Super 8: brincando nos campos do Senhor Spielberg
Ana Maria Bahiana
A primeira coisa que você precisa saber sobre Super 8, de J.J. Abrams, é que é necessário suspender MUITO a descrença. Cartesianos super racionais talvez prefiram poupar o dinheiro do ingresso, o que seria uma pena, porque o filme é uma delicia. Se resolverem correr o risco, lembrem-se do meu aviso: não comecem a se perguntar “mas como?”, “como é que é?”, “como é possível?” e coisas do tipo.
A segunda coisa é que, como bem disse este crítico, Super 8 é “pornô Spielberg”: uma citação explícita, reverente, salivante, hard core de temas, imagens e signos spielberguianos.
Tem gente torcendo o nariz para isso, mas não me incluo nesse bloco. Tenho outros problemas com Super 8 _ a gigantesca quantidade de fé na premissa que nem sempre é recompensada nem com a lógica interna do roteiro; o final meio apoteose em fúria, jogando no liquidificador todos os possíveis e imagináveis elementos fantásticos de uma história que já estava implorando por um pouquinho mais de lógica.
Mas cultuar o (aliás produtor) Spielberg não é um desses problemas. Gosto sempre de lembrar que os humanos das cavernas foram provavelmente os únicos com direitos exclusivos à originalidade absoluta. Nas artes populares contemporâneas saber escolher as referências é uma parte importante da qualidade final. Afinal, a geração de Spielberg (e Lucas, e Coppola, e Scorsese, e Friedkin) achava que estava fazendo seu próprio culto a Truffaut, Godard, Clouzot, Antonioni e Kurosawa ( e os Beatles e Rolling Stones tinham certeza de que sua música era i-gual-zinha a dos grandes mestres do blues dos anos 1940 e 50…)
Muito natural, portanto, que Abrams vá direto à veia da Geração 70, pegando como inspiração uma frase de uma entrevista de Coppola dos anos 1980 sobre o futuro do cinema – “algum dia alguma garotinha gorducha do Ohio vai ser o próximo Mozart e fazer um filme lindo com a camcorder de seu pai”- e saturando sua premissa com o cânon spielberguiano.
Em Super 8 um garoto gorducho do Ohio faz um filme, não necessáriamente lindo, com a super 8 do pai dele. E esta é, na verdade, a melhor parte da película de Abrams. O garoto Charles (Riley Griffiths) é.. bem… o DW Griffith de uma turminha de moleques (Joel Courtney, Zach Mills, Ryan Lee, Andrew e Jakob Miller e a cada vez mais excepcional Elle Fanning) que, claramente inspirada por George Romero (conte as referências…) está fazendo um filme de zumbis em uma pacata cidade do interior.
Como todo bom realizador, Charles está interessado em “grandes valores de produção”, de preferência a custo zero, o que leva sua brava equipe a uma estação de trem no meio da noite. Algo acontece, a camereta continua rodando e a história se torna mais spielberguiana e mais fantástica a partir daí. As referencias – a ET, Parque dos Dinossauros, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Guerra dos Mundos– se empilham, assim como o glossário de imagens spielberguianas: espelhos, automóveis, flashlights, rápidas aproximações da câmera.
A delícia não está aí: está no coração da trama, em sua inocência fundamental, no grupo de crianças, no limite da adolescência, buscando sua voz e sua visão, aprendendo a se relacionar entre si e com o mundo adulto, através da poderosa metáfora da fantasia, da imagem em movimento. O que acontece a partir da brusca interrupção de suas filmagens é divertido e segue em bom ritmo – exigindo cada vez mais a suspensão de descrença que mencionei lá em cima – até a mega apoteose final, absurdista ao ponto do bizarro (me lembrou a fruteira emergente do final de Segredo do Abismo. Não foi uma boa lembrança…) Mas o que nos prende ao filme não é o fantástico: é o profunda e cândidamente humano.
Super 8 estreia dia 10 nos EUA e dia 12 de agosto no Brasil.E… fique até o final dos créditos…
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Alexandre Nakazawa
03/07/2011 15:30:57
Prá mim, o filme só serve como tributo, homenagem ou sei lá o que. Gostei do clima nostalgico, mas não funciona mais nos tempos de hoje. O filme é chato e irrita as cenas que o ET aparece não consegui ve-lo de tão escuras foram as cenas e para piorar a mania de fazer cortes rápidos. Tá fácil convencer o público, basta pegar 2 nomes de diretores, um roteiro batido, fazer uma fotografia de época e por umas criançinhas com piadinhas e o resto é esperar para arrecadar fortunas!Tem filmes melhores para assistir!
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Brigite
21/06/2011 08:06:32
Aguardo Super8 duas lendas do cinema em um mesmo filme (super8 e spilberg) sob a tutela de Abrams incrível. Já era previsto que torceriam o nariz...
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Ela
19/06/2011 23:35:10
"Super 8 estreia dia 10 nos EUA e dia 12 de agosto no Brasil.E… fique até o final dos créditos…" Anamaria, eu sempre aguardo as últimas letrinhas subirem; às vezes tenho que ficar em pé para poder conseguir ler (quase a maioria absoluta sai depois do The End). Se o filme como um todo realmente virar uma homenagem ao Spielberg, vou gostar com certeza. Sem perguntas, só mergulhando nos delírios do diretor. Em agosto no Brasil...aguardemos. Se tiver o DVD sobrando, sem lugar pra guardar, por causa da mudança, eu aceito! ;)
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Miriam
14/06/2011 10:15:10
Delícia de texto, Ana. E tenho quase certeza que vou me deliciar com o filme e suas n referências cinematográficas.
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José Manuel
13/06/2011 19:24:41
Maria Alice, Lost foi bom até meados da terceira temporada. Depois, aquela série inovadora que desafiava clichés e que prometia e CUMPRIA se perdeu, e o fez de forma catastrófica. Personagens coreanos que se reencintravam após anos falando INGLÊS(!) um com o outro; centenas de pontas soltas de roteiro atropeladas sem dó nem piedade; personagens supérfluos permanecendo até o final enquanto outros foram sumariamente esquecidos, etc etc etc.Como eu faria o final? Entendendo "final" como as duas ou três últimas temporadas eu simplesmente fecharia a maioria dos ganchos soltos do roteiro na base do "feijão-com-arroz", ou seja, com flashbacks e tomando proveito dos saltos no tempo e, em vez de incluir personagens descartáveis e "clichezentos" (tipo o patético japa do templo da última temporada ou o filho(?!) de Jack), eu tentaria chamar de volta personagens marcantes das temporadas anteriores para explicar seu fim ou o porquê de seu valor para a trama.Pra mim tanto faz tanto fez o mote central do que era a ilha. Não interessa se era mágico ou científico (muito menos se era a tal ridícula "Luz"). Interessava sim dar um jeito nos ganchos soltos do roteiro. Virou um vale-tudo onde se aparecesse o coelhinho da páscoa cantando fado com monge tibetanos teria tanto significado quanto o que foi mostrado nas últimas temporadas.
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RENATO LOUCO MESMO
13/06/2011 15:39:13
E verdade!! uma pena!! pois adoro ela e as vezes ela tem umas sacadas otimas..mas infelizmente ela fez um "TOO MUCH ADO ABOUT NOTHING" aqui no post!!!Mesmo assim obrigado por compartilhar as mesmas ideias!! quanto ao filme..nao é ruim.mas é chato demais e previsiveil..vale pela nostalgia dos anos 80 ..no mais..e mais um CLOVERFIELD DA VIDA..nada mais
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Oil Painting for sale
13/06/2011 04:36:30
The 8th Circuit put Nelson’s Oil Painting ruling on hold while it considers the Oil Painting for sale appeal, though it is unclear when they will issue Photo to Painting a ruling. In the meantime, the judges urged oil painting reproductions both sides to get back to the oil painting reproductions china bargaining table and hammer out a deal. Vincent Van Gogh Oil Painting Judge Kermit Bye told attorneys for both Pablo Picasso Oil Painting sides on Friday that if no deal is done Claude Monet Oil Painting before the panel comes to a conclusion, Gustav Klimt Oil Painting they will likely offer up a decision Andy Warhol Oil Painting that will be “probably something Salvador Dali Oil Painting both sides aren’t going to like.” Ansel Adams Oil Painting The owners argue, among other things, that Wassily Kandinsky Oil Painting Nelson did not have the jurisdiction to lift Leonardo da Vinci Oil Painting the lockout while the National Labor Relations Georgia O'Keeffe Oil Painting Board is considering an unfair labor William Turner Oil Painting charge brought by the league against the William Adolphe Bouguereau Oil Painting players. The NLRB’s regional office in New Michelangelo Oil Painting York forwarded a preliminary report to the Raphael Oil Painting national board in Washington on Monday, Rembrandt Van Rijn Oil Painting but a spokeswoman said it “doesn’t mean Francisco De Goya Oil Painting a decision is around the corner.” Cezanne Oil Painting The two sides are engaged in a sometimes El Greco Oil Painting bitter dispute over how to divide $9 billion John William Waterhouse Oil Painting in revenue, a fight that has already John Singer Sargent Oil Painting caused some minicamps and offseason programs to be lost.
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Fárlley Rodrigues
12/06/2011 19:40:00
Essa analogia sobre "A Nova Roupa do Rei" foi ótima!Sempre tive vergonha de dizer que não entendia Gláuber Rocha ou Gerald Thomas, hj sei que estou longe de ser o único, mas sou um dos poucos que admite.
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Janny Hobson
12/06/2011 18:17:44
Renato, invejo-lhe por já ter visto o filme. Primeiro gostaria de ver logo porque nele está meu ator predileto Kyle Chandler...e segundo por ser um sci fi sobre alliens , que adoro...Mas acho que vc tem razão...d. Ana Maria se perdeu um pouco no texto...isso é coisa de gente muito famosa....e coisa de críticos...que na verdade, não gostam de filme nenhum. só gostam de si mesmos!
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Janny Hobson
12/06/2011 18:14:59
quanta amargura, Marcio...até parece que nunca foi criança...e sugerir Woody Allen? esse senhor idoso que se esqueceu de como fazer um bom filme.? De fato , ele deve agradar a pessoas como vc..amargas com a vida..Cinema é divertimento e não tortura!!
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Janny Hobson
12/06/2011 18:12:21
Não quero nem saber...tem o ator Kyle Chandler, o meu preferido...e que ainda não lhe deram o valor que merece..além disso vou ver porque quem gosta de sci´fi e da dupla, professor-aprendiz Spielberg e JJAbrams não pode deixar de assistir e gostar!
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RENATO LOUCOOO MESMO
12/06/2011 13:46:38
ACABEI DE ASSISTIR O FILME NOS ESTADOS UNIDOS...FILME PARA CRIANCA BEM TIPICO DOS ANOS 80A DIFERENCA DESSE FILME PARA O ET É QUE O ET É BONZINHO E ESSE ANTES DE IR PARA CASA SAIR ARREGACANDO TUDO QUE VE PELA FRENTE!! EM RESUMOFILME CHATOOOOOOOOOOOOOOOOO1111ANA O QUE HOUVE COM SUA INTELIGENCIA? SPIELBERG PAGOU PARA VOCE PUBLICAR TUDO ISSO,ESSA RETORICA TODA? POR QUE NAO FALA DO X MEN FIRST CLASS QUE POR SINAL É ANOS LUZ SUPERIOR A SUPER 8?NEM PRECISAR LER OS QUADRINHOS APENAS ESCREVA COM BOM SENSO
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maria alice moura
12/06/2011 12:00:37
Oi Allan,bem lembrado! Valeu.Tem também "Yer Blues", de que me lembrei aqui e agora.Mas com blues ou sem blues....tô com os Beatles e não abro.É aquele negócio..... bastou ouvir "She loves you" e "I wanna hold your hand".... meu mundo mudou!!!!
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maria alice moura
12/06/2011 11:39:40
José Manuel,LOST durou 6 temporadas. Convivemos mais com aquelas "pessoas" do que com muita gente da família e amigos. Passamos a viver seus dramas pessoais, a amá-los, a torcer por eles.Claro que um dia, a série ( apenas uma série, afinal!) ) tinha que acabar.Mas, foi ótima enquanto durou, não negue...O fim?......Que fim você daria?! Não existe nada perfeito, mesmo!Abra um espacinho na sua memória para lembrar com emoção do momento "NOT PENNY'S BOAT" - Você não pode ter passado batido por ele! Confesse rsrs
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Allan Kern
12/06/2011 11:37:39
Sou músico sim. Por isso, reitero que compreendo e aprecio seu ponto de vista. Realmente, a progressão de acordes em "12 Bar Blues" é muito comum. Tanto os Stones quanto o Led Zeppelin já gravaram versões muito parecidas. Bem lembrado, inclusive, que trata-se de um fragmento, uma jam, um pedaço inacabado de música. Creio que eu poderia ter dado um exemplo melhor: "Yer Blues", do álbum branco. Mas não deixo de concordar com o seu raciocínio. Valeu, abraço.
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Maria Alice
11/06/2011 19:38:50
Allan, não sei se você é músico. Se for, não leve a mal a redundante explicação.Por outro lado, não me veja nem como teimosa, tampouco como presunçosa. Só estou tentando justificar minha tese. "12-bar blues" não é uma música propriamente dita ou acabada. Na verdade, se trata de uma progressão de acordes muito popular na música que está presente em milhares de músicas: jazz, boogie, rock...e inclusive no blues. Na década de 60, era comum em minha casa haver ensaios de grupos musicais, pois minha era pianista formada pela escola nacional de música e muito procurada para escrever partituras musicais que eram solicitadas para a inscrição em festivais universitários, muito comuns na época.Então, em qq ensaio de banda de rock, era comum o "12-bar blues" estar presente. No caso do Beatles, não foi diferente. Durante uma sessão de gravação eles resolveram colocar no disco.De qq modo, lembro que estou falando de "influência" no sentido de preponderância durante o percurso da carreira. Como foi o blues no caso de diversos grupos de rock que começaram nos anos 60, principalmente, no UK ( Who, Led Zeppelin, R Stones,etc)"The pioneers of rock and roll were: Chuck Berry, Fats Domino, Little Richard, Lloyd Price and Carl Perkins, Bill Haley and the Comets, Buddy Holley, Jerry Lee Lewis and Elvis Presley.The influence of these musical greats on the Beatles was profound: virtually all of the songs in their early performance repertoire were covers of songs from these famous artists."A propósito, talvez eu tenha exagerado quando disse que nenhum blues seria encontrado. Foi mais força de expressão. Finalizando, por isso é que os Beatles são incomparáveis. A partir de Rubber Soul não há mais influência de ninguém.abraço
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Allan Kern
11/06/2011 18:15:23
Oi Maria Alice, achei interessante a discussão que surgiu em torno disso. Hoje pode-se dizer, sim, que o R&B é como coração de mãe: tudo que é tipo de música negra que seja meio difícil de rotular acaba sendo taxada de R&B. É mais ou menos parecido com o que acontecia com o Soul nos anos 60/70.Só que eu vejo da seguinte forma: nos anos 50, o R&B já existia sob a tutela de gente como Muddy Waters e Chuck Berry, e em algum momento daquela década o negócio ficou conhecido como Rock N Roll. Elvis popularizou o negócio ao somar a influência country-hillbilly, e surgiu o tal do rockabilly.Porém, analisando as maiores influências dos Beatles no comecinho, vemos acima de tudo artistas de R&B e Rock N Roll. Os Rolling Stones assumiram essa influência como fundadora no som deles, enquanto os Beatles sempre se mantiveram abertos a influências musicais variadas, o que enriqueceu o som deles.O que eu acho que é o maior indício da influência do R&B no som dos Fab Four são os riffs que o George Harrison usava tanto nas primeiras músicas da fase inicial da banda quanto nas covers que eles gravavam na mesma época. A influência está lá, só não é tão óbvia pelo notável ecletismo deles.
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Marcio Silva
11/06/2011 15:43:07
Ana, ontem vi esse filme (tava em duvida entre esse e o The Tree of Life) e sai decepcionado com Super 8. EU NAO SUPORTO MAIS VER FILME EM QUE STEVEN SPIELBERG PRODUZ FALANDO DE ALIENS QUE QUERM VOLTAR PARA CASA. O filme 'e ate interessante mas so para criancas de 14 anos de idade, se tem mais de 25 corra dessa bomba. Va ver o novo filme de Woody Allen - Midnight in Paris ou ate mesmo Tree of Life.
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RENATO LOUCO MESMO
11/06/2011 14:23:36
HEY ANA!!! DE BOA!! LI SEU TEXTO E NAO ENTENDI NADA NADA NADA!!! SE TEM UMA LINGUAGEM AI PARA GENTE LEIGA A BURRA COMO EU? NAO ENTENDI NADINHA DO SEU TEXTO EXCETO QUE O FILME È BOM!!
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Allan Kern
11/06/2011 11:14:04
Ah, falando nisso, algum comentário sobre Django Unchained?
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Allan Kern
11/06/2011 11:11:40
Quando Beatles e Rolling Stones apareceram, eles não somente prestaram um digno tributo aos seus mestres dos anos 40 e 50, como expandiram todos os horizontes do Rock N Roll. O problema é que todo mundo que veio depois foi, de certa maneira, influenciado por eles, mas dificilmente chegou-se perto de produzir trabalhos tão, digamos, revolucionários.Não sei até que ponto a geração de Spielberg e Coppola conseguiu expandir os horizontes do cinema de Truffaut, Godard e afins, mas me parece igualmente improvável que J.J. Abrams possa revolucionar qualquer coisa no cinema de hoje. Ele pode fazer como a Lady Gaga e jogar 1001 referências no liquidificador sem estabelecer critérios para escolhê-las, e o resultado naturalmente será uma obra impactante na forma, mas decepcionante no conteúdo.Não basta ter boas influências, é preciso saber como digerí-las.
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Allan Kern
11/06/2011 10:56:29
Cara Maria Alice Moura: vá direto ao Anthology 2 e procure a música "12 Bar Blues". Não restarão dúvidas sobre a influência do Blues (ou, para ser mais criterioso, do Rhythm & Blues - a versão urbana e eletrificada do estilo) no som dos Beatles.
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Maria Alice
11/06/2011 00:10:57
Xará, você tem razão quanto ao Elvis. Em algumas músicas ele tinha uma levada, como você disse: something like. Porém, a grande maioria era Rockabillity.Mas, em relação aos Beatles, vale o que eu falei para o Fernando.ab
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Maria Alice
10/06/2011 23:57:40
Ana Maria, peço desculpas pela minha inconveniência, pois sei que aqui o foco é cinema.Fernando, R&B é um verdadeiro coração de mãe: cabe um monte de coisa dentro, pode ter certeza disso. De repente, até nas músiscas da Lady Gaga vão achar influência de R&B. Mas Blues...Blues mesmo, no duro... never.A Ana se referiu aos grandes "mestres" do Blues, assim como eu no meu comentário, ou seja, às raízes do Blues (por ex.: Charley Patton, Son House, Robert Johnson e muitos outros), que data das primeiras décadas do século passado. E, mais tarde, outros mestres do blues eletrificado que pulularam em Chicago, saídos do sul dos EUA, foram muito cultuados no UK, sendo convidados para várias jam sessions em Londres no início dos anos 60 e se tornaram referência para o British blues dos anos 60.
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José Manuel
10/06/2011 23:47:02
Acabo de assitir o filme (moro temporariamente nos EUA). Só fui ver porque uma colega de trabalho tinha um ingresso sobrando. Pelo menos fui sem a menor expectativa (confesso que tenho um pé atrás com a dupla Spielberg/J.J.Abrams) e portanto não me decepcionei, nem me surpreendi.Concordo bastante com a crítica da Ana Maria Bahiana. A primeira metade do filme até que é bacaninha, com a ação centrada nos pré-adolescentes e no filminho "mambembe" que estão produzindo. Mas lá pelas tantas Spielberg e J.J.Abrams parecem se lembrar que são Spielberg e J.J.Abrams e a película descamba para um festival de pieguice e clichés, sem um pingo de originalidade, talvez com o intuito de se fazer um apanhado geral do estilo Spielberg e J.J.Abrams de se fazer filmes. Ah, e Ana tá certíssima também quanto à importância de se permanecer no cinema durante os créditos finais. Esse momento praticamente redime o filme, sério mesmo!PS: Já que mencionaram "Lost", não posso me furtar de dizer que a tal série foi a maior decepção de todos os tempos no que se refere à dramaturgia televisiva. O que poderia ter sido a melhor série da história revelou ser nada mais que um fiasco de tal monta cuja extensào do fracasso nos rumos da trama ainda repercute. Sorry guys, o rei está nu!
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Marcelo
10/06/2011 14:56:10
Isso parece com a história da "Roupa Nova do Rei". Para não parecer idiota, todos elegiam o rei nu.Lost foi um lixo, onde criou-se um universo fantástico, e cujo autor não teve a menor habilidade, ou mesmo criatividade, de concluir de forma minimamente coerente. 50% teve uma explicação absurda e os demais 50% simplesmente foram "esquecidos".
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Maria Carolina
10/06/2011 13:10:22
Oi Ana...Adoro seu blog! Leio sempre que posso...Só vou comentar uma coisa que vc escreveu: apesar de tosco (atualmente, pelo menos), a "fruteira emergente" do Segredo do Abismo me inspirou a estudar Oceanografia. Não por achar que existem ETs submersos, veja bem, mas pelo mundo pouco conhecido capturado pelo James Cameron no filme... As grandes profundidades representam um desafio para nós até hoje!!!
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Carlos Eduardo
10/06/2011 12:21:23
Adoro cinema fantasia e Spielberg faz isso como poucos. A mão de JJ na projeto me remete as histórias fantasmagóricas. Talvez a conjunção desses dois elementos me animem, pois (eu na faixa dos 30 anos) sou fan de Spielberg e muito fan dos trabalhos de JJ (MI:III, Cloverfield, Star Trek, Fringe, Lost, etc). Pra complementar, sou fan tipo babão do ator Kyle Chandler desde que ele atuava na série bobinha Early Edition. Neste sentido acredito que minha espera pelo lançamento do filme desde quando os primeiros teaser foram lançados, se justifica. #Super(8)ansioso.
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Flavio Soares
10/06/2011 11:51:46
Cara Ana Maria Bahiana.Adoro seu texto, senso estético floreado de longas referências e buscas de nexos inexatos. Além do que vc é linda. Já seria virtudes demais para andar por ai sozinha. Infelizmente isso não é uma cantada (ou não só). Estou a pelo menos 4000km de distância. Na verdade é que gosto muito da sua mente e de como ela se diverte com a luz do mundo, pelas cores do cinema. Na verdade vou lhe fazer o maior elogio que poderia me ocorrer. Você é muito parecida com minha filha de 20 anos. Acho realmente que ela gostaria de ti conhecer e talvez você a ela, que é uma nerdizinha verde. Em tempo. anadebora.aguiar@gmail.com. Obrigado pelos textos.
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Fernando
10/06/2011 11:39:38
Xi, Maria Alice... acho que vc está muito enganada. Em muitas obras dos beatles, especialmente do Rubber Soul pra frente, são inúmeras as apresentações de R&B explícitas em suas músicas.Segundo a Beatles Encyclopedia, de Harry, Bill:"The Beatles' earliest influences, whose songs they covered more often than any other artist's in performances throughout their career, include:- Carl Perkins, who started the Rockabilly movement, departing from R&B.- Elvis Presley, who began his career there in 1954 when Sam Phillips, eager to bring the sound of African-American music (R&B) to a wider audience found his means to do it.- Little Richard, responsible for the transition from R&B to the roots of Rock and Rolll.- Chuck Berry, refined and developed rhythm and blues into the major elements that made rock and roll distinctive".E por fim, sobre o próprio estilo musical dos Beatles:"their initial style was a highly original, irresistibly catchy synthesis of early American rock and roll and R&B, the Beatles spent the rest of the 1960s expanding rock's stylistic frontiers"e mais:"The Beatles ... give us a wonderful example of how such far-ranging influences as Celtic music, rhythm and blues, and country and western could be put together in a new way"
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joelson
10/06/2011 11:37:27
A melhor definição sobre Lost que li até hoje:“LOST não se explica, se vive e se sente.”Deve ser tipo religião, então.Irracional e chato.Lost é o talvez o que temos de mais próximo de Star Wars, só prestou no começou e depois um bando de bobos continuou(o resto pulou fora) assistindo por vício, dando lucro aos donos do negócio.
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Soulvlaki
10/06/2011 11:29:16
Vendo o trailer, não sei por que, lembrei-me de Conta Comigo.
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Rildo
10/06/2011 11:28:27
Falaram a mesma coisa de Matrix, virou frase feita, parece o conceito filosófico da fé, pegue qualquer coisa com o veniz cool e acrescente na frente dessa frase que vai fazer o mesmo efeito.
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maria alice moura
10/06/2011 11:20:12
Maria Alice,Agora você me intrigou. Vou ouvir de novo, e de novo e de novo, tudo dos Beatles; em algum momento devem ter bebido da fonte do blues. Não o blues visceral, mas .... something like.Quanto ao Elvis (Elvis de verdade, não aquela caricatura/zombi do final), bem no comecinho....ali tinha blues, sim.Rock-a-billy só? não.procure e achará, minha xará.
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maria alice moura
10/06/2011 11:12:17
Marcos Vinícius,enfim, o resumo da ópera ! sua definição de LOST preencheu todos os meus requisitos.Agora, posso gostar daquele povo todo com muito mais tranquilidade.Você validou o início... o fim.... o meio (R. Seixas rsrs).Valeu.
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Marcelo Leiroz
10/06/2011 10:42:43
ET pra mim é paia!
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Marcelo Leiroz
10/06/2011 10:39:19
A senhora AMB falou do final do filme. Pois pois, será um novo AI com aquele final bobocamente absurdo. Spielberg, apesar de A LISTA DE SCHINDLER, ainda é uma criança.
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Cristiane Martins
09/06/2011 22:37:49
Ana lendo a sua crítica fiquei mais curiosa para ver o filme, adoro J.J.Abrams desde da série Alias, os seus filmes Missão Impossivel 3 e Stark Trek, considero filmes razoáveis, o talento de J.J é para tv, sua série Fringe é simplesmente sensacional, ele conseguiu criar uma série de SCI FI tão boa como foi Arquivo X.Nem falo de Lost, que é o amor da minha vida, apesar de ter o nome dele Lost tem mais a cara de seus produtores e escritores.Spielberg tem produzidos bons filmes, apesar de não ter gostado muito de Guerra dos Mundos, ele sempre sera o meu Deus no Olimpo da sétima arte.
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Alexandre Carlomagno
09/06/2011 22:17:27
Fiquei ainda mais instigado para ver o filme. Promete uma viagem nostálgica. Veremos.Mas o que me chamou mesmo foi você, Ana ter se incomodado com o absurdo exarcebado. Quero muito ver o nível de fantasia que o J.J. colocou no filme!Um forte abraço.
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Estácio Silva
09/06/2011 21:37:59
A melhor definição sobre Lost que li até hoje:"LOST não se explica, se vive e se sente."
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Maria Alice
09/06/2011 15:28:50
"...e os Beatles e Rolling Stones tinham certeza de que sua música era i-gual-zinha a dos grandes mestres do blues dos anos 1940 e 50…)..."Os Rolling Stones até poderiam ter certeza disso, como diversas (trocentas) bandas britânicas que fizeram parte do british blues dos anos 60. Mas, certamente, os Beatles nunca pensaram isso. Sabe o porquê?Porque eles nunca beberam da fonte do blues. Jamais tiveram influência do blues em suas músicas. Procure uma, umazinha sequer, e não vai achar.Começaram inspirados no rockability, estilo Elvis Presley, e nas baladinhas-final-anos 50.Os Beatles nunca tiveram nada a ver com o blues. Podes crer.
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Thiago Dantas
09/06/2011 14:51:52
Quando eu fiquei sabendo da produção e vi o trailer eu pensei "tá chegando por aí meu novo filme preferido". Ler sua crítica, Ana, só fez com que esse pensamento ficasse ainda mais forte. Tô ansioso!
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brendam
09/06/2011 12:11:02
Quando você dará uma passadinha no pit stop da Pixar [Carros 2]?
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Rafael Gomes
09/06/2011 12:01:32
Mas o final chega a ser um M. Night Shyamalan?
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João Marcelo F. de Mattos
09/06/2011 11:30:44
PIndorama, claro, faltou um "A"
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João Marcelo F. de Mattos
09/06/2011 11:29:04
......E Pindoram só verá este filme a partir de 12 de Agosto! Depois de Estônia, Lituânia, Vietnã, Cingapura, Tailândia. Todos mercados de cinema muito maiores que esta nossa terra... E no México, mercado enorme, com o dobro de salas do Brasil, grande consumidor de Hollywood, só no dia 5 de agosto!!!!! Se alguém conseguir me explicar o porquê dos dois casos, agradeço.Ah, "Hanna", cuja bilheteria está longe de ser ruim, tem atrizes (Cate Blanchett, Saiorse Ronan, Olivia Williams) e ator (Eric Bana) de prestígio e fama, diretor idem, filme de ação/conspiração estiloso à lá euro-thriller dos anos 70, com violência e chumbro grosso estilizados, trilha do Chemical Brothers... teve lançamento cancelado aqui em Cabrália. Sério, tem horas que dá um desânimo....
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Filipe Pinheiro
09/06/2011 02:21:45
Vi metade do trailer de Super 8. Pare por aí porque acho que é o tipo de filme que "o quanto menos soubermos, melhor".Não estou vendo featurettes, teasers, nada. Só sei que quero ver o filme.Adoro filmes assim, que não explicam tudo... Deixam coisas para nossa imaginação.E agosto que não chega...Abraços, Ana.=]
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Massad
08/06/2011 20:44:47
O que deixou chata várias continuações desses filmes é que elas tentaram responder essas perguntas.
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Massad
08/06/2011 20:40:31
Tem algumas perguntas que não valem a pena fazer mesmo quando se assiste as produções de J.J Abrams. São lacunas que devem ficar não preenchidas para produzir todo aquele efeito de suspense, se não o filme não funciona pra quem está assistindo. Os filmes de terror slasher eram legais por causa disso. Jason está vivo ou morto no final de Sexta-feira 13? Por que Michael Meyers quer matar Laurie em Halloween? Como Freddy consegue entrar nos sonhos dos jovens da rua Elm? O que é o avô da família de Leatherface?
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João Oliveira
08/06/2011 19:30:04
"Fruteira emergente" é muito bom rsrsrs
Leia os termos de uso