Blog da Ana Maria Bahiana

Arquivo : janeiro 2012

Em fim de semana de definições, a saudade vai dominar?
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Ana Maria Bahiana

Fim de semana importante na corrida do ouro: sábado saem os prêmios da Directors Guild e domingo, os vitoriosos da Screen Actors Guild. A essa altura da disputa pelo Oscar, nenhum dos dois tem peso em termos de números: os 367 diretores (liderados por Kathryn Bigelow, diretora do departamento) e os 1,183 atores da Academia (liderados por Annette Bening), quase todos membros da DGA e da SAG, estão agora diluídos nos mais de 6 mil votantes do Oscar que escolhem, juntos, os prêmios finais.

Mas tem importância como modo de chamar a atenção dos colegas de outros departamentos e estabelecer aquela coisa difusa mas muito poderosa que é a “vontade de votar”.

Quem especula sobre o resultado dos Oscars em geral usa fórmulas que levam em conta fatores concretos como bilheteria, data de estréia, gênero, comparações com anos anteriores, etc. Mas minha experiência me diz que o verdadeiro motor das escolhas é algo muito mais sutil, forte e impossível de quantificar: um desejo de premiar este ou aquele título, esta ou aquela atriz, diretor ou roteirista baseado em preferências que tem a ver com a época, o tempo em que vivemos, temas profundos que estão rolando quem sabe onde na cabeça de quem faz cinema, aqui.

Jung explicaria mas infelizmente Michael Fassbender não foi indicado.

Vamos ver, então, se DGA e SAG confirmam o que suspeito: que O Artista está na liderança este ano, e que A Invenção de Hugo Cabret passou Os Descendentes como seu rival mais importante.

Em outros anos, usando apenas as referências do passado, Os Descendentes seria o líder perfeito: independente, americano, abordando questões de familia, estrelado por um ator super popular, um diretor indicado (e vitorioso) anteriormente.

Mas algo diferente e especial está acontecendo nesta temporada 2011-2012: dois filmes lembraram, por caminhos diferentes, o que é essencial no cinema, qual o seu poder mais profundo, por que ele permaneceu contemporâneo e vital ao longo de mais de um século _ O ArtistaA Invenção de Hugo Cabret.

Jean Dujardin e Michel Hazanavicius no set de O Artista, nos estúdios RED, em Los Angeles (onde Matar ou Morrer foi filmado)

Tudo o mais empalidece diante desse elemento. Até mesmo o fato de Hugo Cabret só se tornar realmente genial quando Asa Butterfield encontra F.Murray Abraham. Ou a verdade de que O Artista se baseia num artifício, e não é um filme feito como o dos anos 1920, e sim um desejo, uma lembrança reconstruída de fragmentos e impressões, de um realizador do século 21, saudoso do que não viveu. Como a recente exibição de Asas  confirma, o cinema dos anos 1920 era muito mais ousado, complicado e arriscado que a doçura ingênua de O Artista (Metrópolis, Napoleão, Aurora…)

Filme por filme, Os Descendentes é superior a ambos.

Mas cinema é percepção. Ele é, em si mesmo, uma realidade alterada. E nessa realidade Artista e Hugo Cabret dizem a quem faz cinema que, voltando atrás, é possível recuperar a faísca com que tudo começou.

PS: Mas George Clooney e Viola Davis ainda são minhas apostas para ganhar ator/atriz/cinema nos SAGs…


Indicações ao Oscar, 2012: as gratas e ingratas surpresas
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Ana Maria Bahiana

E as indicações ao Oscar 2012, hein?

Antes de comentá-las é bom refrescar a memória explicando como elas são escolhidas.

Na etapa de indicações, apenas a categoria “melhor filme” é votada por todos os 6 mil acadêmicos. Todas as demais são escolhidas  ou pelos respectivos departamentos ou “branches” da Academia ou, no caso de  filmes estrangeiros, por um comitê de voluntários.

Portanto, se é verdade que o Oscar toma o pulso de Hollywood a cada ano (e eu estou entre os que acham que sim), os “melhores filmes” são os que mais claramente indicam isso. Os demais revelam o que atores, diretores, roteiristas, etc pensam de seus colegas.

É importante saber outra coisa sobre esses votantes: todos fazem ou fizeram cinema em suas vidas. Todos já trabalharam, trabalham ou querem trabalhar com quem está concorrendo. Muitos tem filmes concorrendo – e não apenas votam neles, mas por eles fazem campanha. Muitos tem admiração, inveja, amizade, rancor por quem está concorrendo. Todos trazem imensa bagagem pessoal e profissional para cada escolha.

E embora a Academia reúna grandes realizadores, atores, técnicos e executivos, a maior parte de seu corpo votante é de profissionais que ou nunca tiveram ou já passaram por sua fase áurea. Como exemplo eu lembro sempre de uma pitoresca festa de fim de ano, aqui em Los Angeles, onde absolutamente todos os convivas votavam em algum prêmio, e quase todos no Oscar. E onde ouvi de pessoas que não dirigiam ou produziam um filme há mais de 10 anos que Steven Spielberg e Martin Scorsese não sabiam contar bem uma história em imagens…

Enfim, somos todos humanos. Os deuses do cinema estão naqueles pulsos de luz que hipnotizam nossas retinas na sala escura, não entre os que preenchem cédulas de votos para prêmios…

Tendo dito tudo isso, acho que, este ano, alguns comitês e departamentos fizeram um trabalho muito melhor que outros. E muitos fizeram escolhas ótimas e terríveis ao mesmo tempo.

Não vou nem falar de filmes como meu querido Drive ou o igualmente sensacional Precisamos Falar Sobre Kevin, cujas chances de serem compreendidos pelo establishment hollywoodiano eram mínimas (pelo menos os técnicos de som se lembraram do quanto o filme de Nicholas Winding Refn sabe usar a trilha…). Mas falo, sim, de algo medíocre e forçado como Tão Forte e Tão Perto que conseguiu emplacar duas indicações, inclusive, justamente, melhor filme. Amo Max Von Sydow e acho que ele faz o que pode com um personagem artificial (como todos os outros do filme de Stephen Daldry) mas teria sido tão mais bacana e coerente ver Albert Brooks indicado ali para melhor coadjuvante por Drive…

Entre outras ausências notáveis (Tilda Swinton! Ryan Gosling! Michael Fassbender! Shailene Woodley! Projeto Nim!), fiquei chocada com a de Tintim e o Segredo do Licorne entre os filmes de animação (onde tinha até o fraco, fraco Gato de Botas). A animação de Steven Spielberg/Peter Jackson venceu o prêmio da Producers Guild mas não conseguiu empolgar os 343 votantes do departamento de curtas e animação da Academia (sim, eu também acho estranho que curtas e animação estejam juntos no mesmo departamento, mas enfim…) Meu palpite, parte 1: captura de desempenho realmente não passa pela garganta da Academia e 2. Spielberg não tem muitos fãs entre os animadores (o que não deixa de ser tristemente irônico, já que Spielberg é fã e incentivador de animação…)

Prefiro lembrar as gratas surpresas: Árvore da Vida com três indicações, inclusive melhor filme (o mesmo número de indicações, devo lembrar, de Harry Potter e as Reliquias da Morte parte II, embora as deste último sejam todas técnicas); Demián Bichir lembrado por seu ótimo trabalho no pequeno mas sincero A Better Life (crédito à influência das indicações da Screen Actors Guild); a presença de Nick Nolte e sua comovente composição do pai/treinador aos pedaços de Warrior; Pina, de Wim Wenders, lembrado pelo menos na esquisitíssima lista de documentários; A Separação entre os melhores roteiros originais (nos últimos dias da votação havia uma campanha cerrada para emplacar uma indicação tanto para roteiro quanto para diretor, além de filme estrangeiro. Estou feliz que uma delas deu certo…); e pelo menos um cheiro de Brasil com a canção de Rio (senti a falta dele entre as animações…)

Amanhã, um pouco mais sobre o que os Oscars e o que as indicações revelam do estado de coisas da industria, hoje.


Na Academia, a eterna juventude de um filme de 85 anos
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Ana Maria Bahiana

É super interessante que esta temporada de prêmios tenha se tornado, de certa forma, um tributo aos pioneiros do cinema. Seria coincidência o fato de estarmos entrando num ciclo de celebrações centenárias da arte e indústria da imagem em movimento?

O cinema em si já completou mais de um século de vida. Mas os grande estúdios que deram o formato e o impulso global do cinema tem datas de nascimento entre 1912 – a Pathé francesa (que começou em 1896 como empresa ótica), a Paramount e a Universal – e 1933, quando surge o mais jovem dos estúdios, a 20th Century Fox. No meio do caminho há poderosa UFA alemã (1917), a Columbia ( 1920), a Warner Brothers (1923)  e a MGM (1924). Esperem muitas comemorações no futuro imediato _ e, com elas, quem sabe, um desejo de voltar às origens e rever o que, realmente, torna o cinema tão vital, universal e importante.

Esta semana a Academia deu partida no ciclo de celebrações do centenário da Paramount – 100 aninhos no próximo dia 12 de julho – com a exibição de uma cópia restaurada de Asas, o primeiro filme a receber um Oscar.  A sincera empolgação do teatro Samuel Goldwyn lotado deixou bem claro – como O Artista prova –  que o poder de uma narrativa impecável transcende tempo e espaço e não depende nem de som, nem de cor nem de tela gigantesca.

Abrindo os trabalhos, o presidente da Academia, Tom Sherak, apresentou a estatueta que Asas recebeu nos idos de 1928 e lembrou que a própria Academia estava celebrando uma data importante: uma semana atrás em 1927, no dia 11 de janeiro, 36 dos mais poderosos da indústria emergente se reuniam num salão do (extinto) hotel Ambassador, aqui em Los Angeles, e decidiam criar o que viria a ser a Academia.

E  William Wellman Jr,  filho mais velho do diretor William A. Wellman – que mais tarde assinaria Inimigo Público e Nasce uma Estrela, entre muitos outros – deu a dimensão humana desse pioneiro do cinema: ele tinha 29 anos quando dirigiu Asas, e foi escolhido por ser, ele mesmo, veterano da aviação na Primeira Guerra Mundial, fanático por aviões e tão destemido que ganhara o apelido de “Wild Bill”.

"Wild Bill" no set de Asas, 1927

 

Filmado inteiramente em locação nas redondezas de San Antonio, no Texas, Asas custou a fortuna de 2 milhões de dólares em 1927 – o filme mais caro jamais produzido até aquela época, o equivalente a um arrasa quarteirão de 200 milhões de dólares, hoje. Exército e Aeronáutica forneceram soldados, armamentos e aviões e Wellman, fazendo algo absolutamente inédito no cinema, até então, tinha a liberdade dos estreantes. As pesadas câmeras da época eram colocadas nos frágeis monomotores, de frente para os atores. Os aviões decolavam, as câmeras rodavam. Sem dublês, sem digital, sem ensaio.

 

Foi um sucesso extraordinário, “o Star Wars de sua época”, disse Brad Grey, presidente da Paramount: dois anos em cartaz, continuamente.

85 anos depois, Asas continua ousado. O melodrama que enquadra a trama principal – a história da rivalidade e amizade entre dois pilotos da Primeira Guerra vindos da mesma cidadezinha do interior – é típico da época.  Mas o vigor das sequencias de ação,  a modernidade dos enquadramentos, a pura audácia das batalhas aéreas empolga hoje como deve ter empolgado as primeiras platéias. E ainda há Gary Cooper numa ponta, dominando cada um dos cinco minutos em que está na tela…

Lição aprendida: bom cinema é bom cinema, sem idade, sem limites.

 

 

Todas as fotos deste post pertencem aos arquivos da Biblioteca Margaret Herrick, da Academia.

O que esperar dos Globos de Ouro? Possivelmente, o inesperado
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Ana Maria Bahiana

Escrevo este post no International Ballroom do Beverly Hilton, enquanto Helen Mirren e Sidney Poitier ensaiam a entrega do troféu Cecil B. De Mille a Morgan Freeman. Um jovem extra faz o papel de Freeman para que a produção marque câmeras, luz e timing. Mirren, sem maquiagem, numa saia estampada, camisa branca e casaco de tricô bege, tem ideias divergentes do diretor, e pede uma modificação no ritmo e espaçamento de duas frases _ e ela está  certa, como sempre. Com as mudanças, o texto ficou mais engraçado e a entrada de Freeman, mais interessante.

Chiquérrima num tailleur preto , a caminho do chá da BAFTA, agora à tarde, Angelina Jolie entra no palco depois, ensaiando a entrega do Globo de melhor diretor. Abre o envelope de mentirinha e exclama: “Michel Hazanavicius e Martin Scorsese! É empate!” , e desata a rir. Quando passa  o texto de novo, ela “dá” o prêmio para o diretor de O Artista. “Quero treinar o nome mais difícil primeiro”, ela explica. “Se ele ganhar mesmo, não quero gaguejar!”.

Numa calça jeans justíssima e top de malha aberta, Mila Kunis é a próxima a ensaiar, passando “melhor ator coadjuvante” ao lado de um Gerad Butler cabeludo, de jaqueta de couro. Não precisam repetir _ tudo certo de primeira.

O salão este ano está em tons de azul, que as luzes tranformam em ouro e prata, oscilando entre vários tons e intensidades enquanto escrevo, o que torna a tarefa substancialmente mais difícil. Pelas paredes do Ballroom alguém teve a brilhante ideia de colocar reproduções do troféu em branco _ num primeiro olhar achei que eram enormes bolas de sorvete de baunilha… Mas enfim…

Estou sentada na mesa 14 onde, tradicionalmente, altos executivos se aboletam com suas champagnes e águas minerais. “Jeffrey Katzenberg” está ao lado. “Colin Firth” e “Judd Apatow” estão na mesa vizinha. É divertido e um pouco assustador. Prêmio-fantasma.

Perambulando silenciosamente pelas mesas cobertas de cartazes com os nomes dos convidados, Ricky Gervais , de jeans e camiseta preta, presta atenção a cada nome. Ao me ver labutando na mesa 14, sorri e pisca o olho: “Estou procurando minhas vítimas.”

Gervais é ao mesmo tempo um bônus e um problema para os Globos. Suas tiradas ano passado enfureceram muita gente, mas colocaram o evento no topo da audiência. A preocupação, este ano, é que ele não perca seu gume cortante mas também não ofenda ninguém de modo irreparável.

Quando Gervais finalmente sobe ao palco do International Ballroom para passar seus textos, respiro aliviada.Meu papel na produção, este ano, é, entre outras coisas, garantir que ele faça exatamente isso, que seja o Gervais engraçado e provocador que amamos, mas que não arrume briga com ninguém. Os textos que ele ensaia são exatamente isso _ fãs não ficarão decepcionados e se os distintos convidados ainda tiverem uma gota de bom humor em suas veias, vão rir muito.

E quem vai ganhar? Quisera eu poder dizer… Com minha querida Associação, é super difícil saber. Cada cabeça uma sentença, um país, uma cultura, um gosto. Não há o consenso de classe das Guildas e a mente coletiva da indústria representada na Academia.

O que posso adiantar: George Clooney e Viola Davis estão na pole entre os atores/drama; O Artista e Os Descendentes são os líderes em melhor filme comédia/musical e drama, respectivamente; o filme estrangeiro favorito é A Separação. Na TV, a coisa se complica. Só posso dizer que é difícil Jessica Lange  sair de mãos abanando do Beverly Hilton…

Até amanhã, quando estarei nas entranhas do Beverly Hilton ….

 

 


Na guerra pelo ouro, a batalha dos documentários
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Ana Maria Bahiana

Feliz ano novo _ prontos para a arrancada final rumo aos prêmios?

Por aqui, o interlúdio das festas foi breve. O ano nem tinha começado e as campanhas já tinham sido retomadas com renovado vigor. E com razão_ agora é a arrancada final, a hora da decisão. Os vencedores dos Globos de Ouro serão anunciados no domingo, dia 15. As indicações para os Oscars nós vamos saber dia 24. E as indicações das Guildas – atores, diretores, produtores, diretores de fotografia e roteiristas – já estão na rua.

Uma síntese de todo esse movimento dá uma boa ideia de quem está no jogo pelo ouro.

Mas antes falemos de uma categoria menos glamourosa : documentários. A Academia acaba de mudar (mais uma vez) as qualificações para concorrer ao Oscar da categoria: agora, além da obrigatoriedade de exibição comercial em Nova York ou Los Angeles, por uma semana no mínimo, só podem concorrer aos Oscars os documentarios que forem resenhados pelo Los Angeles Times ou New York Times.

A nova regra começa a vigorar este ano, para a cerimônia de 2013, e faz parte de um pacote de medidas que vão afetar muitas coisas no Oscar: a data da cerimônia e do anúncio das indicações, o formato do evento e as qualificações para várias outras categorias,inclusive,  sim, filme estrangeiro.

Como a maior parte das coisas que a Academia faz com relação às suas regras, essa novidade dos documentários parte das melhores intenções e acaba criando um problema ainda maior. A boa intenção era acabar com um certo tipo de elitismo (intencional ou não) da categoria que, ano após ano, tem ignorado documentários importantes. Este ano, por exemplo, Senna e The Interrupters não apareceram na pré lista da Academia, embora estejam entre os melhores filmes do ano para muitos críticos.

Usando um tipo de raciocínio simplista, a Academia decidiu que, se bons documentários são captados pelos críticos mas não pelos 172 integrantes do comitê de documentários – todos voluntários – então vamos passar o encargo para eles! Afinal, todo ano os membros do comitê reclamam da obrigatoriedade de ver os 300 e tantos documentários que se qualificavam pelas regras anteriores ou seja, pela exibição em determinados festivais. Deixem os críticos nos dizerem quais devemos ter o trabalho de ver…

E como a Academia, em termos de mídia não confia em ninguém que não seja de mídia impressa e preferencialmente norte-americano, pronto! New York Times e Los Angeles Times acabaram de ser adicionados ao posto de pré-selecionadores dos Oscars!

Os problemas que essa decisão traz para um prêmio já cheio de problemas são inúmeros. Para começar, retira da Academia o atributo fundamental de seleção, investe duas publicações com um  poder desigual e cria um provincianismo americanocêntrico, que automaticamente desqualifica qualquer documentário que não agradar três ou quatro pessoas em Nova York e Los Angeles.

Para continuar, coloca sobre produtores e distribuidores de documentários um encargo financeiro muito maior: a obrigatoriedade de bancar temporadas em duas cidades caras e contratar divulgadores para colocar as bundas dos resenhistas todo-poderosos nas cadeiras dos cinemas. Eu não vou nem entrar na questão de como isso pode degringolar para turvas áreas éticas…

E para terminar, não alegra os críticos nem assegura o bom funcionamento do esquema: há cada vez menos críticos em todos os jornais e revistas, inclusive esses dois, uma tendência que não deve mudar no futuro. Se 172 pessoas não dão conta de algo que é parte de um prêmio que elas criaram, por que duas ou três ou quatro dariam?

E vocês, o que pensam?


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