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Foi dada a partida: quem está na frente na Corrida do Ouro 2010-2011
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Ana Maria Bahiana

Pronto, agora é guerra. Como vocês podem ver pelo estado de coisas no meu escritório, as armas incluem dvds/blu rays, livros, sacos de bala e pipoca, garrafas de vinho, babilaques diversos ligados ao conceito de filmes e séries de TV.

É a Corrida do Ouro 2010-2011 em pleno vigor a partir do feriadão do Dia de Ação de Graças, encerrado ontem. Não se pode acessar um site ou abrir uma revista ou jornal sem ser bombardeado por anúncios “para sua consideração” e, na mesma proporção, listas e mais listas de possíveis, prováveis candidatos a candidatos.

E a verdade é que há tão pouca certeza…

Eis o que se sabe:

  • Os Oscars escalaram seus apresentadores : Anne Hathaway e James Franco. A decisão  mostra claramente o desejo de rejuvenescer o evento e garantir uma porção maior do público abaixo de 35 anos para suas três horas de transmissão, de onde as referências técnicas e históricas – os prêmios científicos e honorários- já foram cuidadosamente removidos. Os dois são jovens, bonitos, charmosos, desincumbem-se bem da tarefa de cantar e dançar. Vamos ver o que acontece…
  • Nos Globos, Ricky Gervais vai repetir a dose. É uma boa combinação, clima de festa à moda antiga, todo mundo relax por conta da bebida farta, e o humor britânico, seco e às vezes cruel. A azeitona no martini.
  • Existe também um processo da minha associação contra a Dick Clark Productions, pelo controle dos direitos da marca Golden Globes. Por motivos de confidencialidade, não posso dar mais detalhes, mas eis o que importa: nada disso afeta o evento deste ano, dia 16 de janeiro.

Para quem tem a responsabilidade de escolher indicados e vencedores, o barulho constante dos anúncios e das previsões é uma distração não muito bem-vinda. Essa é uma das razões pelas quais procuro não entrar tão cedo nesse exercício de antecipação _ porque compreendo que ele faz parte da estratégia da campanha,  e que as listas são, em grande parte, resultado de sugestões vindas dos estrategistas. É um pouco assim: se a gente falar muito que fulano é candidato, e  se quem vota ler isso muito, quem sabe ela não vota no fulano?

Entendendo isso, e a curiosidade de quem acompanha o processo, posso dizer que estes são os títulos que estão mesmo na dianteira para diversas considerações: Inception-A Origem; A Rede Social; O Discurso do Rei; 127 Horas; Cisne Negro; The Town; e Rabbit Hole.

Entre as comédias, num ano magro, Minhas mães e meu pai é a pole, com múltiplas indicações possíveis; e também: Scott Pilgrim Contra o Mundo, Due Date, Reds-Aposentados e Perigosos, CyrusBurlesque é a grande incógnita_ será que meus colegas gostaram? É uma espécie de Showgirls com muita cantoria, mas o fator-Cher/Aguilera não deve ser desprezado.

Desempenhos individuais que podem ser lembrados incluem Leonardo Di Caprio em Ilha do Medo; Lelsey Manville em Another Year; Jacki Weaver e Ben Mendelsohn em Animal Kingdom; Jennifer Lawrence em Winter’s Bone; Andrew Garfield e Carey Mulligan em Não Me Abandone Jamais; Sally Hawkins em Made in Dagenham; Rebecca Hall em  Please Give; Christian Bale e Mark Wahlberg por The Fighter; Naomi Watts por Jogo do Poder; Robert Duvall e Bill Murray em Get Low; Michelle Williams e Ryan Gosling em Blue Valentine; Chloe Moretz e Kody Smit-McPhee em Let me In; Dakota Fanning em The Runaways; e Tilda Swinton em Il Sono L’Amore.

Filme estrangeiro é um mistério completo _ muito poucos realmente chamaram a atenção do povo. Incendies, Biutiful, La Prima Cosa Bella e Des Hommes et des Dieux são os poucos que vi deixarem marcas mais unânimes.

Na animação, Toy Story 3 domina, mas há tambem L’Illusioniste, Como Treinar o Seu Dragão e A Lenda dos Guardiões.

Na TV, os dramas que realmente chamaram atenção foram Mad Men, Breaking Bad, Boardwalk Empire, The Walking Dead, Fringe, The Good Wife e o final de Lost; nas comédias, Glee, Modern Family, Raising Hope. E vai ser dificil tirar os premios de ator/telefilme de Al Pacino por You Don’t Know Jack e de Claire Danes por Temple Grandin.

O resto é a incerteza que todo tudo mais apetitoso…


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