Blog da Ana Maria Bahiana

Meus favoritos estranhos de um ano morno

Ana Maria Bahiana

 

 

Este foi um bom ano para filmes esquisitos. A oferta estava tão medíocre lá por cima que o melhor mesmo era ver as coisas menos badaladas, menos empurradas, com menores orçamentos de marketing (se é que tinham tal coisa…)

Como sempre, não vou chamar estas escolhas de “melhores” mas simplesmente de “favoritos” do ano _ os meus favoritos, os que me desafiaram, empolgaram , me fizeram pensar. Também não vou numerar minha lista _ cada um desses filmes falou comigo de um modo diferente, dizendo coisas diferentes.

Com vocês, meus queridos de 2014, todos os 12 (o que quer dizer o fato de vários deles terem títulos de uma palavra só? Humm…)

 

  • Boyhood – Porque reacendeu minha fé no poder da narrativa audiovisual, fazendo o aparentemente simples: o tecido de uma vida.
  •  Birdman – Porque me lembrou que a melhor insolência é a que vem bem articulada.
  •  Whiplash – Porque contou uma história de músicos, usando a música como sua voz.
  •  Snowpiercer – Pela ambição, pela visão, pela interpretação de Tilda Swinton.
  •  Grande Hotel Budapeste – Porque recriou um mundo que talvez nunca tivesse existido, me fez sorrir o tempo todo e trouxe de volta na minha memória um de meus autores favoritos, Stefan Zweig.
  •  A Girl Walks Home Alone at Night _ Porque pra mim foi o melhor filme de vampiro desde Deixe Ela Entrar.
  •  O Conto da Princesa Kaguya – Porque é pura poesia visual.
  •  Sob a Pele – Porque deslocou meu ponto de vista de um modo como poucos filmes fizeram desde O Homem Que Caiu na Terra.
  •  Festa no Céu (ô titulozinho, hein?) – Pelo fantástico poder visual, a imensa vitalidade e a ousadia de colocar a mitologia pré-colombiana no coração da cultura pop.
  •  Vício Inerente – Porque, como Budapeste, recriou um mundo que talvez nunca tivesse existido, continuando a antologia de memórias/recriações da paisagem física/imaginária de Los Angeles que é a obessão de Paul Thomas Anderson.
  •  O Ano Mais Violento – Porque me lembrou como era bom o cinema norte americano dos anos 1970, sem ter que necessariamente sentir saudade.
  •  Mr. Turner _ Porque conta uma história de pintores usando a imagem em toda a sua força e pureza. E pelos desempenhos de Timothy Spall e Dorothy Atkinson.

 

E também: Calvary, Selma, Ida, Amantes Eternos,  Uma Garota Exemplar, O Abutre, Big Hero 6, Jodorowsky’s Dune, Locke, Uma Aventura Lego, A Imigrante, Dois Dias e Uma Noite.

E vocês? Que filmes falaram ao seu coração em 2014?