Blog da Ana Maria Bahiana

Crise no Oscar: Brian Grazer e a busca de um retorno à elegância

Ana Maria Bahiana

Não, Grazer não levou um susto com o convite; o cabelo dele é assim mesmo.

 

Como se comentava, Brian Grazer, produtor com vasto curículo de sucessos cinematográficos , responsável tanto por Tower Heist quanto por J. Edgar e quatro vezes indicado ao Oscar, acaba de dizer sim à Academia. Grazer vai parceirar com o experiente Don Mischer na difícil tarefa de produzir o complicado evento em pouco mais de três meses.

O posto de apresentador continua, nesta tarde aqui em Los Angeles, em aberto. Um convite da Academia a Billy Crystal já foi recusado ; o igualmente experiente mestre de cerimônias do Oscar disse estar “muito ocupado” em fevereiro para poder aceitar a responsabilidade. Próximo da lista? Neil Patrick Harris, que arrasou quando foi apresentador dos Emmys (onde Mischer era o produtor).

O clima na Academia, esta tarde, foi  descrito como de “pânico e ansiedade”. Não é apenas uma questão de prazo _ é uma questão de percepção. Há anos o Oscar vem procurando uma mudança e um rejuvenescimento que não tem dado muito certo. Isso estava implícito no convite que Tom Sherak, presidente da Academia, fez a Ratner, em agosto: “Você gosta de comédia, sabe como fazer as pessoas darem risada, e nós queremos trazer mais diversão e alegria ao show”.

Ok, deu no que deu, e ninguém está rindo.

Pelo que pude sentir dos acadêmicos de várias alas, conservadores e vanguarda igualmente, é que todos sonham com um retorno à elegancia e à simplicidade, e esperam ver mais respeito e menos gargalhada em torno da cerimônia. “A Academia devia parar de tentar produzir os prêmios da MTV ou o People’s Choice Awards e se concentrar em trazer classe para os Oscars”, disse um deles.

Vamos ver…