (Manaus/AM)
22/06/2011 20:07:19
Imagine, quando eu era mais novo diziam que para ser membro da Academia era preciso ter de 5 a 10 anos na indústria do cinema americano, ter feito algo realmente relevante para a "história" do cinema ou receber uma indicação por um trabalho notável... A pergunta é: qual foi a contribuição de Beyoncé para a "glória" do cinema para jusitificar o convite a ela? Alguém sabe?
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Alessandro
22/06/2011 18:55:50
Eu tenho o costume de assistir porque acredito que a festa do Oscar é uma celebração do Cinema. Pessoalmente não acho que fulano é melhor que sicrano, pois os conceitos de melhor ou pior são muito subjetivos. Nunca me peguei xingando a academia por essa ou aquela escolha.Sempre gostei de ver todo aquele pessoal reunido e as homenagens. Simplesmente.
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Ivan Monteiro
22/06/2011 18:22:24
Eles podem mudar o quanto quiserem, mas os resultados só serão realmente visíveis quando bons filmes que surgirem, os votantes serem complacentes e perceberem isso. Ou melhor, quando perceberem que o público não se interessa em ver ganhando um O Discurso do Rei ou Guerra ao Terror, mas sim por filmes tão bons quanto: A Rede Social e Avatar. Se eles querem audiência, não podem trair o público ano após ano com filmes de público restrito. O Globo de Ouro tem acertado mais nos ganhadores que o Oscar.
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aria aparecida
22/06/2011 17:36:29
Concordo com o outro acadêmico: achar cinco bons filmes já é um desafio, isso porque Hollywood trocou os bons roteiros pelos comerciais ( ou seria comerciaveis?). A apresentação da festa está devendo e antes as câmeras passeavam pela platéia, não só pelos indicados, porque nós gostamos de ver nossos atores favoritos. mesmo quando eles não estão concorrendo.
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Filipe Pinheiro
22/06/2011 17:25:01
Convenhamos que a qualidade dos filmes caiu bastante, mas quando a Academia premia O Discurso do Rei, que sequer merecia a indicação, eles queriam o quê? Inverno da Alma é muito mais filme do que esse troço do rei gago.A culpa não é dos filmes, e sim da própria Academia que insiste em premiar filmes duvidosos.Assistir a entrega dos SAG's e dos Golden Globes é muito mais divertido, dinâmico e interessante. Tudo bem que essas duas premiações entregam suas estatuetas para os melhroes da TV também, mas ainda assim, nas categorias de cinema, os vencedores são mais justos, com exceção de O Discurso de Rei que abocanhou o SAG de melhor elenco no ano passado (mas isso, Assim como no Oscar, tudo mundo sabe, foi bode dos Irmãos Weinstein...).Abraços, Ana!PS: O que achou de Carros 2, ou ainda não viu?=]
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Marcelo Feitoza
22/06/2011 17:22:35
Acabar com o prêmio dos sindicatos não tem cabimento. O que ocorre com o Oscar é algo próximo ao que ocorre em praticamente todos os setores da indústria do entretenimento: não acompanharam as evoluções nas novas tecnologias de comunicação; não acompanharam o crescimento da população mundial; logo, não acompanharam as mudanças causadas no público pelos dois fatores. Ter 1 ou 10 indicados não confere ou retira interesse e qualidade na festa em si. O Oscar sempre será o Oscar, mas é preciso entender que os tempos mudaram, e que a festa não se adaptou. É um evento emblemático para a indústria cinematográfica. Sempre vai existir. De repente, buscar diminuir o impacto, humildemente, seja um caminho. Como? Parar de dar pelota as números da audiência. Estes números distorcem a realidade. A festa segue tendo uma audiência considerável, e o público vem fazendo uso das redes sociais para discutir e repercutir o evento. É preciso entender isso e enxutar a cerimônia.
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william rezende
22/06/2011 16:40:42
é o oscar,é uma maluquice.eu gosto de 10 indicados,mas dependendo do ano.em 2009,se colocassem WALL*E e cavaleiro das trevas,seria excelente,mas vamos ver como ainda será esse ano.e ana,acha que as chances pro RIO ganhar o oscar de melhor animação ainda são grandes ou acha que carros 2 supera?porque vc já deve ter visto.não é?
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Túlio
22/06/2011 16:36:57
Ainda acho que o problema do Oscar é a cerimônia, não as indicações. E lidar com a idéia que o evento é para cinéfilos, e não para o público em geral, que ignora o evento pelo fato de ser bem chato e (bem) longo e, geralmente, não sabem exatamente a distinção de um filme ganhar melhor som ou melhor direção.Mas essas mudanças de regras constantes estão afastando os próprios cinéfilos, pois está perdendo de vez toda a coerência de votos. Toda eleição é uma seleção, filmes bons ficaram de fora (e essas ausências são destacadas por críticos e cinéfilos). Querer criar um sistema de votação que procura agradar a todos os gostos minimiza o efeito do prestígio ou homenagem ("todos os filmes são bons" seria a premissa - pra que serviria então o prêmio?). Deixem as regras em paz e que cuidem da cerimônia, que está cada vez mais insossa, irrelevante, chata, constrangedora, estúpida e velha. Homenageiem os filmes, e não eles próprios.
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Safira Rubra
22/06/2011 16:19:19
Realmente com o passar dos anos, o nível dos filmes bem com dos elencos vem caindo muito; eu comecei a assistir filmes quando tinha 7 anos e já faz tempo,rss; na época presenciei gold times, e hoje é muito difícil apreciar os novos, filmesO brilho se foi, o glamour se foi; eu por exemplo tenho lindas histórias e lindos roteiros mas ainda não os apresentei para produtores Acho q está chegando minha hora de aparecer, rssNão importa se escolherão 5 ou 10, perdemos a qualidade e a consequência disto é a perda de audiência
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Del
22/06/2011 16:16:52
Tentei imaginar como seria se essa regra estivesse em vigência nos últimos anos:2009: 5 nomineesAvatarThe Hurt LockerInglourious BasterdsPreciousUp In The Air2010: 7 nomineesBlack SwanThe FighterInceptionThe King’s SpeechThe Social NetworkToy Story 3True GritPS: podemos ter a Mo'Nique lendo os indicados todos os anos?
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andre
22/06/2011 16:14:49
Não adianta a Academia fazer nenhuma mudança, pois como disse um ator americano recentemente (me esqueci o nome dele) o cinema americano não tem mais nada a dizer. O máximo que conseguem fazer é um bom filme, mas clássicos como antigamente (O Poderoso Chefão, ...E O Vento Levou e outros do mesmo nível) nunca mais veremos.E os caras bons, tanto diretores quantos atores estão velhos, já deram sua contribuição pra grande arte.Agora o que vemos é apenas esses super-heróis plastificados e muitos, muitos efeitos especiais (vide a saga Transformers e Avatar).Melhor acompanhar o festival de Cannes!
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Grandes Filmes
22/06/2011 16:09:28
Realmente os prêmios dos sindicatos estão tirando bastante da surpresa do Oscar, mas não é só isso. A última entrega de prêmios foi bizarra, com os apresentadores perdidos. Ninguém gostou.
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Emilio Franco Jr
22/06/2011 15:50:49
O que a Academia precisa fazer para voltar a ter uma cerimônia interessante é acabar - não sei como - com os prêmios dos sindicatos, que simplesmente tiram toda a graça do Oscar. Chega o dia e todo mundo já sabe quem serão os vencedores, nem adianta torcer pelo seu favorito.
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