Uma década no cinema do século 21: nada será como antes?
Ana Maria Bahiana
Parafraseando um antigo programa da BBC (que influenciou muita gente boa), esta foi a década que foi. Não exatamente um momento de felicidade no planeta Terra _ por que seria no cinema?
E no entanto coisas interessantíssimas aconteceram. Entre elas:
- A grande crise. A década começou com o mercado de consumo de ingressos de cinema em festa, com 1 bilhão e 58 milhões de bilhetes vendidos apenas nos EUA e Canadá. Descontado o pique de 2009 –quando Avatar, sozinho, representou um aumento de 15% de vendas – o tombo foi gradual e grande, pior a partir da recessão de 2008, quando a crise no mercado imobiliário norte-americano virou uma bola de neve de repercussões internacionais. Nos últimos três anos da década os grandes estúdios que fazem parte da Motion Picture Association of America produziram menos 12% em número total de títulos por ano – de 920 em 2005 para 677 em 2009.
Mas esse impacto foi maior e mais profundo que apenas um encolhimento: as fontes de financiamento da produção secaram, diminuindo radicalmente as opções para projetos independentes e co-produções internacionais. Em pânico com a retração do consumo, os estúdios produziram não apenas menos, mas mais do mesmo: a partir de 2008 só ganhou luz verde quem podia garantir casa mais ou menos cheia ou, idealmente, bandos de adolescente dispostos a passar o fim de semana inteiro no shopping.
- O novo 3D _ Desde meados do século passado a ilusão de profundidade é uma espécie de santo graal do entretenimento audiovisual. Nesta década, o salto quântico da captação e da exibição digital de imagens trouxe de volta a possibilidade da tão sonhada “experiência imersiva”,o abraço total da narrativa. Não é de espantar que o mais dedicado discípulo do novo 3D- James Cameron – tenha sido o responsável pelo mais monstruoso sucesso do formato – Avatar. Com isso, duas coisas ficaram claras: 1. Era possível atrair o público de volta para as salas de cinema e 2. A qualidade do 3D e, sobretudo, o bom uso da tecnologia a serviço de uma história à altura eram essenciais. Em resumo: o 3D não foi a panaceia que muita gente esperava, mas entrou para o arsenal de recursos disponíveis para realizadores curiosos.
- O audiovisual pessoal. Enquanto os grandes distribuidores pensavam exclusivamente em levar pessoas para salas de cinema, fabricantes de hardware, software e realizadores imprensados pela falta de opções descobriam que era hora de levar o conteúdo ao consumidor _ onde quer que ela ou ele estivessem. O grande boom da década, mais importante que a corrida a Pandora, foi a multiplicação de plataformas para o que antes se chamava “filme” e que, hoje, é uma série de códigos acessíveis em casa, na rua, no celular, no computador. Nos EUA e Canadá, hoje, é possível ver qualquer filme ou série de TV, legalmente, por muito pouco , sem sair de casa. Isso inclui o cinema do mundo todo, curtas, repertório, seleções de festivais, títulos independentes. Como modelo de negócios, ainda não é o bastante para resolver o impasse da crise financeira. Mas promete.
- A maturidade da TV. Sem trabalho no cinemão, com projetos pessoais frustrados e exaustos de tanto correr atrás de um público que preferia ficar em casa, uma parte substancial do talento criativo mudou-se para uma forma de expressão que tem distribuição garantida –a TV. Alguns dos melhores momentos da narrativa audiovisual da década vieram do que mal pode se chamar “telinha” (quando existem à venda televisores de 60 polegadas, alta definição, 3D): da saga mitológica de Lost à investigação existencial de Mad Men; a reivenção do noir, do thriller , do musical, do terror _ e de Sherlock Holmes. O Carlos de Olivier Assayas e os documentários da HBO. O Traffik não-ficção da BBC que ganhou o Oscar com a assinatura de Steve Soderbergh. E, em 2009, três dos melhores filmes da década, disponíveis apenas na TV: a Red Riding Trilogy (foto) do Channel 4 britânico.
- O triunfo da animação . Nos primeiros 10 anos do século 21, apenas uma companhia pode dizer que cada um de seus lançamentos foi um sucesso _ a Pixar. De Monstros SA em 2001 a Toy Story 3 em 2010 cada nova produção estabeleceu um novo nível de excelência técnica, um novo marco em popularidade além das convencionais divisões do mercado por idade. A comprovação desse domínio veio com a corrida dos demais estúdios para voltar à animação _ e da Disney para atualizar sua produção in house, culminando com a colocação de John Lasseter, fundador da Pixar, como presidente de animação do estúdio. Sem sindicatos, exigências, escândalos e papparazzi, os atores virtuais colocaram o controle da narrativa nas mãos dos roteiristas e diretores _ e este foi o grande trunfo da Pixar.
- A globalização. A vitória de Quem Quer Ser Um Milionário (foto) nos prêmios de 2008 confirmou o que a indústria já sabia _ que talento, histórias e recursos financeiros não tinham visto nem passaporte. É uma tendencia cíclica _ nos anos 1950-60, imprensados com a diminuição da produção nativa, distribuidores e exibidores norte-americanos encheram os cinemas com filmes da fértil filmografia europeia e asiática, na medida para os gostos de uma nova geração. Agora, a crise econômica trouxe investidores coreanos e indianos para a DreamWorks, fechou acordos entre Hollywood e Bollywood e abriu as portas a diretores como Guillermo del Toro, Christopher Nolan, Alejandro Amenabar, Ang Lee, Carlos Saldanha, Peter Jackson, Florian Henckel von Donnesmarck, Neil Blomkamp. E levou a febre do remake ao grau de epidemia.
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anamariabahiana.blogosfera.uol.com.br
05/04/2011 09:56:43
Uma decada no cinema do seculo 21 nada sera como antes.. Nifty :)
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Cláudio M. Paixão
28/12/2010 21:51:47
Ana, excelente postura acerca da década. Foi um período de monstruosidades, mas o público mostrou ser capaz de escolher o que quer assistir. Se "Avatar" é um clássico, não é porque é um filme primordial, mas sim um filme extremamente técnico. A lista dos diretores aí ficou bastante interessante, mas senti a falta de um Wong Kar-Wai, Lars von Trier e Michael Haneke. Afinal, foi nesta década que esses diretores "alternativos" invadiram de forma extrema Hollywood. P.S.: Assisti "Cisne Negro" ontem. Quase tive um enfarto de tão mágico que é o filme. Estava apostando tudo em "A Rede Social" para o Oscar, que amei também, mas vejo que "Cisne Negro" é bem mais intensivo e psicológico. Desculpe Annette Benning, mas acho que não vai ser dessa vez (de novo) que você leva um careca para casa...Um beijo, feliz 2011!
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Paty Nog
28/12/2010 20:26:39
Pra criticar a AMB dessa forma tão deselegante, querido, definitivamente, VOCÊ NÃO ENTENDE NADA DE CINEMA!! E NEM DE CRÍTICA!! O teu time é CRÍTICA DESTRUTIVA!! TOTALMENTE SEM NOÇÃO!!
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Paty
28/12/2010 20:19:22
Oi Ana. Como tem passado?Primeiro quero DESEJAR UM 2011 REPLETO DE SAÚDE, PAZ, SUCESSO, FELICIDADE E DINHEIRO!!Tenho que concordar com Você em quase tudo menos esse 3D. Acho que as vantagens dele (3D) não vão compensar tanto a curto prazo. Quero dizer, deve-se invertir muitos extras, financeiramente, falando, para formatar um filme em 3D e, o público e as intalações disponíveis tanto no Exterior e, principalmente, no Brasil, são insuficientes.Concordo que o público deve ser abastecido com o que ele gosta mas, também, tem que ser ver que o 3D, Blue Ray e tantas outras tecnologias novas causam fulor pela novidade e não pela real necessidade de tê-las. Então, te pergunto, Ana:Será que vale a pena versatilizar tantas versões tecnológicas (DVD Blue Ray e 3D (Cinema e TV)) para um público que é tão fulgás quanto a tecnologia que deseja?Amo a Pixar!! Depois dos animadores da Walt Disney (incluindo o próprio criador), a Pixar veio dar um novo gás nos filmes de animação. Sem dúvida a melhor. A Blue Sky (Era do Gelo), DreamWorks (Mandagascar) e outras crias Pós-Disney, não conseguiram se equiparar na qualidade que, na minha opinião, ainda é excelência da Disney e Pixar. Essa busca por tentar superar a lendária Disney e a afilhada Pixar, só faz bem ao público que cresceu amando os desenhos animados da Disney. Isso sem contar que estas empresas investem muito nos roteiros o que não vemos nos filmes de atores de carne e osso.Nossa!! Ficou extenso, desculpe!Bom te ver!! Beijos!!Paty NogRio de Janeiro (RJ)
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RENATO LOUCO VARRIDO
27/12/2010 18:52:18
Ei Ana.................parece que a liberdade de expressao voltou ao seu blog! parabensBem ..o que houve com LOVELY BONES? desistiu dele? falou o ano inteiro do filme e nem o colocou entre os seus top 10?Alias..vc foi a unica que escolheu filme pop la..pois os outros ainda continuam com a mentalidade de que filme bom é filme de arte..raro..so visto em cineminha da rua augusta da vida!!!
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Ana Maria Bahiana
26/12/2010 23:40:10
certamente. aguarde em breve.
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brendam lee
26/12/2010 20:43:22
O 'puxadinho' da lista não foi publicado não.O veremos no blog?
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Ana Maria Bahiana
26/12/2010 16:06:38
Avatar estava na minha lista de 2009...
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Ana Maria Bahiana
26/12/2010 16:06:01
Só me pediram 10, então... deveria haver um "veja tambem", não sei se foi publicado...
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brendam lee
26/12/2010 12:33:15
Gostei da sua lista de Melhores do Ano [Já 'upou' no site da Uol].Mas só dez filmes? Senti falta de tantos ali...
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Ray J
26/12/2010 11:28:53
Ana, vi que você não incluiu Avatar na lista de melhores do ano do UOL. Nem venho aqui questionar isso, mas pela sua empolgação no lançamento, esperava o filme na lista.Mas achei inspiradíssima a indicação do pouco conhecido Splice. De resto, um ótimo 2011 pra você.
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Gilberto
25/12/2010 12:35:27
O Blu-ray mal começou a pegar no Brasil e só se fala em 3D. Não entendo como os EUA ainda prensam DVD, pois na Amazon o Blu-ray de Inception (com um DVD junto!!!) custa $ 16.99 e só o DVD custa $ 15.99. Ainda não entendi porque continuam a prensar DVDs. Ontem assisti SEVEN em BD, imagem e som de primeira! Chega de DVD!
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Fabinho Flapp
24/12/2010 20:53:34
Belo post, precisa reflexão sobre a situação em que nos encontramoS.Que venha mais criatividade, talento e brilho em 2011!GO, THE SOCIAL NETWORK!GO, INCEPTION!And...MERRY XMAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Ana Maria Bahiana
24/12/2010 00:44:34
Pelo rigor matemático-histórico, uma década começa no ano 1 e termina no ano zero _ no caso aqui, 2001 a 2010. Mas o senso comum considera que assim que rodou o algarismo, mudou a decada. Ninguem vai ficar de mal se vc considerar esta decada do 2000 ao 2010...
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Rafael Gomes
23/12/2010 21:07:00
A década termina provando que é possível evoluir. Tudo bem que os grandes dramas ficaram para trás, cada vez menos se veem filmes pautados em seus astros e cada vez mais vislumbramos a importância da história no cinema. Quem apostou nessa vertente se deu bem. A década começou e terminou com grandes blockbusters que fizeram bilhões nas bilheterias com atores até então desconhecidos (O Senhor dos Anéis e Avatar). Além desses exemplos os filmes que se mostraram mais viáveis foram as animações, mostrando que todos os astros conspiram para uma Nova Ordem Mundial em Hollywood: saem estrelas milionárias e mandonas de circulação e entram diretores e roteiristas capazes de criar boas histórias. Afinal de contas, duvido que hoje em dia alguém vá até o cinema porque no cartaz está escrito o nome de Angelina Jolie. Sempre haverão os filmes medíocres, mas afinal não é a raridade da genialidade no cinema que torna algumas histórias obras primas?
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André Montoro
23/12/2010 20:38:43
Ana, acompanho todas as atualçizações de seu blog, mas gostaria de tirar um dúvida, que me aflinge muito, a décdade de 2000 não teve inicio em 2000 e terminou em 2009?seria estranho dizer ue a década de 70 é 1980 também. Há uma fiferença na contagem do milênio que começa em 2001, em relação a década que se refere ao digito 00 - 2000-09 e 90- 1990-09 por exemplo. O uol está comentendo esse erro fazendo as listes de melhores eventos da década.Sucesso e feliz natal!
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Marcio Buckmann
23/12/2010 18:24:11
Excelentes Considerações! Só acho que A Tv ou o Cinema 3D, vão de fato ganhar uma popularidade que não a do modismo, quando dispensarem os Cansativos Óculos!
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João César
23/12/2010 15:26:05
Pôxa, uma década já se foi e pensamos no que o cinema nos quis dizer em dez anos. Para mim foi a década da inovação dos efeitos especiais e a animação falando pra gente grande. Quando "O Senhor dos Anéis" chegou, estávamos vendo outras possibilidades para os efeitos especiais, começamos a desconfiar que o que vemos não existia de fato. "Piratas do Caribe: o baú da morte" impressionou mais ainda o feito destes profissionais. E a animação, que para mim criou um dos melhores da década que foi "Procurando Nemo", com roteiros impecáveis, coloridos magníficos, riqueza de detalhes que até então eram considerados impossíveis. Foi uma década maravilhosa para estes criadores virtuais que eu adoro ver, as vezes nem importando tanto `se a história é boa ou não.
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Ana Maria Bahiana
22/12/2010 22:26:58
Não tenho colaboradores. Sou eu mesma quem aprova comentários. Tanto que aprovei este. Não vi nenhum outro anterior a este. Tem ocorrido de aparecerem comentarios em branco, os seus anteriores podem estar neste caso.
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MORTE DA LIBERDADE DE EXPRESSAO
22/12/2010 21:46:52
Entao Ana...precisa pedir para seus colaboradores babacas da UOL para liberarem o que escrevo aqui.Sera que a verdade doi tanto? Incomodo demais?
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brendam lee
22/12/2010 20:04:42
Também seria a década de Peter Jackson, não?Com excessão de 'The Lovely Bones', todos os outros filmes dele foram [mereceram] sucesso. Seja como diretor [LOTR, King Kong], ou como produtor [Distrito 9]. E a Weta se tornou a queridinha dos departamentos técnicos.Gollum rules!!
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Sandra
22/12/2010 16:09:41
Ana , mais Do mesmo no cinemão e na telinha quantas novidades !! Feliz Natal para você e que 2011 voce continue com a gente sempre trazendo informações e sua opinião de expert !! e XÔ olho gordo! Bjs
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Ana
22/12/2010 01:08:14
Bela análise Ana, concordo com tudo só discordo quando você diz que o filme medíocre Quem quer ser um milionário tenha confirmado a "tendência" globalizante pelo simples fato de que o filme foi marketeado para ganhar o Oscar e outros prêmios sem merecer, e isso depois foi confirmado com o esquecimento dele em vários níveis. Na verdade foi o excelente filme Cidade de Deus, de 2002, que mais repercutiu e é alvo de citação de cineastas e cinéfilos até hoje. Cidade de Deus sim é um referencial.
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rodrigo
21/12/2010 23:28:08
TOY STORY 3 sem Duvida e o melhor filme de 2010 amei e chorei snif
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CRISTIANE MARTINS
21/12/2010 23:26:02
Ana , ótimo post, mas você deveria acrescentar mais um item: As estrelas de Hollywood ainda atraem plateias ao cinema? Como você conhece bem, seria interessante ler quem é o ator ou atriz que faz à diferença nas bilhetererias quando tem o seu nome no cartaz.Para citar um exemplo Johnny Depp, atraiu multidões com seu Piratas do Caribe e agora com o filme O Turista onde contracena com Angelina Jolie, fez uma bilheteria de 17 milhões de dólares e teve críticas negativas, o mesmo ocorreu com o último filme de Tom Cruise, que foi humilhadoe muitos criticos falaram que ele deveria se aposentar.Acho que os astros e estrelas da década de 80 e 90, viram o seu poder de público cair, enquanto outros como os atores da Saga Crepusculo serem a bola da vez, como você explica essa falta de desinteresse da platéia por astros???Muita coisa mudou nessa década de cinema, mas o melhor foi ver como as animações da Pixar se tornaram o melhor do cinema produzido atualmente, deixando a pioneira Disney comendo poeira.Mesmo quando usa a tecnologia em 3D, as animações conseguem ter coerencia com suas narrativas aplicadas a nova tecnologia, já os filmes em 3D muitos são horríveis, com roteiro confuso ou péssimo coo Alice de Tim Burton.Felizmente a tv é a melhor coisa da década, com séries de qualidade como Lost, que trouxe um novo conceito de se fazer tv, até a obra prima Boardwalk Empire, até a já cultuada The Walking Dead, ou telefilmes da HBO,e mesmo canais a cabo como Showtime com Dexter,Californication, até a sensação AMC com Mad Men e Breaking Bad, é na tv que estão as melhores histórias, com diretores de primeira e atores arrasando em suas interpretações, eu sou fã de muitas séries e sempre consigo me surpreender com a qualidade das novas e velhas séries.Falando em séries Ana por que os votantes do Globo de Ouro, nunca votaram em Fringe para melhor drama e ator coadjuvante para John Noble, quem acompanha a série vê que a 3 temporada está mostrando todo o talento dele como dois personagens, acho uma injustiça ele nunca ser indicado e ver Julia Stiles com uma interpretação horrível já ser indicado por Dexter, terrível.Espero que 2011, o cinema consiga superar o que vemos na tv.
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Paula Nascimento
21/12/2010 18:28:07
Ana, texto muito bom. Resumiu bem essa década e fez ótimas considerações. Acho que os grandes estúdios deveriam avaliar melhor a distribuição de seus filmes mundialmente. Embora EUA e Canadá sejam suas maiores fontes de arrecadação, a internet contribui para que o interesse sobre um filme e a vontade de assisti-lo exista em qualquer lugar. E quanto antes pudermos ver um filme, melhor. Aqui no Brasil vc tem que esperar várias semanas pra ver alguns filmes. Confesso que me controlo pra não baixar ou comprar um filme pirata por aí. Ah.. deixa esse tal de Pedro pra lá. Duvido que seja capaz de discutir com você sobre cinema apresentando bons argumentos. Partir pra grosseria e xingamento é fácil, quero ver ter amplo conhecimento do que vai falar. Feliz Natal antecipado. Abraços e que tenhamos ótimos filmes em 2011!
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Sérgio
21/12/2010 13:58:29
adorei muito!!!
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sebastiao neto
21/12/2010 10:55:07
não alimentem o troll
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Jean
21/12/2010 09:53:40
Chamar a AMB de fofoqueira mor é muito desaforo... realmente pela internet todo mundo é mais valente...
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Tisf
21/12/2010 09:14:18
Gostei do post! Uma das coisas legais também foi uma espécie de renovação ou resgate do gênero de fantasia. Você teve o Harry Potter, Senhor dos Anéis, que conseguiu inclusive levar um Oscar de Melhor Filme, Nárnia, Labirinto de Fauno, Amelie Poulain, os de vampiros como Deixe Ela Entrar, Peixe Grande, e cito até o Apichatpong.
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Maurício
21/12/2010 09:12:31
AnaConcordo totalmente com você quando afirma que a "vida inteligente" mudou-se prá televisão. Só quero deixar consignado o meu protesto (e sei que é questão de gosto) quando você se derrama por "Lost", mas não escreve UMA LINHA a respeito daquela que eu reputo a melhor séria da história da televisão: "Battlestar Galactica". Já li algumas comparações entre as duas, mas gostaria de ouvir um comentário partido de alguém que conheça cinema.E por falar em cinema: quando sai o seu livro?Beijo e Bom Natal
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marcus lyra
21/12/2010 08:01:15
Excelente análise desta década! Acredito que esta crise que o cinema passa o fará encontrar um caminho melhor para amadurecer, se recriar, se reinventar como vc mesmo apontou Ana, mostrando que hollywood precisou alargar suas fronteiras...as vezes uma crise, de alguma forma, é bem vinda...
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Douglas
21/12/2010 07:20:58
E, pelo jeito, até você faz uma visitinha. Quanta hipocrisia!Parabéns pelo post, Ana!
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Ana
21/12/2010 06:06:18
Isso tudo é verdade, mas sinto falta de ideias originais no cinema, principalmente no estadunidense. Pra mim a última década viu uma avalanche de remakes sem graça e de temas requentados. Triste...
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Newman
21/12/2010 02:41:16
Red Riding e Carlos foram os melhores filmes que eu assisti até agora nesse ano. Infelizmente parece que filmes assim cada vez mais ficarão restritos à TV, isso se a falta de slots ou a guerra por audiência não tornar essas produções mais escassas. No chamado "cinemão" só a Pixar mesmo que parece estar 100% comprometida em fazer filmes que buscam algo mais do que entretenimento. Nos outros grandes estúdios podemos contar nos dedos o número de filmes que tentam botar a massa cinzenta das platéias para funcionar.
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Pedro
21/12/2010 02:38:04
O triste é ver os mesmos bobos adorando a fofoqueira-mor, digo, crítica e pensadora de cinema, Ana Maria Bahiana.
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Gustavo Gessullo
20/12/2010 23:20:27
Ana Maria, porque vc nunca fez um post sobre o Ryan Gosling? Esse cara merece atenção especial...foi indicado ao Oscar em 2006 por Half Nelson e ninguém no Brasil deu bola pra esse filme. Depois com Lars and The Real Girl voltou a emplacar uma nominação para o Globo de Ouro. Agora, depois de um breve hiato no qual fez turnê com sua banda Dead Man's Bone (muita boa por sinal), volta com dois filmes excelentes: Blue Valentine e All good things. O cara é novo e bom, e merece atenção. Que tal um post?
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Pedro
20/12/2010 22:55:09
"produziram menos 12% em número total de títulos por ano – de 920 em 2005 para 677 em 2009."Certinha a conta, viu?E vejo que a senhora tá muito ocupada com a preparação da festa do Globo de Ouro - muito preocupada em aparecer, em outras palavras. Aposto que não viu os filmes de Hou-Hsiao-Hsien, Jammes Benning, Wajda, Hong Sang-soo, Zhangke.Aliás, só há obviedades nesse post!
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Gustavo Zago
20/12/2010 22:52:45
Excelente post Ana!!Otima retrospectiva....acho que apesar de uma decada de grandes perdas,tambem tivemos avanços consideraveis!!O 3D principalmente!!!Um fato importante tambem foi a não-cerimônia dos Globos em 2008 e a responsavel,a Greve dos Roteiristas!!!
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João Oliveira
20/12/2010 22:18:29
Acho q mais do q o 3D, essa década foi da animação, com roteiros excelentes, e uma possibilidade imensa de criação. Em um mundo onde ratos são cozinheiros, e robôs sensíveis (ok tem Blade Runner), esse segmento veio pra salvar os estúdios, e quem sabe as estrelas de Hollywood.Do futuro além disso, espero q façam óculos mais confortáveis pro 3D, e q a grande indústria continue reconhecendo q talento ñ tem fronteiras.Uma curiosidade. Qual a melhor animação da década? Isso já foi respondido/escolhido??
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william rezende
20/12/2010 22:04:07
ana adorei o seu post.e você colocou a foto do wall*e porque é o seu favorito da pixar?ele para mim é o melhor filme da década e considero o diretor desse filme andrew stanton como o terceiro melhor de todos os tempos.atrás de billy wider e stanley kubrick.
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Carolina Carvalho
20/12/2010 20:37:42
Belíssimo post, ótimas considerações!
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