Em Hereafter, o além é muito chato
Ana Maria Bahiana
A primeira pergunta que me ocorreu assim que os créditos de Hereafter/Além da Vida começaram a rolar na tela, ao final do filme, foi: como é possível que dois realizadores deste nível – o roteirista Peter Morgan, o diretor Clint Eastwood- tenham conseguido fazer um filme tão chato? O tema é fascinante, intrigante, emocionante: como as vidas de três pessoas tocadas por experiências de perda e morte podem se entrelaçar num plano que, na realidade, transcende tudo isso. Morgan é o brilhante autor dos roteiros de A Rainha e Frost/Nixon, claramente capaz de controlar uma narrativa e criar nuances em seus personagens. E Clint é…. Clint (e eu ainda não me conformo com a esnobada que Gran Torino recebeu. Creio que a história vai corrigir isso…)
E no entanto… Hereafter/Além da Vida (que está em cartaz em algumas telas neste fim de semana, expandindo seu circuito sexta que vem; no Brasil, dia 7 de janeiro) começa maravilhosamente bem, recriando com perfeição e intensidade o tsunami que arrasou o Sudeste Asiático em 2004. É ali que a jornalista Marie (Cecile de France) tem seu encontro “além da vida”, momento decisivo que vai levá-la a uma jornada de autoconhecimento. A segunda história que a dobradinha Morgan/Eastwood nos apresenta já vem com menos embalo : em Londres, dois gêmeos (vividos adoravelmente por gêmeos de verdade, George e Frankie McLaren) são separados em circunstâncias trágicas (e, como Morgan não consegue resistir a um fato histórico, os atentados ao metrô de Londres, em 2005, são incorporados à narrativa mais adiante).
Por fim, conhecemos o médium menos carismático da história da parapsicologia: George (Matt Damon), um sensitivo de extraordinários poderes que abandonou esse tipo de trabalho porque, como ele diz à guisa de explicação, “viver em contato com a morte não é vida.”. George, como interpretado por Damon sob a orientação de Eastwood, é um enigma, mas não dos bons. Seus poderes de contato com o além, quando praticados, não parecem perturbá-lo ou sequer emocioná-lo. É mais fácil acompanhar sua paixão por Charles Dickens do que entender o que deveria ser o coração da história: por que ele se sente tão perturbado/assombrado/desencantado com o seu dom de entrar em contato com os que se foram deste mundo.
Esse tom gelado e monótono impera durante todo o filme, depois que as águas do tsunami recuam. Abordar a possibilidade de vida depois da morte, no cinema, é escolha que pode ir pelo viés do terror, do suspense, do drama e até do romance e da comédia. Mas é algo sempre impactante, que exige e merece nossa atenção. O além de Morgan/ Eastwood não tem emoção alguma.
Fiquei intrigada quando Morgan disse que a inspiração para seu roteiro veio da perda súbita de um amigo e a sensação de vazio que sua morte deixou. É material forte, emocionalmente rico, perfeito para um mergulho profundo. Teria Morgan tentado não se envolver mais com a dor da perda? Ou ele é do tipo de escritor que só consegue se expressar através e a partir de fatos reais?
No final – que aliás, é uma das coisas mais forçadas e previsíveis que já vi no filme de um diretor respeitado – uma única pessoa no cinema aplaudiu. Muita gente se virou para ver quem era a alma penada. “Deve ser da família”, o jornalista ao meu lado comentou.
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Fábio Santos
19/07/2011 18:39:36
Eu adorei o filme!“HereAfter”(Outra Vida) tem como diretor Clint Eastwood que é mestre em dramas e conflitos interiores, e com Hereafter ele prova que é possível alinhar bons efeitos especiais (embora seja em poucas cenas) com boa historia. Para entrar no universo do filme, deve-se antecipadamente abrir sua mente para assuntos que para muitas pessoas é um tabu, em geral por motivos religiosos. Para quem já é um entusiasta na temática espírita (eu) e assuntos de cunho sobrenatural, será mais fácil digerir a história.Três historias são contadas de forma sincronizadas, uma importante Apresentadora que sobrevive ao Tsunami passando pela experiência “quase morte”(perdendo sua credibilidade profissional ), a do Médium que recusa seu dom (alegando ser uma maldição), e o melhor e mais comovente, um garoto que perde seu irmão mais velho (uns minutos, gêmeos) e luta para encontrar respostas para o que há após a morte.Clint nos permite se apegar aos personagens e suas particularidades, principalmente a historia do garoto, no qual o irmão que guiava em suas decisões, e nos permite também questionar para o que é a vida? O que há alem da vida? E sentimos estar nesta jornada também, e ao final respiramos fundo e colhemos fragmentos do que o filme quis nos passar.Abra sua mente, questione sua vida, questione a vida como um todo! Nota: 7/10@fabio_santos
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Jose Ribamar
13/06/2011 00:59:14
De fato, conforme já comentado por alguns, esta critica de cinema, Ana M. Bahiana, devesse preferir um "fred krugher"(exageradamente falando), ou seja, comentei com minha esposa sobre o filme, que ainda não viu, a ausencia de sensacionalismo, o que o tornou quase que perfeito, quase porque imagino, não era o objetivo dos produtores, se aprofundarem nas explicações e informações existentes para quem as desconhecem, enfim, o filme foi estilo americano e isto basta, pois é um assunto de muito conteudo e conhecimento para ser abordado, o que já imagino, não seja o caso dos USA.
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Bruna
24/04/2011 16:06:36
Eu sinceramente adorei o filme e achei uns dos melhores que já vi, nao tinha porque você fazer essa critica pois o filme em nenhum momento é itediante ou como você disse "chato" , o clint conseguiu passar o que queria, alem da vida é um filme muito emocionante e realmente vale apena assistir.Se você nao gostou nao devia estar em um bom dia e devia ver denovo.
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Alcides Fontainha
10/04/2011 23:27:24
O filme está sendo criticado negativamente pela Ana porque é simples , não é um filme difícil de entender , qualquer pessoa se identifica facilmente com ele . MENOS OS CRÍTICOS de cinema . Críticos de cinema gostam de filmes difíceis , intrincados , que ninguem entende , só eles . É assim ; o que vale mesmo é assistir de novo e de novo , várias vezes a esse ótimo filme , e lamentar a crítica .
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JA
10/04/2011 21:59:06
O filme é muito bom, direçao e roteiro excelentes, sua critica parece de um estudante da novena serie, com certeza voce adorou o sexto sentido .
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Lucia
21/03/2011 15:10:53
Caro Jorge Já estava me perguntando se eu havia perdido a noção do belo, depois de ler as críticas acima.Mas quando li seu comentário, vi que grande parte das pessoas ainda tem noção do belo, já que amei este filme. Acho que Clint Eastwood que se propôs a mostrar de forma tão delicada um assunto tão pólêmico. Concordo com alguns que o personagem não "soube" lidar com o próprio dom, mas não há muitos "Chico Xavier" neste mundo. Mesmo dentro do espiritismo, kardecista como o Chico, por exemplo, há autores que sim, vivem dos livros que psicografam (Ver matéria com D. Zibia Gasparetto em "Claudia" de março/11.O filme é lindo!
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Maurício
21/02/2011 20:06:59
Nossa!! Parece que tirou da minha boca as críticas. Sai do cinema TÃO decepcionado que achei até que poderia estar sendo injusto por ser espírita e querer algo mais doutrinário, mas você acertou nos pontos. O filme é chato, o médium não merece o dom que tem. Quem conhece o quanto pessoas se sentiram consoladas com mensagens de parentes mortos psicografadas por Chico Xavier, fica pasmo de ver um médium que tem a mesma possibilidade só pensar em si mesmo. O romancezinho do final foi digno de um filme feito por escolares.
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Catarina Moriarty
17/02/2011 18:58:52
Sinceramente Cara Ana, eu sou da opinião do Jorge.Voce faz-me lembrar aquele critico de teatro que tinha que escrever para um jornal diário uma critica de uma certa peça que iria estrear numa certa noite numa certa cidade. No dia seguinte à estreia o critico lá escreve a sua crítica arrasando a peça inclusivamente arrasando também o desempenho dos actores. E foi imediatamente despedido, sabe porquê? Porque ele se resumiu a fazer uma crítica baseada no seu critério pessoal e teve o azar de não ter assistido à mesma e sabe também porquê? Se ele se tivesse deslocado ao teatro para fazer uma crítica mais ou menos séria, teria ficado a saber que não tinha havido estreia da peça por doença do actor principal.Cara Ana, não escreva só por escrever, como diz o outro, não escreva só para encher chouriço.Filmes do Clint são discutíveis de facto, mas não são para todo o público.
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Guilherme Avila
07/02/2011 22:21:23
é amigo, aposente suas chuteiras de crítico. O gramado da arte cinematográfica não é pro seu bico pequeno.
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Mariana Costa
05/02/2011 22:43:42
Concordo Jorge. Hereafter é fantástico. Dos melhores filmes sobre o tema que já vi. Para quem recomendei, só ouvi elogios. O filme mostra de maneira realista e desdramatizada as conexões entre a vida e a morte. Não sei dizer sobre o gosto em geral da comentarista, pois não a conheço. Com a análise sobre este filme em especial, eu não concordo. De fato, quem gosta do ilusionismo típico dos filmes, é provável que não goste desse. É real demais para agradar aos mundos da fantasia e dos viciados em adrenalina. A realidade não é um drama, um suspense, um terror ou uma comédia... ela é complexa, cheia de teias de relações, porém, simplesmente real. Sem frufru e efeitos especiais.
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Gisela
02/02/2011 15:40:54
Eu concordo completamente com você, Ana. O tema é rico, mas o resultado é fraco. A primeira cena, do tsunami, impressiona bastante, mas o ritmo vai caindo, personagens irrelevantes surgem e desaparecem sem o menor sentido (a moça do curso de gastronomia, p.ex.),. E o Matt Damon parece um robô. O filme decepciona mesmo.
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ricardo
01/02/2011 14:03:37
Acho que esperavam um além realmente místico, se frustrou. Não há efeitos especiais nem conclusões, no entanto há muito afeto na película.Ana, como devem se comportar os médiuns ou videntes?Entendo que a distância que o roteiro/roteirista demonstra é um espelho da distância e relevância com que esses temas são tratados no cotidiano, na mídia. A distância que se impõe a quem escolhe caminhar por esta via.
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Antônio
31/01/2011 07:21:40
Foi a pior CRÍTICA que eu jávi. Não adianta dizer só que o filme é chato só porque você não gostou. Você tem que justificar. Muita gente ainda não entendeu o significado do filme
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Newton Cardoso
28/01/2011 23:49:20
Em geral, o índice e comentários do imdb refletem bem a opinião da maioria das pessoas. Neste caso foi de 7.2 para Hereafter (mais de 5.000 votos). Críticas que levam em conta apenas o gosto pessoal, como a desta matéria, passam a ser um desserviço. O filme não tem absolutamente nada de chato. Infeliz este comentário.
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jorge
26/01/2011 12:59:07
Quem são os seus leitores?
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jorge
26/01/2011 12:56:10
Filipe, não se deixe influenciar pelas opiniões de outras pessoas, sinceramente, tenho acompanhado as criticas desta senhora e não acho que tenha sequer que levá-las a sério, o que ela escreve para mim e na minha opinião é o pseudo-intelectualismo na sua forma mais básica, claro que respeito as suas opiniões mas já por varias vezes conversei com várias pessoas sobre a autora do blog e a maior parte das pessoas não leva a sério os seus comentários. Por isso vá ver o filme e tenha a sua opinião própria, pode até não gostar mas ao menos , diga que foi ver e não gostou , não que uma Ana Maria ... lhe influenciou a não ir. Sabe que os média hoje são um meio manipulador muito forte e ao mesmo tempo presunçoso que leva muitos comentadores a pensarem que são a consciência da opinião e não são , são uns meros manipuladores, muitas vezes reflexos de frustações ou odiozinhos de estimação. A senhora não gosta de Clint , paciência.... há sempre o Cartoon Network.
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Jorge
26/01/2011 12:25:29
Será que viu o mesmo filme que eu? Achei extraordinário e até nem sou de acreditar muito nesses temas. Os seus comentários fazem-me rir com tanta falta de inspiração e mau gosto, provavelmente porque deve gostar daqueles temas de faca e alguidar ou mesmo de amor lamechas que sempre sabemos como acaba. Mas pronto , são opiniões que só provam a falta de gosto de muitas pessoas e ainda bem que existem, só nos fazem sentir melhor. quanto ao filme nem vou comentar porque não iria atingir o alvo. Para a próxima fique-se pelo trhiller ao menos não gasta dinheiro, sempre dá para umas revistinhas de coração.
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Carla Alvega
24/01/2011 06:33:32
Tem graça...eu achei que quando senhores como Clint Eastwood fazem algo assim, querem fazer com que possamos ler algo nas entrelinhas...Não achei nada de especial é um facto, a não ser que a mensagem foi passada por alguém especial.A mensagem para mim é tema em si.Aquilo que muita gente por preconceito muitas vezes não aborda...o assunto morte, que é ainda um tabu.
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Marcos Coimbra
22/01/2011 18:42:55
Oi Ana,Acabo de assistir ao filme e gostei muito. Mas acredito que tive uma percepçao diferente da sua.Pra mim, a delicada questao do vida pos morte é em realidade o pano de fundo para retratar de maneira primorosa nossa inabilidade para lidar com as perdas. A personagem da Dallas sofre pela experiencia pela qual passou com o Tsunami, e muito mais com o anonimato que comeca a viver. Perde o namorado, o emprego e a fama. Creio que lhe faltou emocao, concordo. O belissimo trabalho do ator infantil foi demonstrar sua inabilidade para viver sem seu irmao, sem sua referencia. Muito tocante. E sua busca pelo sobrenatural é quase uma pesquisa, e reflete somente sua necessidade desesperada para retornar a vida que tinha com o irmao. Percebi mais claramente com a revelacao que Damon faz a sua nova amiga, que nao suporta que saibam o que passou durante a infancia, a imagem de sua mae nao foi tao tocante. E em minha visao, o Damon nao suporta o tema, nao porque lhe emocione demasiado o contato com o pos-morte, mas porque lhe gera perdas enormes, porque nao consegue evitar desfraldar os segredos dos outros. E em todo o filme Rachmaninov está presente com seu piano 2 tao cheio de dor e beleza. Achei genial. Mas enfim, é somente mais uma visao.Abracos,Marcos
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Herbert
17/01/2011 12:24:35
Prezada Ana,Vi o filme no sábado, dia 15 de janeiro e estive refletindo sobre ele o tempo todo e penso, agora, que você foi dura demais com ele. O filme não cai na armadilha religiosa, não afirma dogma algum, e trata os seus personagens com compaixão e delicadeza. Não há pieguice, nem certezas. Há três momentos que me tocaram especialmente, além, é claro, do início, com o tsunami avassalador: a sequência da prova dos sabores na aula de culinária, a sequência no apartamento do personagem vivido por Damon e a sua parceira na aula de culinária italiana e a revelação que quebra o que poderia haver entre os dois e o encontro entre Marcus e George. Não há facilidades piegas nem respostas prontas nesta última cena. Marcus terá de aceitar a perda, curar a dor e seguir em frente, sozinho, como todos nós. Pouco importa se George tem um dom ou não. O diálogo entre os dois não oferece facilidades e me parece que, diante da dor do garoto, George mente um pouco, tocado por essa dor de uma perda que, provavelmente, é definitiva. Mas ele não tem repostas prontas, nem Clint Eastwood, certamente. Não há, o que acho muito importante, nenhum apelo religioso, o que é ótimo nesses tempos de retorno do Telógico-Político. Enfim, o elenco é muito bom, e gostaria de destacar a atriz que vive a mãe de Marcus. O final, entretanto, poderia ser mesmo evitado, pois é uma pena que algo tão forçado empane um filme que, se não é o melhor de Clint Eastwood, está longe de ser um filme medíocre de um diretor menor. Um mestre é sempre um mestre ...
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Herbert
15/01/2011 20:20:34
Prezada Ana, Sim, concordo com você, mas acho que, mesmo assim, o filme tem momentos muito fortes. O começo é impressionante, os dois meninnos são vividos de forma pungente, mas que final previsível! De todo modo, o roteiro não cai na tolice de fazer dizer ao personagem de Matt Damon, qundo o menino lhe pergunta para onde foi o irmão, que ele sabe . Teria sido imensamente rídiculo, não? Mas o fime tem momentos fortes sim. Sou ateu, mas seria tão bom pensar que os que amamos de alguma forma sobrevivem , né?
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Silvia Carneiro
14/01/2011 16:46:46
Também assisti ao filme e achei bom, muito bom em alguns momentos, o drama é mais profundo e concordo que ele explora muito + a dificuldade de quem enfrenta a mediunidade de se expor. a própria jornalista deixou de ser levada a sério com o tema.Eu gostei do filme...muito, mas muito melhor que o último do Woody Allen.
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Flávio
13/01/2011 02:33:24
Concordo 100% com a Ana. O filme é um tédio quase que por completo. O tema tinha milhares de possibilidades de ser aprofundado de maneira coerente, sem ser panfletário como praticamente todos os filmes relacionados com temas espíritas. E o começo do filme é muito animador nesse sentido, mas depois de 20 minutos o que vemos é um filme recheado de clichês. Alguém REALMENTE conseguiu se espantar da maneira como o menino é salvo do acidente, por exemplo? Mais óbvio que aquilo é difícil! E o final, então? Chegou a ser constrangedor. O ritmo arrastado do filme até seria justificável caso mostrasse mais a fundo a vida dos personagens, afinal não dá pra esperar alguém que não diminua sensivelmente o ritmo da vida com a perda de alguém querdo. Mas faltou um mergulho mais ousado no que é lidar com a morte de um parente/amigo... tudo que acontece é alguém distraido no trabalho, depois com alguns problemas tolos de relacionamento... Pelo amor, né... esses sintomas além de serem muito óbvios são demasiadamente superficiais. Qualquer pessoa que brigou com a mulher/marido já enfrentaria esses problemas, NUNCA que as experiências de lidar com a morte poderiam se resumir a isso. O filme até tem lá algumas cenas que se salvam. A cena da aula de culinária, o casal experimentando os alimentos com os olhos vendados, por exemplo, foi muito bem bolada. Na verdade, foi a única coisa legal que encontrei durante o filme inteiro. A parte do tsunami também vale a pena, mas ai é muito mais um lance de computação gráfica do que de enredo. Em termos de atuações também nada me chamou atenção. Todos medianos pra fracos. Filme fraco e recheado de clichê.
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Juliana Felicidade Armede
11/01/2011 23:27:47
Acabei de perder uma pessoa, com quem vivi uma vida ruim, com quem eu não falava.Fui ver o filme pelo Diretor, por saber que ele trabalha com o olhar do afeto.Para quem esperava uma resposta, sobre o que há depois disso que chamamos de vida, realmente se frustrará.Isso porque, a grande mensagem sobre a experiência da morte revela, segundo o olhar deste filme, que após, há a vida.Depois disso, é a vida que continua e o grande mistério humano está em aprendermos o que fazer.Não nos cabe supor o que virá para o outro que se foi, nos cabe aprender com isso e continuarmos a história.Esse é o grande desafio!Viver
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Luís
11/01/2011 11:49:35
Ana,Eu vi Hereafter ontem e fiquei realmente tocado pelo filme. A sequência em que o "vento" carrrega o boné do menino, impedindo-o de entrar no metrô e consequentemente salvando sua vida, foi uma das mais impressionantes que vi este ano e mostra que o roteirista conhece teologia. Em hebraico, "ruach" significa "sopro" e também "espírito". Ruach HaKodesh pode ser traduzido como Espírito Santo, mas também como "sopro santo"Gostei bastante também da história passada na França, um dos países mais ateus do Ocidente, o que torna crível o descrédito que a jornalista sobrevivente do tsunami sofre ao relatar a experiência metafísica que viveu.Como se não bastasse, o roteirista acertou ao mostrar que o paranormal foi tratado como doente mental , o que explica sua solidão .Espero que este filme seja revisto daqui a alguns anos. Para finalizar, ao contrário de você, o Rubens Ewald Filho cobriu o filme de elogios.
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Sonia
09/01/2011 19:00:27
Realmente, visão, subjetividade... Também achei o filme incrível, daqueles em que a gente diz:: Uau! quando termina. Acho que ele (roteirista/ diretor) poderia facilmente ter caído nas fantasias dos filmes que falam da vida depois da morte. Nada disso! O filme fala da percepção de quem está do lado de cá, não fantasia o lado de lá!!! Se era isso que esperava, sinceramente, subestimou Eastwood. O filme é delicado e intenso, em minha opinião. Não falta nem sobra pra nenhum personagem. É muito bom, como filme, como história, como "porta" ou janela pra nos fazer pensar... Não leio com frequência comentários de Ana, desta vez, em minha opinião (cd um tem a sua!) ela errou feio e esperou o que não fazia sentido esperar...
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Janaina
08/01/2011 18:51:00
Gosto é visão são coisas extremamente subjetivas. Eu achei o filme incrível. O filme é estilo "cult". É normal que a maioria das pessoas não gostem. Este é o tipo de filme voltado para pessoas que gostam e estudam o tema. O filme tem teor filosófico e fala sobre a vida além do podemos perceber. É o tipo de filme que professores adoram. Não é um filme pop, é um filme parado, cheio de questionamentos e respostas, para ser entendido com a alma e não analizado com olhos hollywoodianos.
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teotimo
07/01/2011 19:06:18
Hummm... O filme é bom. Ou melhor: achei o filme bom. Melhor que as abordagens spilbergeanas. Aliás, o filme não trata do Além. Trata basicamente da dificuldade de se lidar com a mediunidade. Nesse caso, inclusive, desenvolvida acidentalmente. E esse é um problema bastante real. Pra muitos certas faculdades podem parecer um privilégio. Mas não é bem assim. Pode ser um problema. Além disso, o filme não tem a pretensão de doutrinar ninguém. Tudo passível de diferentes interpretações.
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Francisco Mendonça
06/01/2011 22:21:55
Depois de anos flertando com a morte – ‘Menina de Ouro’, ‘Gran Torino’ etc -, Clint Eastwood passou-se para o lado de lá. Acabo de assistir a ‘Além da Vida’. Com alguma simplificação, pode-se dizer que o filme é o ‘Nosso Lar’ do xerife. Estreia sexta. Vá se preparando. Clint, com produção de Kathleen Kennedy e Steven Spielberg (o próprio), investiga o que existe além da morte. Confesso que, no começo, fiquei apreensivo. Aonde isso vai levar, pensava, não sem certa angústia. Pois leva a alguma coisa, sim. É um filme perturbador, intenso. Ainda estou deglutindo, mas já posso dizer que me causou uma impressão funda. E o começo? Não havia visto trailer, imagem nenhuma. Não sabia da história, dos personagens, embora o título apontasse para o ‘além’. Nada me preparava para aquele tsunami. Pobre Roland Emmerich. ’2012′ é fichinha perto do arrasador começo de ‘Além da Vida’.
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João Eduardo
26/12/2010 12:10:22
O melhor comentário publicado aqui...
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Marcus Vinicius
02/11/2010 22:10:30
Ano passado Peter Jackson errou em The lovely Bones, agora segundo a sua crítica (confesso que, na minha opinião, sempre acertada) me parece que Eastwood errou também. Que dificuldade será essa em abordar um tão maravilhoso tema no cinema? Se Eastwood, com um ótimo roteirista que é Morgan, não conseguiu realizar um bom trabalho, quem o fará?
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Tadeu
20/10/2010 19:55:36
Se ana maria baiana nao gostou, o filme deve ser ótimo.
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Otavio Almeida
20/10/2010 10:34:04
Ana,Quando Clint erra, ele erra de propósito!Aliás, acho que foi Roger Ebert que aplaudiu o filme, hehe:http://rogerebert.suntimes.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/20101019/REVIEWS/101019979Bjs!
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Ana Maria Bahiana
20/10/2010 03:58:03
Ok. Compreendido. Fico muito triste com toda demonstração de intolerância, coerção e cerceamento da liberdade de expressão. Procuro exercitar o oposto de tudo isso aqui neste espaço - e tenho certeza de que meus leitores concordam com isso.
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Marcio
20/10/2010 01:34:23
Oi Ana, vi o filme mes passado no Toronto Film Festival, e como voce ficou, eu tb me decepcionei com o fime de Clint Eastwood. A producao 'e bem acabada,mas falta consistencia na criacao dos personagens e o roteiro 'e fraco. Eu penei nas duas horas de filme, so nao me dexepcionei em ter pago o ingresso porque conheci pessonalmente o Clint Eastwood e Matt Damon.
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JOSE CARLOS
19/10/2010 21:18:00
Fico impressionado com temas tao rico como este que diretores a veses estraga! muito bons livro que aborda o tema mas geralmente quando passa para tela deixam a desejar .Fiquei sabendo que o filme brasileiro Nosso lar que no EUA sera Our home tera exibição no cinema americano em 2011 ! Eu gostei do filme mas nao é uns dos melhores, gostaria mesmo que passa -se no EUA o filme da biografia do Chico Xavier ! que tem um roteiro fantastico e fotografia exelente ! um forte abraço Ana Mariaass Jose Carlos
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Jeferson
19/10/2010 16:20:57
Não... Não Ana, é justamente o contrário !Pois é... depois que enviei meu comentário achei que não tinha me expressado bem, desculpe.Ao ler seu post relembrei de uma espécie de "cruzada santa" (BEM entre aspas...) que infelizmente ocorreu aqui mesmo no UOL qdo. do lançamento do filme "Nosso Lar".Colunistas como o Inácio Araujo e o Mauríco Stycer foram duramente atacados por terem se expressado negativamente qdo. ao filme. E que fique bem claro que suas opiniões foram qdo. ao filme em si, como obra cinematográfica, e não qto. ao seu tema.Embora eu tbém ache que num país livre, se pode ser contra o tema, desde que apresente argumentos justos, mas, enfim....A coisa chegou ao ponto de terem sugerido que o Stycer sofreu censura por parte do UOL, pois seu nome não estava mais na página de abertura do site e que isso tinha sido uma "vitória" dos leitores discordantes do colunista. Pelo jeito não entenderam que existe uma espécie de "rodízio" entre os colunistas em destaque na página inicial do Uol, sendo por vezes o Stycer, o Juca Kfoury, o André Barcinski, o Frederico Vasconcelos, você e por aí vai...Pois bem, ao ler sua crítica ao filme, que possui tbém uma temática "metafísica" temi que o mesmo acontecesse aqui tbém mas, infelizmente, me expressei de uma forma que deu a entender o contrário.
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Ana Maria Bahiana
19/10/2010 15:56:21
Gosto de falar de coisas muito boas, que me impressionam de um modo ou de outro. No caso aqui de meu amigo Clint, seu esforço em abordar um tema fora dos seus interesses anteriores. Quando eu realmente não tenho nada positivo para dizer, prefiro passar ao largo. Tenho muito respeito pela filmografia de Woody Allen.
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Cine
19/10/2010 14:19:49
Ana, por que você nunca fala sobre os novos filmes do Woody (nem bem, nem mal)? Fala aí pra gente: qual foi sua opinião sobre "You`ll Meet....". Obrigado.
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Ana Maria Bahiana
19/10/2010 14:02:25
Consegue. Triste porém verdade.
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Téu Borella
19/10/2010 09:18:44
Que pena. O sobrenatural é sempre fascinante...
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Marcelo Paradella
18/10/2010 19:48:03
Consegue ser mais fraco que A Troca? Vixe!!!
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Ana Maria Bahiana
18/10/2010 19:07:54
Vc está me ameaçando, Jeferson? Não tenho problema algum com a temática, fiquei decepcionada com a falta de inspiração ao abordar, exatamente, um tema tão rico.
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Jeferson
18/10/2010 18:56:19
Cuidado "mestra" Ana !Falar mal de um filme de temática "espírita" na blogosfera (não importanto se o mesmo é ou não uma bomba...) pode causar sérios problemas , como podem atestar outros blogueiros aqui mesmo do UOL...
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william rezende
18/10/2010 14:43:46
é além da vida,mostra que não é um dos fortes concorrentes desse oscar.mas esperamos que o próximo do eastwood com o dicaprio o hoover,seja outra história.e mais gran torinho é uma obra-prima.a academia com uma tradição de premiar filmes humanistas esqueceu dessa obra-prima.
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Ana Maria Bahiana
17/10/2010 19:44:47
Rubicon acaba hoje tb... e está sensacional! Vai ter post sim, o raio é escrever sobre ambos sem spoilers...
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Túlio
17/10/2010 18:20:32
Caramba Ana, pra você ter falado mal de um filme do Clint, o filme deve ser fraco mesmo...E como hoje acaba a quarta temporada de Mad Men, vamos ter um post especial amanhã???E Rubicon, o primo "pobre", vc continuou vendo??? Vai haver uma segunda temporada??? Eu particularmente adoro a série, que é melhor que qualquer estreia esse ano na tv aberta...
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Ana Maria Bahiana
17/10/2010 16:03:54
Não chega a ser uma bomba... mas tb não sei o que Clint estava pensando...
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Marcos Anton Nogelli
17/10/2010 15:58:37
Como é difícil a Ana malhar algum filme, na verdade ela pode ter sido até suave, mas periga ser então uma bomba nuclear de ruim. Aguardemos, pois para tirarmos nossas próprias conclusões.Quanto à esnobada de "Gran Torino" no Oscar, muito me entristeceu, mas convenhamos, Clint não pode reclamar de falta de amor da Academia.
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JOAO GABRIEL DE OLVEIRA LINS
17/10/2010 15:07:26
Ana...sério???Um Clint chato????Tenho de ver pra ter certeza...rsrsrs....Mas também confio em você...Que dúvida!!!!
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